18 - Novo trabalho de Moby

Moby (leia entrevista especial), o dj norte-americano autor do revolucionário Play (1999) está de volta.

Antes de tudo é preciso dizer que 18 guarda poucas semelhanças com seu antecessor. Ainda bem. Desde que passou a ser considerado um dos mais importantes músicos dos anos 90, Moby experimentou inúmeras vertentes e gêneros musicais.

O novo trabalho é mais uma de suas bem sucedidas experiências. A primeira foi, sem dúvida, escolher entre aproximadamente 140 canções apenas 18. Mais uma vez ele prova que além de grande músico é bom editor.

O álbum começa com a psicodélica We Are All Made of Stars [ouça agora! Clique aqui], que não tem muito a ver com a sonoridade que aparece no resto do CD. Com guitarras distorcidas, tem o próprio Moby nos vocais e deve ganhar as rádios e MTV em breve. A segunda, In This World, já carrega a marca registrada do artista. Começa com o vocal gritado, segue com cordas, ganha o característico piano e, finalmente, batidas eletrônicas. O mais notável é que Moby consegue, como poucos, colocar cada um dos elementos na hora certa e com impressionante harmonia. A sexta e sétima faixas, One of These Mornings e Another Woman respectivamente, são mais rápidas e menos introspectivas.

Os ensaios do encarte são um capítulo à parte. Assim como em Play - em que ele trata de temas controversos como fundamentalismo, direitos humanos e até os motivos que o levaram a ser um vegan (pessoa que não consome nada de origem animal) - em 18 o dj explica como se deu o difícil processo de composição e escolha das músicas para o novo trabalho. E como não podia deixar de ser, Moby volta ao tema do fundamentalismo, desta vez tendo como pano de fundo os atentados de 11 de setembro, que, por obra do acaso, é dia do seu aniversário. Se você gostar do que ler no encarte, não deixe de visitar o site do musico - www.moby.com. Como num Blog, Moby atualiza diariamente sua página contando o que fez durante o dia e o que pensa do que está acontecendo ao seu redor.