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Crítica

Blink-182 - California | Crítica

De vocalista novo, Blink volta à boa forma com álbum empolgante e vigoroso

06.07.2016, às 01H20.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H34

Depois de um retorno um tanto quanto morno em 2011 com Neighborhoods, parece que agora o Blink-182 realmente voltou de verdade. Ao que tudo indica, a chegada de Matt Skiba, do Alkaline Trio, fez diferença: California é um disco cheio de energia e vigor, e soa como a mesma banda de 20 anos atrás, com a mesma pegada e o mesmo bom-humor.

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Aqui eles não parecem uma cópia deles mesmos, aqui eles dão continuidade ao que sempre foram, com uma vitalidade que é admirável a ponto do disco parecer que foi feito nos anos de glória da banda. E isso que é o mais legal de California: não dá pra evitar a passagem do tempo, mas dá pra se aproveitar dela para fazer o que se sabe e fazer melhor, e é exatamente isso que eles fizeram.

Onde Neighborhoods pecava, com uma certa falta de pegada, aqui a banda está a pleno vapor com riffs e vocais excelentes em “Sober”, “Rabbit Hole” e “Los Angeles”. Skiba parece ter se entrosado muito bem com Mark Hoppus e Travis Barker e essa sinergia fica nítida em quase todo o disco. “She’s Out Of Her Mind” e “The Only Thing That Matters” são dois exemplos de como eles souberam trabalhar muito bem a nostalgia sem cair na armadilha de repetir uma fórmula, e o resultado é um disco novo com cara de novo, e não um disco forçadamente nostálgico.

“Kings Of The Weekend” é uma das melhores músicas do álbum, imponente e cheia de peso, e “San Diego” tem a participação de Patrick Stump (Fall Out Boy) na composição. Todas têm um gostinho de revival enquanto comprovam que os caras amadureceram. Claro, algumas letras são questionáveis e às vezes a produção exagera nos efeitos, palminhas e outras traquitanas, mas isso não chega a atrapalhar o disco.

“No Future” é um dos melhores exemplos de como o entrosamento realmente aconteceu entre eles e “Bored To Death” vai grudar na sua cabeça com aquele refrão pegajoso e perfeito para cantar junto e “Cynical” chega agressiva, reforçando a urgência e a intensidade que sempre foram marcas registradas do Blink-182.

California é tão bom, tão empolgante e tão original quanto Dude Ranch ou Enema Of The State. Eles voltaram com tudo, e agora é pra valer.

Nota do Crítico
Ótimo

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