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Opinião: Nintendo Switch 2 tem o desafio de convencer o fã a deixar o Switch 1

O sucessor vai conseguir suplantar o sucesso do primeiro?

Omelete
3 min de leitura
Vinha
16.01.2025, às 11H20.
Atualizada em 16.01.2025, ÀS 13H28

A Nintendo revelou o Switch 2, seu próximo console. O aparelho segue ainda o formato híbrido de console e portátil e deve contar com mais jogos de suas marcas de sucesso, como Mario, Metroid, Zelda e Pokémon. Mas a empresa tem um desafio pela frente: superar o original e convencer o público.

Olhando para trás, a Nintendo passou por uma situação parecida. Após o Wii, ela lançou o Wii U, sucessor natural. O segundo console, porém, não chegou nem perto de ser o mesmo estouro do primeiro. Há dados de que o Wii vendeu 101 milhões de unidades, enquanto o Wii U somou pouco mais de 14 milhões.

A situação parece se repetir. Temos um console sucessor natural do outro, até com nome parecido, o que pode gerar certa confusão entre os consumidores, e a difícil missão de ser um sucesso ainda maior. Hoje o Switch já soma mais de 141 milhões de aparelhos comercializados desde seu lançamento, em 2017. Além de ter uma robusta biblioteca de jogos, sejam eles originais ou versões remasterizadas de títulos que saíram no Wii U e não tiveram tanto destaque.

Não sabemos, ainda, se o salto gráfico entre Switch 1 e 2 será gigantesco. Teremos jogos exclusivos do novo console, com certeza, mas eles serão suficientes para que o público geral seja convencido e decida dar o "upgrade" no seu hardware?

A Nintendo não planeja abandonar o Switch 1 tão rápido. Sua base instalada é imensa. Perder um público tão grande, levando em conta que nem todo mundo vai ter dinheiro ou convicção para pular a geração, pode ser um passo errado. O trabalho de convencimento será lento e, para isso, é necessário que os atrativos certos sejam anunciados. E não é qualquer atrativo.

Empresas de jogos e consoles já entenderam que apenas uma coisa vende aparelhos: jogos bons. Inovações tecnológicas são interessantes, mas logo são esquecidas. Há provas na história recente: Kinect no Xbox, o 3D sem óculos do 3DS, sensores de movimento. Tudo isso fez um barulho grande quando foi anunciado, mas se tornou secundário frente a títulos onde jogamos de maneira tradicional e com jogabilidade bem feita.

Assim, o Switch 2 precisa apostar rápido em bons jogos, exclusivos (que sempre foram o ponto fortíssimo da Nintendo - e isso não deve mudar), além de, claro, um preço atrativo.

Também não sabemos quanto o Switch 2 vai custar. Há indícios de que seu preço possa ser confirmado a partir de US$ 400. É um valor consideravelmente alto, mas na média para um console de lançamento. Porém, um Switch original, seja OLED ou o modelo padrão, pode ser comprado por preços que variam entre US$ 100 e US$ 300 no mercado externo, entre novos e usados. Sua biblioteca de jogos é grande e de alta qualidade, o que conta bastante.

A Nintendo, com certeza, tem ciência de todos esses desafios. Não é por um acaso que ela fez questão de que o Switch 2 tenha retrocompatibilidade até mesmo com jogos físicos em relação ao Switch 1. A ideia é que se tire proveito disso e que o console já nasça com um forte apelo de software, com milhares de opções para jogar, assim que sai da caixa.

Se isso será o suficiente, saberemos em breve. O Switch 2 ainda não tem data, mas sai dentro de 2025.

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