Resident Evil | Novo filme está em ótimas mãos com Zach Cregger
Diretor emendou dois excelentes longas e se encaixa muito bem com a premissa da franquia
Créditos da imagem: Divulgação/Warner Bros.
A possibilidade de uma nova adaptação de Resident Evil para os cinemas não é exatamente animadora à primeira vista. A franquia, afinal, já teve os seis infames filmes comandados por Paul W. S. Anderson, e o ainda mais infame Welcome to Raccoon City, de 2021. Essas más lembranças são afastadas com mais facilidade ao saber que o fenômeno Zach Cregger, de Noites Brutais, estará na direção desta vez. Após assistir a A Hora do Mal, seu segundo longa, podemos dizer que o próximo Resident Evil tem ótimas chances de brilhar.
Cregger já declarou sua paixão pela série em algumas oportunidades, dizendo que jogou todos os games e exaltando especialmente Resident Evil 4. Ele adicionou, eventualmente, que sequer viu alguma das adaptações.
Saber que há um fã da franquia já tranquiliza bastante gente, especialmente com o backgorund de seu excelente primeiro filme. Com A Hora do Mal já disponível nos cinemas, há uma nítida tendência na obra de Cregger que se encaixa perfeitamente com Resident Evil: tirar algo especial de tropos básicos do terror.
Tropos, vale explicar, são pequenas tendências que conseguimos encontrar em qualquer gênero. Em filmes protagonizados por crianças, um tropo comum é o dos adultos ignorantes que acabam atrapalhando seus filhos; no terror, podemos elencar maldições, jumpscares e possessões.
Em respeito a quem se deparou com esse texto sem ter assistido a qualquer um dos filmes de Cregger, é melhor não revelar quais desses subtemas são explorados pelo diretor. Ainda assim, não é necessário dar spoilers para cravar que o diretor expande premissas básicas e até clichês de uma forma imprevisível.
Como isso se encaixa em Resident Evil? Zumbis são um tropo explorado de inúmeras formas no cinema. Apocalipses, relacionamentos românticos e o clássico body horror são algumas das roupagens que já foram dadas aos mortos-vivos, e ao mesmo tempo que é certo que Cregger encontrará uma nova visão para os infectados, também é impossível saber qual ela será.
Imprevisibilidade, por sinal, é o seu maior forte: assistir a Noites Brutais sem saber muito sobre a história é uma jornada de reviravoltas e uma sequência de momentos que surpreenderão a qualquer um — e isso vale tanto para o enredo em um olhar macro, quanto para a condução de algumas cenas.
A maior questão é o que Cregger fará com um material base tão vasto, algo que é inédito na sua filmografia. Ainda que não escondam inspirações, seus filmes seguem ideias originais e não adaptam um universo já existente. Ainda assim, um fã tão devoto já deve ter pensado inúmeras vezes na melhor forma de levar seus jogos preferidos para a telona.
O novo Resident Evil só chega em 2026, e talvez pela primeira vez, os amantes da série têm ótimos motivos para ficarem ansiosos por ele.
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