Música

Entrevista

Plutão Já Foi Planeta fala sobre evolução da banda e aquecimento para o Lollapalooza

Guitarrista Sapulha Campos fala com o Omelete

21.03.2018, às 14H57.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H41

Formada em 2013, Plutão Já Foi Planeta é uma das bandas brasileiras que mais cresceu nos últimos tempos. Saída de Natal, o conjunto de Natália Noronha, Gustavo Arruda, Sapulha Campos, Vitória De Santi e Renato Lelis lançou seu ótimo álbum de estreia em 2014, passou pelo Superstar da Globo em 2016, já divulgou o segundo álbum, A Última Palavra Feche a Porta no ano passado, e agora vem tocar no Lollapalooza. Ainda assim, eles não param; neste mês mesmo eles já divulgaram o seu novo single, "Estrondo":

Agora, o guitarrista Sapulha Campos conversou com o Omelete sobre as expectativas para o show, o aquecimento, e quem eles mais querem ver no Lollapalooza. Confira:

Omelete: Vocês têm cinco anos de carreira e, nesse tempo, já passaram por muita coisa desde o lançamento do primeiro álbum, em 2014. O que vocês acham que trouxeram de bagagem dos últimos anos para o A Última Palavra Feche a Porta? O processo de composição mudou muito?

Muita coisa mudou, com certeza. A gente passou por muita coisa em pouco tempo, muita coisa sonhada, muita coisa inesperada. O álbum é tudo que aconteceu com a gente nesse tempo, traduzido musical e poeticamente. Crescemos e mudamos enquanto músicos e pessoas. A gente sabe que isso tem um efeito direto no nosso trabalho e conseguimos enxergar isso comparando os dois discos. O processo de composição ainda é o mesmo. Sempre levamos as músicas pro estúdio e arranjamos todos juntos. Talvez a única diferença seja a vivência diferente que tem consequência nas composições. 
 
Omelete:  O último álbum tem uma pegada mais moderna em relação ao de estreia, e guitarras mais acentuadas. As influências de vocês mudaram?
 
Estamos sempre ouvindo coisas novas, o que acaba sempre influenciando bastante. Tivemos maior foco nesse segundo trabalho. Entramos no estúdio com objetivos bem definidos e arranjos mais pensados. Sem contar também a evolução musical. Tudo isso deu mais luz na hora de executar novos arranjos. 
 
Omelete: O segundo álbum trouxe também Gustavo Ruiz na produção. Quais foram os motivos para a escolha, e o que vocês acham que ele trouxe para o álbum?
 
Escolhemos Gustavo, primeiramente, por indicação de um produtor natalense, Anderson Foca. Seguido disso veio uma grande identificação com o trabalho dele. A banda já curtia as músicas e produções dele com a irmã, Tulipa Ruiz. Todos concordamos que seria a soma ideal para o que a gente queria realizar nesse momento. Ele nos mudou em vários sentidos. Primeiro que nunca tínhamos tido uma produção musical, então foi que ele que introduziu todo o processo. Costumamos dizer que existe o Plutão antes e depois de Gustavo. Até a maneira como ouvimos música hoje em dia mudou. Temos um ouvido mais atento, sempre buscando algo a mais, enxergando intenções. Como se em toda música que a gente ouvisse desse pra identificar semelhanças no processo que passamos. 
 
Omelete: Ainda, o álbum traz belas participações da música nacional. Quais são os artistas brasileiros que vocês mais gostariam de colaborar?
 
Temos uma lista dos sonhos em relação a isso. Alguns nomes que já passaram nas conversas são: Rodrigo Amarante, Dado Villa-Lobos, Tom Zé, Caetano Veloso, Céu, Tiê, Emicida, Marcelo Jeneci. A lista ainda poderia se estender bastante!
 
Omelete: Como está o aquecimento para o Lollapalooza? E quais são os artistas que vocês mais esperam ver no festival?
 
Estamos a todo vapor essa semana! Muito ensaio e muita vontade de estar no palco! Já temos vários artistas nessa lista: Tash Sultana, Royal Blood, Rincón Sapiência, Red Hot, Mano Brown, Liam Gallagher, O Terno, Aurora, Anderson Paak, Pearl Jam, The National. 
 
Omelete: O que podemos esperar do show de vocês no Lollapalooza?
 
Muita energia! Estamos respirando o festival! Também tem novidades, pois vamos tocar nossa música nova, "Estrondo", pela primeira vez. 
 
Omelete: Sobre o single “Estrondo”; a música é uma indicação do próximo álbum ou é um single único? Vocês já trabalham no terceiro disco?
 
Só single. Temos intenção de lançar vários esse ano. Talvez um terceiro disco fique pra 2019. Esse é um ano que queremos ter vários lançamentos e que isso talvez gere um aquecimento pra esse terceiro trabalho. 
 
Omelete: Se Plutão Já Foi Planeta fosse um super-herói ou super-heroína, qual vocês acham que seria? Por quê?
 
Mulher Maravilha, pela força feminina que existe na banda!
 
O Plutão Já Foi Planeta toca no dia 23, ao 12h50, no Palco Axe. O Lollapalooza acontece em 23, 24 e 25 de março. Ingressos podem ser adquiridos no site oficial do festival
 

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Confira os destaques desta última semana

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