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Música
Crítica

Papa Francisco - Wake Up! | Crítica

Disco de rock progressivo com discursos do pontífice tem instrumentais inspirados

FC
27.11.2015, às 09H42.

Quando o Papa Francisco anunciou que estava gravando um disco de rock – e progressivo, ainda por cima –, muita gente deve ter duvidado ou ficado surpresa. Pode um senhor de 78 anos, líder da Igreja Católica, dedilhar uma guitarra e gritar como um pop star?

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E a resposta é simples: pode! E é ótimo que ele tenha feito isso. Afinal, sendo um Papa tão desenvolto e tão próximo das pessoas, fazer um disco não deixa de ser mais uma de suas maneiras de promover seus discursos de paz, dignidade e preocupações ambientais.

Mas para quem imaginou um disco do King Crimson com o Papa entoando seus agudos à la Greg Lake, a coisa não é bem assim. O disco tem, de fato, passagens instrumentais bastante progressivas que por vezes lembram Genesis, Rush ou Emerson, Lake & Palmer, mas elas servem de tapete sonoro para sermões falados pelo pontífice.

"Wake Up! Go Go Forward!" foi o primeiro single divulgado pelo Papa, no qual ele fala em inglês para uma plateia de sul-coreanos, um trecho extraído de um discurso feito no ano passado. O disco tem passagens bastante roqueiras, com solos de guitarra e teclados, e baladas bem pop – como "Santa Famiglia di Nazare" – e até elementos mais latinos em "Cuidar El Planeta".

Então, Wake Up é um disco aprovado pelo Vaticano que traz mensagens do Papa embaladas por uma roupagem rock. Ele discursa em inglês, português, italiano e espanhol e o disco foi produzido por Don Giulio Neroni. Tony Pagliuca – fundador da banda progressiva Le Orme nos anos 1970 – compôs a maioria das músicas do disco e já fez parcerias com Peter Hammill e David Jackson.

Vale a pena ouvir o disco do Papa? Certamente. Ele é uma das figuras mais carismáticas do nosso tempo e acredita que todas as pessoas devem ser tratadas com amor e respeito, e debate esses e outros temas no álbum. Pode não ser um disco tradicional de rock, mas é uma experiência diferente e cheia de instrumentais inspirados. Só o fato dele ter feito um disco – dada sua posição e idade – já é mérito de sobra para ganhar a nossa atenção.

Nota do Crítico

Bom
Felipe Cotta

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