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DVD: <i>Demolidor vs. Homem-Aranha</i>

DVD: <i>Demolidor vs. Homem-Aranha</i>

JA
19.08.2003, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H40
Demolidor X Homem-Aranha
3 ovos

Omelete Recomenda

A capa pode não inspirar muita credibilidade, mas eis um DVD que supera as expectativas.

Lançado no pacote de férias da Buena Vista Entertainment, junto de outras coletâneas de desenhos Marvel, esse despretensioso disco não decepcionará aos fãs do Homem sem Medo e do Homem-Aranha; este último a verdadeira estrela do disco, embora seu nome venha em segundo lugar no título.

Aproveitando o lançamento das duas versões do DVD do filme do Demolidor, este disco é uma coletânea de todos os desenhos animados que contaram com a participação do destemido herói cego, o que já é uma curiosidade e tanto. Além disso, vem acrescido dos comentários do arroz de festa Stan Lee que, como pai das personagens, apresenta cada desenho e ainda está num mini-documentário em que traça um paralelo entre os dois heróis. Nele, é interessante notar que, de Demolidor, o velhinho só conhece mesmo a fase em que ele mesmo encabeçou os roteiros do herói; tanto que sequer cita os demais autores que passaram pelo título ao longo dos anos... Mesmo assim, um depoimento válido.

Mas falando nos desenhos, o tal confronto dos dois heróis é parte de uma seqüência de quatro aventuras extraídas da fraquinha série do Aracnídeo dos anos 90. Nela, Peter Parker é preso injustamente numa artimanha do Rei do Crime, e seu advogado é nada mais, nada menos que Matt Murdock, o Demolidor.

Sinceramente, a história é tão ruim que acaba sendo divertida. Dos erros de seqüência, passando pelas personagens musculosos e vesgas até os cenários 3D datadíssimos, o melhor fica por conta dos diálogos. À certa altura, o Aranha indaga o amigo: Espera um pouco! Se pode ver através de disfarces, quer dizer que pode ver através do meu. Ao que o Demolidor responde: Não! Eu respeitei o seu direito de privacidade. Sou um grande adepto da constituição e da lei.

O riso é inevitável e acaba valendo o lado trash do programa.

Nos extras, há um curioso episódio da também fraca série do Quarteto Fantástico dos anos 90: E um cego nos guiará.

Nesta aventura, os protagonistas têm de enfrentar o Dr. Destino, sem os seus poderes; anulados por uma explosão radioativa. Sua única chance é, claro, o Demolidor, que encara o malvadão numa boa. Diversão na certa: é só desligar o cérebro e ir em frente.

Fechando o programa, temos o desenho que vale o disco todo: O Rei do Crime, segundo episódio da primeira e antológica série animada do Homem-Aranha, produzida em 1967. Aquela em que seu uniforme só tinha teias no capuz, luvas e botas. Aqui, vemos o escalador de paredes ser contratado pelo jornal Clarim Diário e encarando um Rei de fartas sobrancelhas, numa divertida aventura. Por incrível que pareça, os infindáveis passeios de teia do herói por uma Nova Iorque de cores psicodélicas e aquarelas borradas esbanja charme, capaz de superar tranqüilamente a versão modernosa dos demais episódios do disco, Mesmo com todas as limitações da animação da época, sem falar na trilha sonora descolada, por si só impagável. Ela foi uma cortesia do compositor Bob Harris e dos músicos Paul Francis Webster e Ray Ellis.

Agora é torcer que lancem mais episódios desse delicioso desenho por aqui.

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