Death Stranding 2 | Kojima deixou Norman Reedus "puto" com pedido
Diretor falou mais sobre o processo de criação do game em coletiva na BGS 2025
Créditos da imagem: Divulgação/Sony
O grande nome da Brasil Game Show 2025 era Hideo Kojima. A maior celebridade do mundo dos games fez curta passagem pelo país, visitando cafés locais, tomando caipirinha e também trazendo confusão e alegria para os visitantes da feira. O Omelete participou de entrevista coletiva com o diretor de Death Stranding 2: On the Beach, que apesar de marcada por sérios problemas de desorganização e erros de comunicação, entregou algumas boas histórias sobre o processo de desenvolvimento do game.
Antes da entrevista, os veículos selecionados puderam enviar duas perguntas para Kojima. Sua equipe realizou uma pré-seleção e, entre as envidas pelo Omelete, a escolhida foi sobre a história mais clara de Death Stranding 2. Ainda que o game seja denso como o antecessor, ele se explica muito mais, tornando a experiência mais digerível:
"Voltando para o primeiro jogo, o tema central era solidão. Um personagem sozinho lutando e enfrentando seus problemas. No segundo jogo, Sam continua carregando a solidão nas costas, mas ele tem o Magellan, navio onde ele encontra companheiros. Por exemplo, quando você trabalha, sustenta sua família, e ao chegar em casa sua família e seus filhos estão relaxados – Essa é a sensação do Sam, de estar sozinho lutando. Mesmo com a família, há um momento em que você sente solidão. É isso que eu quis descrever", respondeu o diretor, que provavelmente não entendeu a pergunta.
Ironicamente, o próprio diretor falou sobre a dificuldade de transmitir suas ideias, mencionando que até a equipe da Kojima Productions sofria para entender o que ele queria dizer:
"Às vezes não entendem a minha ideia, e eu tenho dificuldade de explicar. No caso do sistema de likes, a equipe não entendeu muito bem, porque você ganha likes mas não tem como trocá-los ou usá-los como dinheiro. Mas eu não queria gerar dinheiro, é um número que só você sabe e tem orgulho", explicou.
Kojima também contou um bastidor divertido sobre a participação de Norman Reedus. Questionado sobre como transmitir emoções tão genuínas por meio de um game, ele falou sobre as cenas em que Sam Bridges chora:
"Às vezes acontecia uma filmagem em que o personagem tinha que chorar. Logo no começo da manhã eu falei que ele tinha que chorar, e ele ficou puto: 'Quem consegue chorar logo de manhã? Pelo amor de Deus'. Pra começar bem o dia", brincou Kojima.
Brincadeiras à parte, ele não deixou de elogiar Reedus, com quem tem uma relação muito próxima, e também Léa Seydoux, exaltada especialmente por uma cena em que fuma um cigarro enquanto sorri e chora ao mesmo tempo.
De forma geral, boa parte da conversa com Hideo Kojima ficou perdida na tradução, gerando momentos de leve constrangimento. Em determinado momento, ele fez uma piada que absolutamente ninguém entendeu, e os jornalistas presentes só souberam que era uma piada quando o próprio Kojima disse que deveríamos dar risada.
A grande maioria das respostas foram desconexas e, quase sempre, sem ligação direta à pergunta. Felizmente, Death Stranding 2: On the Beach é um game bem mais compreensível que seu antecessor, entregando diálogos mais expositivos e que esclarecem, até demais, as ideias que está explorando. Confira nosso Review.
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