Mais que colegas: She-Hulk e Demolidor vão de inimigos a amantes antes do caos
Charlie Cox até reprisa cena do corredor, mas nada empolga tanto quanto sua química com Tatiana Maslany
Créditos da imagem: She-Hulk/Marvel Studios/Reprodução
A espera valeu a pena. A um episódio do final, Demolidor (Charlie Cox) chega a She-Hulk realmente para abalar as estruturas de Jen Walters (Tatiana Maslany), tanto como advogado e vigilante, quanto amante. Isso porque há muito mais por trás da rivalidade que começa no tribunal com o vergonhoso caso do Homem-Sapo e, por isso, ela escala, sem esforços, para uma relação mais íntima. Ambos são inteligentes, charmosos e, ainda por cima, compartilham do mesmo senso de humor. Quer dizer, não tinha como o episódio terminar sem que um deles fizessem a chamada walk of shame — e que especial que esse papel ficou com o Demônio de Hell’s Kitchen, com todos seus aparatos de herói.
A presença de Matt Murdock em “Coaxando e Saltando”, mais do realizar um antigo ship dos leitores dos quadrinhos, continua a aquecer para seu renascimento no MCU, com a série Daredevil: Born Again. Ainda que agora esteja de visual novo, inspirado na sua estreia nas páginas em 1964, She-Hulk não nega o que veio antes e inclui, sem embaraço, alguns acenos simbólicos à série da Netflix — mas com um detalhe: como aconteceu com as aparições do Hulk (Mark Ruffalo), do Abominável (Tim Roth) e do Wong (Benedict Wong), a roteirista e showrunner Jessica Gao o faz sem se esquecer de que a série tem dona e proprietária, e seu nome é Jennifer Walters. Por isso, mesmo com a volta da música-tema da série original do Demolidor e até uma espécie de reprise da memorável sequência de luta no corredor, o retorno do herói à TV se dá realmente como participação especial. Ele está a serviço do arco da protagonista e cumpre muito bem seu papel.
A química entre Maslany e Cox é palpável e, não à toa, é empolgante vê-los até discutindo com jargões de advogado, imagine então quando abandonam a polidez e flertam descaradamente. Contudo, Murdock é mais do que um casinho bem-sucedido na vida de Jen. Ele implica um passo importante para que ela recupere sua confiança e assuma sua identidade dividida. Afinal, ele se sentiu atraído por ela por inteiro e, ainda, colocou em palavras o benefício da sua dualidade, algo que a heroína demorou tanto tempo para entender. “Jen Walters pode usar a lei para ajudar as pessoas quando a sociedade falha com elas. She-Hulk pode ajudar as pessoas quando a lei falha com elas”, ele argumenta no bar. E, ao derrotar os impulsos toscos do Homem-Sapo, ela pela primeira vez usa seus pulsos com orgulho.
Infelizmente, a passagem de Matt por Los Angeles foi breve e, tão logo amanheceu, ele embarcou para Nova York. O advogado partiu na promessa de levá-la para sair, o que pode indicar que existe a chance de She-Hulk dar uma passadinha em Hell’s Kitchen e, quem sabe, devolver a gentileza, participando de Born Again. Contudo, isso deve demorar, e não só porque a nova série tem estreia prevista para 2024. Ao final do episódio, o misterioso vilão HulkKing colocou seu plano em prática e feriu severamente a honra da heroína. Agora ela é vista como um monstro e, ao que tudo indica, será tratada assim no finale da temporada.
She-Hulk é exibida às quintas, no Disney+. Antes do próximo episódio, confira a nossa entrevista com a atriz Tatiana Maslany:
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