Tatiana Maslany como She-Hulk e Mark Ruffalo como Hulk

Créditos da imagem: She-Hulk/Marvel Studios/Reprodução

Séries e TV

Entrevista

“She-Hulk quebrava a 4ª parede muito antes de Deadpool e Fleabag”, diz diretora

Conversas entre a heroína e seu público estão nas HQs desde o final dos anos 1980

Omelete
3 min de leitura
19.08.2022, às 10H49.
Atualizada em 01.10.2022, ÀS 17H22

Entre críticas ao CGI e comemorações sobre a aparição do Demolidor (Charlie Cox), não faltaram comparações com Deadpool e Fleabag quando o Marvel Studios revelou, na San Diego Comic-Con, She-Hulk quebrando a quarta parede no seu trailer final. A referência aos dois personagens certamente faz sentido, já que ambos de fato falam diretamente com o espectador sobre si mesmos e seus respectivos universos. No entanto, como a diretora Kat Coiro fez questão de dizer na coletiva de imprensa global da série, “She-Hulk estava fazendo isso muito antes dos dois”.

A expressão “muito antes” não é exagero: a primeira vez que a heroína conversou com seu público foi em 1989, na primeira edição de Sensational She-Hulk. Na HQ, assinada por John Byrne, ela começa o papo já na capa, dando uma “segunda chance” ao seu leitor. "Se você não comprar meu gibi dessa vez, vou até a sua casa e rasgo todos os seus X-Men", afirma, amigavelmente; veja:

Capa de Sensational She-Hulk #1
Marvel Comics/Reprodução

Este estilo eventualmente se tornou um traço clássico da personagem nas páginas e, por isso mesmo, era essencial para a roteirista e produtora-executiva Jessica Gao levá-lo também para a telinha. “Foi a fase do John Byrne que fez com que eu me apaixonasse por essa personagem. Sabe, era só tão leve, divertido e novo. Então sempre foi um elemento fundamental”. É claro que, vindo de uma experiência longa com comédias na TV, o humor também se tornaria outro pilar da produção, e foi muito natural que os dois se combinassem.

Contudo, até chegar no resultado que foi ao ar nesta quinta (18) no Disney+, Gao e os demais roteiristas fizeram diferentes tentativas. “Foi uma longa jornada, em que nos perguntamos: ‘o quanto ela deve falar com a câmera? Ela está falando com o público ou com outra pessoa, mais dos bastidores? Há outro elemento de metalinguagem?’”, explicou. “Houve um período no roteiro em que, em vez de falar diretamente com a câmera, havia caixinhas de texto, como se fossem notas do editor nos quadrinhos. E ela interagia com essas notas na tela. A gente eventualmente descartou essa ideia, mas, quer dizer, passamos por várias versões sobre como deveríamos fazer isso”.

Como aconteceu nas HQs, a quebra da quarta parede aproximou Jen Walters dos seus novos fãs, agora que chega ao MCU. Na realidade, para a atriz Ginger Gonzaga, que interpreta a melhor amiga da protagonista, o efeito é tão potente que é quase como se “o público tivesse a experiência da Nikki, porque ela se refere a eles quase como amigos”, leitura com a qual Gao concorda. “Você é chamado para o círculo mais íntimo dela. Ela confia a você todos os seus pensamentos e sentimentos”.

Tatiana Maslany vai um passo além. Para a atriz, a consciência da heroína do seu público é praticamente seu super-poder. Por isso, como ela mesma fez questão de frisar na coletiva, na próxima vez que você ouvir esse tipo de comparação, lembre-se: “Deadpool copiou a She-Hulk!”.

Além de participar da coletiva de imprensa, o Omelete também entrevistou Maslany sobre sua estreia no MCU; confira abaixo:

She-Hulk é exibida às quintas, no Disney+.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.