Chris Cornell deixa o Audioslave

Como já era previsto, o vocalista Chris Cornell anunciou no dia 15 que está deixando o Audioslave para se dedicar à carreira solo.

Formado em 2001, por três ex-integrantes do Rage Against the Machine (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) e Cornell, o Audioslave gravou três discos, mas apenas o primeiro foi bem-sucedido em termos de vendas. Unindo-se a isso o fato dos ex-membros do Rage resolverem se reunir com Zack de La Rocha, vocalista da banda, depois de sete anos separados para uma apresentação que pode ser a primeira de várias, Cornell achou por bem separar-se do grupo.

Cornell alegou as famosas "diferenças irreconciliáveis" no comunicado à imprensa em que dizia que estava deixando o Audioslave, e confirmou para o dia 1º de maio o lançamento de seu segundo álbum solo, Carry On.

"Por conta de conflitos de personalidade impossíveis de resolver e diferenças musicais, estou deixando a banda Audioslave permanentemente. Desejo o melhor para os outros membros da banda em seus trabalhos futuros".

Há tempos o vocalista dava sinais de que não era fácil a convivência com os outros egos do Audioslave, sugerindo que dedicar-se à carreira solo é bem menos estressante: "Acredito que o maior problema para a sobrevivência em uma banda e uma convivência sadia entre seus integrantes é que a maior parte dos músicos não é do tipo de pessoa que se preocupa com o que o cara do lado está pensando", contou à Billboard.

O álbum solo de Cornell foi produzido por Steve Lillywhite (U2, Rolling Stones) e sucede Euphoria Morning, de 1999, álbum com que Cornell iniciou a carreira solo depois de integrar o espetacular Soundgarden. Carry On traz no repertório a música tema de 007 - Cassino Royale, "You Know My Name", um cover de "Billie Jean", do Michael Jackson, e outras como "Finally Forever", "No Such Thing", "Poison Eye" e "Your Soul Today".

O curioso é que Cornell não afasta totalmente a idéia de uma reunião com o Soundgarden, banda que se separou há dez anos: "Uma reunião para um show? Claro. Uma turnê já não faria tanto sentido... Gravar outro álbum? Acho possível, mas não sei o que seria preciso para eu sentir que devo ."