Icone Chippu

Alguém disse desconto? Com o Chippu você tem ofertas imperdíveis de streamings e Gift cards! Corre!

Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Icone Conheça Chippu Ver ofertas
Icone Fechar
Música
Artigo

Echo and the Bunnymen - Revival com excelência

Echo and the Bunnymen - Revival com excelência

M"
02.05.2006, às 00H00.
Atualizada em 14.11.2016, ÀS 14H02

Fotos: Gabriela Magnani

Quando foi anunciado que o grupo estilo "dark" Echo and the Bunnymen voltaria ao Brasil para uma apresentação, a primeira coisa que me veio à mente foram os dois shows históricos de 1987 no Rio de Janeiro. Como superar apresentações consideradas lendárias pela própria banda? Bem, sobrepujar o que se tornou mitológico é impossível. Mas isso não impediu que o grupo liderado pelo cantor Ian McCulloch e o guitarrista Will Sergeant - os únicos remanescentes da formação original - realizassem mais uma apresentação memorável ontem à noite, no Claro Hall.

Omelete Recomenda

Como já era esperada, a platéia, de umas mil pessoas no máximo, tinha em sua maioria roqueiros na casa dos 40 anos. Gente que cresceu escutando a new wave, a new romantic e a estética dark típica dos anos 80. Som que até hoje influencia uma porção de bandas novas do mercado alternativo e independente. E "Echo e seus homens coelhos" se encaixam com perfeição nessa definição. Nunca foi uma banda do mainstream, mas ao mesmo tempo possui uma legião de fãs pelo mundo por justamente continuar fiel ao seu estilo. Prova disso é o ótimo disco Siberia, lançado recentemente e que tem muito do que foi feito originalmente, nos tempos áureos do grupo.

A banda subiu no palco às 21h17, rodeados de muita fumaça e pouquíssima iluminação. O cartão de boas vindas veio com "Going up", do disco Crocodiles. Aos poucos a luz foi ficando azulada num tom de escuridão que iria marcar toda a apresentação. O estilo penumbra também foi mantido nas roupas. Como não podia deixar de ser, Ian estava à vontade com seu traje preto e óculos escuros. A segunda música, "Show of strength", do álbum "Heaven up here", foi marcada por estroboscópios num jogo de luzes hipnóticos. "Stormy Weather", do Siberia, também foi recebida como hit.

Com o público na palma da mão, Ian introduziu "Dancing horses", da trilha sonora de A garota de rosa shocking, filme famoso da geração 80, que até hoje provoca comoção aos saudosistas dessa época. Ironicamente, Ian acendeu um cigarro quando começou a cantar "The disease". Depois disso foram três rocks dançantes, "Scissors in the sand" (também do Siberia, mas que já virou clássico), "All that jazz" e "Back of love", que fez neguinho rebolar. Nesse momento, o jogo de luzes teve participação edificante, com raios alaranjados, e figuras assimétricas que se formavam na tela branca que ficava no fundo do palco. Quando o suor já tomava conta dos espectadores, os "Homens Coelhos" atacaram com o maior hit da banda, "Killing moon". Celulares acessos reverenciaram a canção. Depois de um "muito obrigado" pronunciado com sotaque, o clima foi mantido com a nova "In the margins".

Depois desse descanso idílico, "Never stop" veio para chacoalhar os ossos mais uma vez. A dança continuou com "Villiers terrace". Nesse momento, Ian começou a destilar os covers, que normalmente ele coloca com extrema sutileza dentro de suas canções. Sem instrumentos ele recitou de forma bela uma parte de "Summer wind", que foi imortalizada por Frank Sinatra, para logo depois fazer a costumeira homenagem ao The Doors, que dessa vez veio com "Roadhouse blues".

Em seguida vieram "Of a life", "Rescue" e "The Cutter". As três músicas foram quase emendadas uma na outra, um aviso de que o show estava terminando. O típico "Thank you and goodnight" foram ditos e a banda saiu do palco. A platéia ensaiou o pedido de bis, que foi prontamente atendido com a linda "Nothing lasts forever", do álbum Evergreen. Quase ao final da canção, mais uma vez a banda surpreendeu na mescla de covers. Vieram "Walk on the wild side", de Lou Reed, "Dont let me down", dos Beatles e "Midnight hour", de Wilson Pickett, completando a montagem. Para encerrar o show as ótimas "Lips like sugar" e "Ocean rain". O público ainda ficou tentando trazer a banda de volta, mas as luzes acesas e uma velha canção de Marlene Dietrich nas caixas de som anunciaram o final.

Foram quase duas horas de show, numa apresentação perfeita por parte de toda banda. A voz de Ian McCulloch e a guitarra de Will Sergeant se completaram magnificamente. Pode não ter entrado para a história como a apresentação no Canecão de quase 20 anos atrás, mas com certeza ficará na memória dos presentes.

Set List

1. "Going Up" (Crocodiles)
2. "Show of Strength" (Heaven Up Here)
3. "Stormy Weather" (Siberia)
4. "Dancing horses" (Pretty in Pink Soundtrack e Songs to Learn and Sing compilation)
5. "The Disease" (Heaven Up Here)
6. "Scissors in the Sand" (Siberia)
7. "All That Jazz" (Crocodiles)
8. "Back of Love" (Porcupine)
9. "Killing Moon" (Ocean Rain)
10. "In the Margins" (Siberia)
11. "Never Stop" (single)
12. "Villiers Terrace" (Crocodiles)
13. "Of A Life" (Siberia)
14. "Rescue" (Crocodiles)
15. "The Cutter" (Porcupine)













Bis

1. "Nothing Lasts Forever" (Evergreen)
2. "Lips like Sugar" (Echo & The Bunnymen)
3. "Ocean rain" (Ocean Rain)

Comentários (0)

Os comentários são moderados e caso viole nossos Termos e Condições de uso, o comentário será excluído. A persistência na violação acarretará em um banimento da sua conta.

Sucesso

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.