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Jogamos | Wuchang não é Wukong, e apela para público mais hardcore

Game é bem mais próximo dos soulslikes, tanto em cadência quanto em dificuldade

Omelete
3 min de leitura
11.06.2025, às 17H30.
Atualizada em 11.06.2025, ÀS 19H30
Wuchang Fallen Feathers

Créditos da imagem: Divulgação/505

Podemos admitir: em qualquer jogo de ação dos últimos cinco anos, é comum procurar por influências dos jogos da FromSoftware em qualquer detalhe. Wuchang: Fallen Feathers não escapa disso, e diferente de outros games que se aproximam do gênero, mas ainda têm diferenciais claros — alô, Wukong —, ele parece abraçar sem pudor o legado do soulslike.

Ainda assim, o impacto do game de 2024 é inegável, e ao sentar na poltrona para uma demonstração de uma hora de Wuchang durante o Summer Game Fest 2025, o responsável pelo estande já soltou a comparação: é mais difícil do que o jogo da Game Science.

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A dificuldade, entretanto, não vem gratuita, e sim da forma que o game foi concebido. Os traços básicos do soulslike estão todos ali: barra de stamina, curas limitadas, fogueiras e tudo que se tem direito. Para além disso, a cadência característica da FromSoftware também está ali.

A protagonista que dá nome ao game tem algumas diferentes armas a seu dispor, como espada, machado e lança, além de poder invocar feitiços e alguns ataques especiais. Para os dois últimos, a verdadeira sacada do game: é necessário realizar esquivas perfeitas para habilitá-los, subvertendo um pouco do culto ao parry que se estabeleceu nos últimos anos.

Wuchang Fallen Feathers
Divulgação/505

Por preferir o desvio, Wuchang acaba ganhando fluidez e graciosidade, mesmo que sem tanta agilidade. O belo trabalho visual complementa esse aspecto da gameplay, com cenários muito bem trabalhados e um carinho surpreendente para os diferentes kits de armadura da protagonista.

Talvez o ponto de maior distância entre Wuchang e seus irmãos de consideração esteja no enredo. A história é contada de forma bastante direta: a protagonista é acometida por uma doença que faz com que ela crie penas em seu corpo — daí o nome do jogo. Esse estigma é visto com preconceito pela sociedade, e justifica que absolutamente qualquer personagem aleatório queira sair na porrada com a garota.

A tal doença é o que viabiliza as magias usadas pela protagonista; ironicamente, sua jornada é justamente em busca de uma cura. Infelizmente, a demonstração não ia tão longe assim, mas é nítido que um confronto por conta dessas pequenas contradições é inevitável.

Tudo que vimos foram duas lutas contra chefe, em que uma era aparentemente feita para ser um fracasso, e outra com um “mini-chefe". Apesar dos avisos de dificuldade, as batalhas principais não foram o maior obstáculo durante a gameplay, e sim a distância entre um checkpoint e outro. O mini-chefe foi vencido com apenas uma tentativa, e o outro chefão caiu após 5 ou 6.

A presença dos feitiços e dos ataques especiais ajuda bastante a diluir a frustração do jogo, assim como os indicativos visuais para o timing das esquivas. Vale destacar, também, a quebra de postura dos inimigos, que ficam totalmente vulneráveis após uma quantidade generosa de golpes aplicados num curto período de tempo.

Ainda havia um terceiro boss, mais difícil, e que vi atropelando alguns outros criadores que estavam nas televisões ao lado, mas não tive tempo suficiente para chegar nele — perdi tempo demais entre os tais checkpoints.

No fim das contas, a oferta para soulslikes em 2025 não está exatamente em baixa: Elden Ring Nightreign acaba de ser lançado, e uma DLC de Lies of P foi revelada no próprio Summer Game Fest. Wuchang completa, ainda em 2025, uma trinca bastante sólida de títulos que apelam para esse público.

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