<b>Tim Festival 2005: </b>shows históricos e quase nenhum problema
<b>Tim Festival 2005: </b>shows históricos e quase nenhum problema
Já faz tempo que o TIM Festival é um festival adulto, que já tem seu espaço garantido no calendário brasileiro e não precisa provar mais nada. Em parte pelo currículo da curadoria, que já produzia antes o finado Free Jazz, em parte pelas suas duas primeiras edições.
Neste ano o festival, que é itinerante entre Rio de Janeiro e São Paulo, fez sua versão no MAM carioca. Se no ano passado o comentário geral apontava a superioridade paulista na infra-estrutura, desta vez, o TIM não deixou nada a dever A megalomania aqui, ao contrário de outros festivais, faz bem.
O público também faz o festival, e a versão carioca é sempre mais light. Se em São Paulo a coisa toda é sempre um evento social, onde todo mundo vai para ver e ser visto, no Rio de Janeiro a audiência desencana da montação, tornando tudo mais divertido. E, claro, tem o espaço deslumbrante do Museu de Arte Moderna, que só facilita as coisas.
A escalação, redondíssima, não teve grandes pontos baixos nos palcos dedicados à cultura pop e gerou alguns momentos históricos. Wilco e Elvis Costello fizeram o melhor show, empatando nariz com nariz no páreo. Os Strokes se consagraram com seu primeiro show por aqui. M.I.A. chegou queridíssima, mas deu com os burros nágua. Vincent Gallo fez um show polêmico. Um oásis saudável em um momento ruim para o país, com tudo o que vem de Brasília e em um fim-de-semana que abrigou também o referendo do desarmamento.
O único porém foi o encerramento do último dia com o show do Morcheeba, que parecia a programação de qualquer rádio adulta pasteurizada. Uma mancha dispensável em um lineup ótimo. Mas isso acontece em qualquer festival saudável. Pelo menos foi uma chance de ir pra casa mais cedo, descansar da maratona.
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