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Daft Punk - Discovery

Daft Punk - Discovery

D
11.05.2001, às 00H00.
Atualizada em 08.11.2016, ÀS 10H00
"Alternativos e moderninhos do mundo uni-vos! Vossa mensagem já é levada a sério!"

Omelete Recomenda

Brincadeiras à parte, já é notório que a música eletrônica não pode mais ser desconsiderada como forma de expressão artística.

Eu conheci a cena eletrônica no início da década de 90 (já bastante defasado em relação à original) com o clássico Octamed do Amiga (alguém lembra do Amiga&qt;&), que era amplamente difundido entre os adolescentes do norte europeu (Escandinávia e Reino Unido).

Essa gurizada foi a principal difusora e expansora da música eletrônica na Europa, enquanto o mesmo serviço "sujo" era feito pelo pessoal do Hip-hop nos EUA.

Enquanto isso o Terceiro Mundo (pequeno planeta habitado por robôs-coalas e dominado por uma múmia escrota) era invadido pelo refugo da verdadeira música eletrônica. Foi assim que, demos vazão a pérolas como Technotronic em detrimento de verdadeiros monstros, como os Chemical Brothers (pra ficar em nomes conhecidos por todo mundo).

A ficha só foi cair em meados da década de 90 quando a Blue Note (a sensacional gravadora americana do "melhor jazz desde 1939") lançou Hand on The Torch, primeiro e devastador álbum do Us3, que difundir o hit “Cantaloop”, que era, na verdade, uma mescla de samples de Herbie Hancock, loops de bateria e vocais de rap.

Neste momento específico, a música eletrônica passou a ser considerada uma vertente modernosa do jazz e a ser venerada como tal.

No exterior, este avanço correu a passos largos e acabou desembocando em Homework, primeiro álbum da dupla francesa Daft Punk, que desencadeou uma verdadeira explosão do movimento eletrônico mundial e uma abertura dos "portos musicais" franceses ao mercado internacional (desta mesma turma, vem o projeto St. Germain, já resenhado aqui no Omelete).

Seria, pois, inválido se comparar este novo álbum do Daft Punk ao seu predecessor. É tão injusto quanto comparar toda a obra de Picasso a Guernica ou todos os filmes de Kubrick a 2001. Bobagem da grossa, então.

Com um disquinho conciso e divertido, pode-se dizer que os franceses conseguiram fazer jus à fama adquirida. Faixas dançantes e comerciais, como “One More Time” (nada a ver com o hit de Britney Spears, regravado magistralmente pelos britânicos do Travis), alternam-se com peças de uma estranheza de causar inveja, como “Nightvision”.

No geral, é um excelente disco de pista de dança que deve agradar tanto àqueles que saem à noite para mexer o esqueleto quanto aos que gostam de escutar seu som em um quarto completamente escuro regado a muito hi-fi.

Destaque para a Virgin nacional que levou o mercado brasileiro a sério e lançou o disco com o mesmo Daft Card da versão importada. Este cartão dá acesso a um website com vários remixes e outras surpresas relativas a Homework. Trabalho de gente adulta para gente adulta.

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