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Amnesiac, próximo de Radiohead

Amnesiac, próximo de Radiohead

D
02.02.2001, às 00H00.
Atualizada em 06.12.2016, ÀS 18H00
Logo depois da loucura esquizofrênico-depressiva de Kid A (resenha aqui), a banda de Thom Yorke anunciou que seu novo bebê já está pronto.

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Com uma track list que combina um pouco das "sobras" do disco anterior (13 faixas ficaram de fora das seleção final), algumas novas composições e algumas músicas mais antigas (já conhecidas dos fãs dos concertos dos caras), Amnesiac pode significar a volta do Radiohead à grande mídia, com lançamentos de singles e vídeos (leia-se MTV e FMs).

Tudo indica que o mix final não seguirá a coesão depressiva dos dois últimos trabalhos lançados, OK Computer (1997) e Kid A (2000). Declarações de Ed OBrien (guitarrista) apontam direções mais coesas com a montanha-russa de sentimentos registrada em The Bends (1995).

As músicas já confirmadas no álbum são Po Pad (faixa mais alegre e pop que deve abrir a bolacha), Pyramid Song (que costumava ser chamada de Egyptian Song nos shows), Living in a Glass House (faixa mais antiga que deve fechar o álbum), Knives Out, Dollar and Cents, You and Whose Army&qt;& e I Might be Wrong.

Outras que podem entrar na seleção final são Alligators in New York Sewers (definida por Thom como uma "canção boba"), Cogs, Cuttooth, Follow Me Around, I Will, Lift, Nude (ou Big Ideas ou Failure to Receive Payment Will Put Your House at Risk) e True Love Waits. Várias outras canções (como a belíssima Innocents Civilian) urgem por ser lançadas em CD e poderiam fazer parte deste disco, dependendo apenas da (boa) vontade da banda. Segundo Colin Greenwood (baixista), "Nós temos muitas outras gravações e estamos tentando achar o jeito certo de lançá-las [...] não apenas em EPs. Temos muitas outras canções que queremos lançar o mais cedo o possível."

Tive a oportunidade de ouvir as músicas já confirmadas para o álbum, assim como algumas das que podem vir a ser lançadas.

Não se pode dizer muito de um trabalho assim antes da seleção final e do seqüenciamento definitivo das faixas, mas a impressão é de um passo adiante no bizarro conceito de "colcha de retalhos" que Yorke usa para definir seu processo criativo. Agora as variações e dissonâncias ocorrem não só de uma faixa para outra, como também dentro de uma mesma faixa (seja vocal ou instrumentalmente).

Os sujeitos se afundaram ainda mais na experimentação e não devem decepcionar àqueles que admiram a "sinceridade" musical do Radiohead. Já os que se satisfazem com músicos que descansam sobre suas próprias glórias e se deixam cair numa fórmula provavelmente desenvolverão asco por este novo disco (ou não, já que algo deve cair nas mãos da grande mídia acabando por se tornar palatável ao gosto dos medíocres).

Definitivamente (e muito mais que nunca), Amnesiac é um disco que qualquer músico (ah, qualquer pessoa!) se orgulharia de ter parido, é um atestado de mobilidade intelectual e criativa para os guris de Oxford, é uma prova de que a música (mesmo a que cai sob a categoria de pop) ainda pode ter qualidade.

Destaque especial para a bela melodia de Knives Out e para a claustrofobia destilada de You And Whose Army&qt;&...

Agradecimento especial aos sites de notícias dedicados ao Radiohead, agrupados na página oficial da banda (www.radiohead.com) sob a seção Newsak.

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