Música

Crítica

Sepultura no Porão do Rock 2012 | Crítica

Com mistura de sucessos novos e antigos, grupo lota show em Brasília

09.09.2012, às 18H30.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H44

Domínio. Goste ou não dos últimos trabalhos do Sepultura é impossível não reconhecer como a banda incendeia palcos e plateias pelo mundo. O show do último sábado, dia 8, no 15º Porão do Rock foi o que mais lotou o palco montado dentro do ginásio Nilson Nelson, com um público próximo a 13 mil pessoas. Mais uma vez ficou provado que não importa a fase, formação ou álbum apresentado, o Sepultura continua com seu legado de arrastar multidões e lotar arenas tal qual uma grande potência da música mundial.

Sepultura - Porão do Rock

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Sepultura - Porão do Rock

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Sepultura - Porão do Rock

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Fotos: PDR/Divulgação

Sepultura - Porão do Rock

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Sepultura - Porão do Rock

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O show começou com alguns minutos de atraso e abriu com "Kairos", seguidas de "Mask" e "Dialog". As três do último álbum –também intitulado Kairos - de 2011 e apresentadas sem grandes modificações das versões de estúdio e com um público ainda morno. Muita gente ainda tentava se espremer no Nilson Nelson, quando uma introdução instrumental criou a atmosfera para que Andreas Kisser apresentasse os músicos – destaque para Eloy Casagrande, garoto prodígio que com apenas 21 anos não deixa nada a desejar para outros músicos do gênero – e anunciar aquilo que todos os fãs queriam ver. Nas palavras do próprio Andreas: "Vai começar a velharia!", gritou emendando o set que levou os clássicos "Beneath de Remains", "Innerself", "Dead Embrionic Cells" e "Desperate Cry".

Agradecimentos, incitação ao público e mais pancadaria old school: "Amen", "Hypnosys", "Whe Are Not the Others", "Substraction" e "Slave New World". Fica bem claro que é difícil para o Sepultura se desvencilhar da fase Cavalera. As faixas dos álbuns Beneath the Remains (1989), Arise (1991) , e Chaos A.D. (1993) são as responsáveis pelos "hinos" da banda e frenesi da plateia. Destaque para "Territory”, que conseguiu os gritos do refrão de praticamente todos os presentes.

Em alguns momentos, muito pela qualidade acústica mediana do ginásio, os gritos se igualavam ao som. "Roots Bloody Roots" foi a única música apresentada de um dos álbuns mais bem sucedidos da banda, Roots (1996). A última faixa - uma despedida real, já que no Porão do Rock nenhum artista faz bis - foi "Altered State", do álbum Arise. O sistema de iluminação estava impecável e acompanhava com sincronia a levada da banda. Além disso, um telão exibia a capa do álbum que cada música pertencia enquanto eram tocadas. Das cinco apresentações que o Sepultura já fez no Porão do Rock, essa foi uma das melhores.

Por fim, aclamados por uma apresentação tecnicamente impecável, o Sepultura tentou agradar Brasília com um set list "recordar é viver" muito bem escolhido, formado com aquilo que consagrou o grupo como uma das maiores bandas do mundo. A animação e participação da plateia provam que ainda vale a pena ir a shows do Sepultura; seja pelo passado ou pelo presente.

Nota do Crítico
Bom

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