Loki

Créditos da imagem: Marvel Studios/Divulgação

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Não, o Loki que amamos não está de volta (por enquanto)

Deus da trapaça da série não é versão que fez os fãs chorarem em Vingadores: Guerra Infinita

08.06.2021, às 17H35.
Atualizada em 09.06.2021, ÀS 10H04

Loki, série estrelada pelo querido Deus da Trapaça vivido por Tom Hiddleston desde 2011, finalmente estreará no Disney+ nesta quarta-feira (9), sob promessas de que será a produção televisiva mais importante do MCU até agora. Acontece que as prévias lançadas até o momento explicaram muito pouco sobre a trama do seriado e, a cada trailer, o espectador ficava ao mesmo tempo mais perdido e mais empolgado com a aventura psicodélica prometida pelo estúdio.

O investimento do público em Loki não é surpreendente. Ao longo de uma década, o personagem-título foi de vilão de filme solo a projeto de megalomaníaco em Vingadores completando um arco de redenção ao final de Thor: Ragnarok. Essa trajetória o tornou querido tanto entre fãs apenas dos filmes quanto de leitores antigos da Marvel, mas, infelizmente, não é exatamente a que foi vivida pela versão que será mostrada na série. O Loki do seriado, na verdade, é aquele mesmo ser vingativo que tentou invadir a Terra com um exército de chitauri e, após uma desastrosa missão de Tony (Robert Downey Jr.) e Scott (Paul Rudd) em Vingadores: Ultimato, escapou com o Cubo Cósmico/Joia do Espaço. É justamente esse vilão vingativo e destrutivo que a série seguirá, com todo o desenvolvimento e redenção dos últimos nove anos deixados para trás.

Embora apareça sob custódia e aparentemente trabalhando para a TVA (Autoridade de Variância do Tempo) nas prévias, o personagem de Hiddleston não passou ainda pelo trauma de perder Frigga (Rene Russo) em Thor: O Mundo Sombrio e nem realizou seu sonho de governar Asgard após banir Odin (Anthony Hopkins). Por enquanto, o Deus da Trapaça da série não passa de um vilão ardiloso que, muito provavelmente, buscará unir o poder da Joia do Infinito que tem em mãos à tecnologia de viagem pelo multiverso da TVA, muito provavelmente para fins nefastos.

Loki provou diversas vezes que é capaz de crescer e fazer o bem, a ponto de levar o grande público às lágrimas quando chegou ao seu destino trágico nas mãos de Thanos (Josh Brolin) no prólogo de Vingadores: Guerra Infinita. Precisamos lembrar, no entanto, que esse arco, no contexto da série, não existe mais e o Deus da Trapaça, provavelmente, percorrerá um novo caminho de redenção --ou, caso a Marvel queira surpreender, mergulhar de vez na vilania.

Mexendo com o multiverso como nenhuma outra produção do MCU até agora, Loki ainda deve apresentar novas versões do personagem, talvez tão ou mais ambiciosas quanto o Deus da Trapaça que conhecemos. Isso quer dizer que o vilão do Vingadores original pode muito bem interagir com variantes extradimensionais de si mesmo, com consequências que podem ser desastrosas para a continuidade da realidade do Universo Marvel.

Quando finalmente chegar ao Disney+, Loki não será mais o apaixonante anti-herói que ajudou a salvar os asgardianos de Hela (Cate Blanchett) e muito menos o irmão dedicado que se sacrificou para tentar salvar Thor (Chris Hemsworth) de Thanos em Vingadores: Guerra Infinita. Com um caminho tão imprevisível quanto a trama da própria série, essa velha-nova versão do Deus da Trapaça tem um longo caminho a ser desenvolvido e, desta vez, a redenção pode não estar nos planos.

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