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Começa o TIM Festival 2003

Começa o TIM Festival 2003

30.10.2003, às 00H00.
Atualizada em 12.01.2017, ÀS 16H03

Peaches

Beth Gibbons

White Stripes

Com o cancelamento do Free Jazz Festival depois da edição 2001, os brasileiros ficaram órfãos de um dos mais tradicionais eventos musicais. Este ano, depois umas férias forçadas, a empresa de telefonia móvel Tim meteu a mão no bolso e bancou a festa. Menos jazz e com muitas atrações pop, o que já era uma tendência no Free Jazz, o festival traz alguns dos nomes mais importantes da música mundial. Beth Gibbons promete fazer muita gente se arrepiar ao seu som melancólico. Meg e Jack White devem mostrar porque o White Stripes é um dos grupos mais cultuados do mundo e os DJs 2 Many DJs e Enrol Alkan, que agitam pistas no mundo inteiro vão fazer a galera pular até o sol raiar na Cidade Maravilhosa.

Infelizmente, a maioria dos ingressos já estão esgotados, mas vale a pena dar uma corrida até lá para tentar "dar um jeitinho" de entrar na balada. Para não chegar lá com cara de perdido, aqui vai um pequeno guia do que procurar. Boa sorte! E depois conte pra gente se conseguiu e o que achou :-)

  • 2 Many DJs
    A dupla belga Stephen e David assumiu a alcunha 2 Many DJs para uma série de apresentações em rádio, que acabou gerando um CD. Os dois são em parte responsáveis pela onda de bastard pop que assumiu as pistas de clubes europeus nos últimos meses. O termo explica-se: em seus sets, a dupla mixa coisas aparentemente incompatíveis, como Stooges e Salt-n-Pepa ou Dolly Parton com Royksopp. Vale de tudo e a grande diversão é tentar descobrir o que é que vem pela frente na apresentação.

    Pra ouvir: a dupla tem vários trabalhos já lançados lá fora. Vale a pena procurar pela internet pelos CDs ou por algum set especial gravado das suas apresentações.




  • Beth Gibbons
    Gibbons fez fama como a voz a frente do Portishead, sendo a grande responsável pelo grau de melancolia presente no forte trip hop da banda. Depois da pausa na carreira do grupo, Gibbons fez dupla com seu amigo Paul Webb (ex-Talk Talk), para gravar um disco acústico, em que sua voz dolorida é a grande estrela, sem ter que dividir espaço com samples ou sintetizadores no último volume.

    O que esperar: uma dose sólida de dor no ar e um grande número de fãs do Portishead em estado de êxtase - ou será agonia? Tem tudo para ser um dos mais bonitos shows do festival.

    Pra ouvir: o único disco solo da dupla, Out of season, foi lançado por aqui no ano passado. É improvável que a moça arrisque algum hit do Portishead, mas vale dar uma olhada nos CDs do grupo também.






  • DJ Marlboro & Convidados
    Marlboro é o grande nome atrás do funk carioca, acumulando as funções de empresário, produtor e divulgador do pancadão. Agora que o estilo está se tornando cada vez mais cult entre o chamado bom gosto, dá pra curtir sem medo a apresentação do DJ, que deve trazer no seu rastro nomes singelos como MC Serginho, Lacraia e Tati Quebra Barraco.

    Pra ouvir: coletâneas de funk carioca existem aos quilos por aí, o duro é saber o que ouvir. Aproveite que você já está no Rio de Janeiro para o festival, pegue um rádio qualquer e sintonize o programa do DJ, na rádio O Dia FM, às 16 horas.


  • Lambchop
    Pra ouvir: dos seis discos de carreira, o Lambchop tem dois editados por aqui: Is a woman (2002) e Nixon (2000), recém-lançado. Se quiser se aprofundar mais ainda, a coletânea Tools in the dryer reflete bem a diversidade de estilos que a banda alcança.
  • Peaches
    A canadense Merrill Nisker já foi de tudo na vida. De prostituta a professora infantil, passando por bandas folk na sua terra natal. Assumiu sua persona desbocada em 2000 com seu primeiro CD, que mistura sexo e o tão cultuado electro em um CD explícito e cheio de trocadilhos. Logo caiu nas graças do mundinho da moda europeu e teve seu hype jogado às alturas. Seu novo CD, lançado neste ano, carrega mais ainda no lado rock, fazendo citações a Joan Jett e com participação especial de Iggy Pop.
    O que esperar: tosqueira, playbacks, gritos, o maior número de gestos obscenos por minuto e, se lembrarem de apresentá-la ao funk carioca, um aumento enorme no quesito diversão. E quem precisa de mais que diversão num show desses?

    Pra ouvir: o novo disco, Fatherfucker (2003), chegou às lojas nesta semana. Mas não deixe de pegar o primeiro CD, The teaches of Peaches (2000), que também é divertidíssimo.



  • The Rapture
    O Rapture é um quarteto americano que apareceu de repente na cena do ano passado e que merece toda a atenção. Seu som mistura punk e rock ao house e disco. É rock barulhento perfeito para as pistas de dança, como confirma a faixa House of jealous lovers, que virou hit antes mesmo de ser lançada oficialmente.

    Pra ouvir: Echoes é o primeiro CD oficial da banda, apesar de ser o segundo na carreira, e foi lançado sem grande estardalhaço por aqui, mas suas faixas fazem valer cada centavo.




  • Super Furry Animals
    Pra ouvir: sempre injustiçada pela Sony, a banda só conseguiu ter um álbum editado aqui no Brasil atrelado à sua escalação no festival. Phantom power, seu último trabalho, deve chegar às lojas ainda este mês. Fica a torcida para que o show dê certo e o mercado brasileiro veja os outros cinco discos por aqui.


  • The Streets
    Pra ouvir: o primeiro disco de Skinner é outro que foi lançado aqui graças à sua escalação no festival. Original pirate material chega às lojas esta semana.


  • Wado
    Promete ser uma das grandes revelações do festival.

    Pra ouvir: apesar de quase desconhecido do grande público, Wado já tem dois discos na carreira: O manifesto da arte periférica (2001) e Cinema auditivo (2002).




  • Whirlwind heat
    Pra ouvir: o elogiado primeiro CD da banda foi lançado ainda este ano nos EUA e logo chegou aqui, via SUM. Se você confia em Jack White, Do the rabbits wonder? é a pedida.


  • The White Stripes
    Direto de Detroit, o casal Meg e Jack White são a atração mais esperada do festival. Na estrada desde 97, ganharam fama mundial em 2001, sendo alçados ao posto de "salvadores do rock" junto com os Strokes. Bobagens à parte, a dupla faz um rock vigoroso e sujo, apenas com uma guitarra e uma bateria, com uma forte carga de blues.

    Pra ouvir: como não podia deixar de ser, o grande hype do festival tem toda a discografia nas lojas. Comece pelo último, Elephant (2003), volte para De Stijl (2000), passe para White blood cells (2002) e, por último, The White Stripes (1999), o primeiro da dupla. Claro que a ordem não importa muito, é só pra deixar as coisas mais divertidas.


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