Toni Collette é a “rainha das famílias disfuncionais”: “Não existe ‘normal’”

Créditos da imagem: Colin Firth e Toni Collette em cena de A Escada (Reprodução)

Séries e TV

Entrevista

Toni Collette é a “rainha das famílias disfuncionais”: “Não existe ‘normal’”

Atriz conta o que a atrai para histórias como a de A Escada, da HBO Max

Omelete
3 min de leitura
05.05.2022, às 13H55.
Atualizada em 28.02.2024, ÀS 00H46

Hereditário. Pequena Miss Sunshine. Entre Facas e Segredos. Estou Pensando em Acabar com Tudo. A Escada. O que todos esses títulos, aparentemente tão diferentes em tom e conteúdo, têm em comum? Bom, duas coisas: Toni Collette no elenco e famílias disfuncionais como o centro de suas narrativas.

Todos nós temos uma família, e todos somos muito influenciados por ela, não importa se admitimos isso ou não”, reflete a atriz em entrevista ao Omelete. “Psicologicamente, portanto, essas histórias se tornam muito atraentes para mim. Especificamente com A Escada, estamos falando de uma família muito grande e misturada, com muitas personalidades diferentes. Se você olhar de perto o bastante, nenhuma família é normal, e como atriz eu gosto de iluminar essa ideia”.

A busca constante de Collette, esclarece ela, é por personagens que são corajosas o bastante para se libertar das influências ao seu redor e buscar sua independência, sua autonomia, sua identidade, seu próprio caminho”. “Nós herdamos coisas maravilhosas de nossas famílias, mas também coisas não tão maravilhosas. Quem nós somos, no fim das contas, é uma mistura estranha de todas essas experiências”, comenta. “Nesse contexto, poder parar e ouvir a si mesmo, ao que você quer, é muito importante”.

Em A Escada, ela interpreta Kathleen Peterson, uma executiva da empresa de comunicações Nortel e mãe de família que morreu em circunstâncias misteriosas em dezembro de 2001. Poucos meses depois, o novelista Michael Peterson (Colin Firth), viúvo de Kathleen, foi acusado de assassiná-la brutalmente ao pé da escada da mansão do casal. Eventualmente condenado, o caso dele foi perfilado no documentário original de Jean-Xavier de Lestrade, atualmente disponível na Netflix, e sua sentença acabou sendo suavizada em 2017.

O papel na minissérie, portanto, exigiu que Collette filmasse não só uma cena de morte chocante, mas três, cada uma delas abordando uma teoria do que pode ter acontecido com Kathleen. Com muito sangue falso e coreografia envolvida, não foi possível gravar essas cenas múltiplas vezes, o que fez a atriz comparar a experiência com uma peça de teatro.

Nós temos muitas informações concretas de onde ela caiu, e onde estava o sangue, então tivemos que coreografar a cena para produzir o mesmo resultado. Eu tive uma dublê magnífica, que fez a parte mais perigosa da queda, enquanto o meu trabalho foi fazer o restante da cena, quando Kathleen estava tentando se levantar e pedir ajuda”, explica ela. “E ainda é mais difícil, porque eu só pude fazer um take!.

Eu obviamente nunca tive uma experiência parecida com aquela, e é difícil imaginar como seria... De certa forma, como atriz, eu tive que me entregar àquela cena na esperança de dar tudo certo. [...] Eu senti uma responsabilidade enorme de retratar esse momento com uma medida de verdade, porque Kathleen realmente, potencialmente, passou por isso. Houve muita oração envolvida”, brinca.

A Escada liberou os seus três primeiros episódios na HBO Max hoje (5). Os capítulos seguintes serão lançados semanalmente, às quintas-feiras.

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