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Música
Artigo

Evanescence no Rio de Janeiro

Competente e profissional, mas faltou emoção

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25.04.2007, às 00H00.
Atualizada em 11.11.2016, ÀS 09H03

Com 50 minutos de atraso o Evanescence subiu ao palco em seu último show da turnê na América Latina. O espetáculo aconteceu no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, e reuniu quase 10 mil fãs e curiosos. Foram 72 minutos de show com 16 músicas escolhidas entre os álbuns Fallen (2003) e The Open Door (2006). Pouca duração se compararmos com o preço do ingresso (120 reais). Mas temos que levar em conta que as músicas da banda não são longas.

Antes de falar da apresentação, um pequeno parêntese. O pano que tampava a frente do palco era preto e branco. Isso levou à loucura os torcedores do Botafogo que estavam presentes, já que o time tinha sido campeão da Taça Rio horas antes do inicio do espetáculo.

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Fotos MRossi

Voltando agora à banda, toda vez que surge uma cantora com uma voz lírica de cabelos negros, com uma pintura carregada no preto e abusando de canções deprimentes, ela logo se torna um ícone do gótico. O Evanescence tem consciência disso e se auto-proclamam uma banda de nu-metal com pegadas góticas.

Como o show foi ao livre, o cenário estava próximo do ideal. As estrelas deram um toque perfeito, sendo que às vezes nuvens sombreavam e praticamente escondiam a lua. A música escolhida para abrir a apresentação foi "Sweet Sacrifice", recebida aos berros. Da primeira à última nota o público cantou todas as canções, que eram precedidas por gritos histéricos agudos a cada novo acorde inicial. A segunda canção, "Weight of the world", demorou algum tempo para começar. Por sinal, isso foi uma constante durante o show, gerando uma quebra de ritmo e clima. Nesta primeira pausa a cantora Amy Lee agradeceu bastante e disse estar muito feliz por finalmente poder ter vindo à América Latina.

Em "Lithium" trouxeram um piano, mas infelizmente um problema na iluminação atrapalhou o clima intimista da canção. A música foi executada com diversos estroboscópios amarelos piscando. Amy chegou a comentar que esse não era a luz certa, problema que só foi sanado quase no final da música.

O show prosseguiu com "Good enough" e algumas músicas mais conhecidas, como "Call me when you're sober" e "Bring me to life". "Lacrymosa" que no CD tem uma orquestra de 22 pessoas comandadas por Dave Campbell, pelo menos teve o coral em base pré-gravada que enriqueceu a performance. Depois de uma hora de show, o Evanescence deixou o palco para retornar minutos depois para o bis. Mais uma vez Amy sentou-se ao piano e tocou "My immortal" para felicidade dos fãs. Encerrou com "Your star", mas dessa vez "sozinha", sem o acompanhamento de vozes presente no álbum.

Ao final ficou evidente que o Evanescence é uma banda profissional. O baterista Rocky Gray, o baixista Tim McCord e os guitarristas John LeCompt e Terry Balsamo fazem uma cozinha competente para que os vocais de Amy possam brilhar. A cantora tem um vozeirão e consegue reproduzir todas as escalas da mesma maneira que nos álbuns. Mas falta "pegada" na apresentação. Amy bem que tentou agitando os braços e correndo para um lado e para o outro. Talvez o grupo estivesse cansado por ser a última apresentação da turnê. Mas independente dos motivos, faltou emoção e sobrou frustração.

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