Jogamos: Grounded 2 melhora o básico e promete muito, mas precisa crescer
Depois de algumas horas de gameplay, já é possível perceber a grandiosidade da sequência
Créditos da imagem: Divulgação/Microsoft
A convite da Obsidian Entertainment e da Xbox Game Studios, tivemos a oportunidade de testar Grounded 2 antecipadamente. E bastam algumas horas de gameplay para perceber o quanto o jogo é ambicioso mas ainda precisa adicionar muitas coisas para não cair na mesmice.
A recepção inicial reforça seu sucesso com uma estreia avassaladora na Steam, onde se tornou o jogo mais vendido no dia do lançamento. Grounded 2 mostra que a franquia cresceu e muito. É um daqueles casos em que uma preview já transmite tudo que queremos e podemos ver no futuro do game.
Logo de início, o título entrega uma das melhorias mais bem-vindas da sequência: uma ferramenta universal para coleta de recursos. Simples, eficiente e prática, ela elimina aquela antiga preocupação de precisar trocar de item a todo momento para diferentes materiais. Pouco depois, as montarias entram em cena, uma das adições mais impactantes.
Com elas, a exploração se torna mais dinâmica e rápida, e o combate ganha novas possibilidades. É possível controlar a montaria diretamente, ou deixá-la seguir e atacar ao seu lado. Na coleta de recursos, sua presença é essencial, pois além de facilitar a locomoção, a montaria funciona como um inventário móvel, carregando materiais enquanto você continua jogando.
No sistema de construção, ao menos nas horas iniciais, não há mudanças drásticas em relação ao primeiro jogo, ainda assim, ele já é suficiente para prender o jogador por horas tentando montar a base perfeita. Mas seria incrível ver esse sistema ampliado e com novas modificações.
Um ponto negativo é a alteração em alguns atalhos e comandos básicos, o que pode causar confusão entre os jogadores veteranos. Nada que comprometa a experiência, mas exige readaptação.
O combate, agora reforçado com a presença das montarias, está mais divertido e variado. A combinação entre armas corpo a corpo e à distância funciona bem, e torna a dinâmica de lutas contra insetos mais estratégica e fluida.
Aqui temos o segundo ponto negativo até o momento. Ainda existe uma carência de variedade de itens e armas presentes no jogo, fazendo com que o ato final dessa preview seja maçante e obrigue o jogador a farmar por muito tempo para ter os equipamentos necessários nas missões finais.
Porém, o verdadeiro brilho de Grounded 2 está no multiplayer cooperativo. Jogar com amigos faz toda a diferença: a exploração fica mais ágil, o combate se torna mais fácil e a construção de bases se beneficia da divisão de tarefas. Além disso, a coleta de recursos em grupo e o aumento no dano causado aos inimigos tornam o jogo ainda mais prazeroso em equipe.
A Obsidian também já revelou seu roadmap de atualizações, que promete bastante: o próximo grande patch deve trazer a aguardada localização em português, além de novos conteúdos, como chefes inéditos, espécies de insetos adicionais e diversas melhorias de sistema.
Depois de mais de 15 horas de gameplay, é nítida a profundidade que existe em Grounded 2. Cenários cheios e bonitos com gameplay mais rápida, mas também uma falta de alguns conteúdos dentro do jogo. Mesmo assim, se pensarmos em seu antecessor, sabemos que esses problemas vão ser sanados em futuras atualizações.