HQ da Harpia da Marvel vira best-seller depois de machismo contra escritora
Chelsea Cain deixou o Twitter após escrever Mockingbird
Depois que a escritora Chelsea Cain anunciou que deixaria o Twitter por conta de assédio moral, os encadernados da série Mockingbird, que ela escreveu neste ano, foram parar no topo dos mais vendidos entre as coletâneas da Marvel Comics na Amazon.
No dia 17, num dos seus últimos tuítes, ela lamentou que a HQ solo da Harpia (que ganhou expressão nos últimos meses por conta da popularidade da personagem interpretada por Adrianne Palicki em Agents of SHIELD) estava sendo cancelada na Marvel, e pediu mais títulos criados por mulheres, sobre mulheres. Alvo de machismo, Cain escreveu, antes de apagar seu perfil, que nunca havia bloqueado ninguém no Twitter até ter estreado no mercado de quadrinhos de super-heróis.
Mockingbird durou oito edições. Na trama do primeiro arco, depois de uma sequência de missões que dão errado, Bobbi Morse descobre que há algo suspeito na seção de recuperação médica da SHIELD, e ela precisa desvendar esse quebra-cabeças. Mockingbird Volume 1: I Can Explain, primeiro encadernado dessa fase, que sai em 1º de novembro, foi parar no topo das coletâneas mais vendidas da Marvel.
O segundo volume também está em pré-venda (para abril de 2017) e também entrou na lista das mais vendida, na quinta posição. A Marvel aderiu à provocação e chamará o segundo encadernado de My Feminist Agenda. Também na rede social, o editor-chefe da editora, Axel Alonso, defendeu a roteirista: "Estou do lado de Chelsea Cain, condeno o assédio online e acredito que o Universo Marvel e a indústria se beneficiam e crescem com personagens e criadores mais diversos".