Jogamos | The Outer Worlds 2 conserva a essência do original

The Outer Worlds é um título peculiar e icônico, destacando-se por seu sistema de RPG e humor ácido — duas características que a Obsidian Entertainment consegue trazer em diversos títulos. Com a chegada de The Outer Worlds 2 em outubro, a Microsoft disponibilizou um novo preview, no qual foi possível ver a criação de personagem e jogar a primeira missão do prólogo. Enquanto o humor característico da franquia se manifesta com força logo no começo, o sistema de criação de personagem foi simplificado, mas sem perder a versatilidade.

A primeira cena que o jogador terá o prazer de presenciar é uma propaganda sensacionalista que explica a função da nova facção, o Diretório Terrestre, que se apresenta como justiceiros dos colonos na briga contra corporações malignas e governos corruptos. Essa facção será a que seu personagem integrará, levando-o à primeira missão na colônia de Arcádia — um local dominado por um governo tirânico —, onde você terá que se infiltrar. Caso falhe, ninguém irá resgatá-lo, já que isso geraria um conflito intergalático. Ou seja, um dia normal no universo de The Outer Worlds.

Esse início demonstra uma independência em relação ao primeiro jogo, já que estamos em uma colônia diferente com novas facções, conflitos e consequências. Após a breve introdução ao Diretório Terrestre, você será direcionado à criação do personagem, onde decidirá seu histórico pessoal; uma característica positiva que dará o buff global do seu personagem, ou duas características positivas e uma negativa, e, por fim, as habilidades usadas nos diversos testes que aparecerão nas missões, as quais podem subir de nível.

A simplificação na criação de personagem em relação ao primeiro jogo é interessante e muito direcionada a novos jogadores. É uma tendência comum que, ao longo de uma franquia, certos aspectos sejam mastigados para atender um público mais amplo, especialmente aqueles menos familiarizados com a criação de fichas de RPG. Essa mudança mantém a versatilidade de criar personagens focados em diferentes características e que podem resolver problemas de maneiras distintas, o que é essencial em um bom título do gênero.

Durante a missão, fica claro que as habilidades desempenham um papel importante nas decisões e podem ajudar de formas únicas. Mesmo personagens não focados em combate podem se valer de vantagens especiais, como convencer alguém a facilitar uma entrada ou desabilitar os mechas militares. Boa parte da sequência pode ser completada com furtividade, matando os inimigos por trás, mas também é possível enfrentá-los diretamente, usando armas de fogo. É animador ver que eles mantiveram e talvez até elevaram a versatilidade ao lidar com as missões.

No total, o preview durava de uma a uma hora e meia, dependendo do estilo de gameplay, e é uma demonstração competente do potencial que The Outer Worlds 2 tem para oferecer e conquistar um grande público. A franquia já possui seu carisma, mas manter o humor ácido e melhorar as possibilidades de gameplay são avanços importantes para que a sequência agrade os jogadores. Mesmo com a simplificação na criação de personagens, isso não diminui o efeito dessa personalização durante o jogo.