Depois do final de primeiro Dying Light, muitos jogadores se perguntaram qual teria sido o destino do protagonista Kyle Crane, e Dying Light: The Beast vem para tentar responder essa pergunta. Com seu retorno em uma forma meia humana e meio bestial, Kyle agora quer se vingar do Barão, por quem foi sequestrado e usado como cobaia humana. Sobrevivendo no vale de Castor Woods, um magnífico cenário com diversas belezas naturais e vilarejos além de perigos que se tornam ainda mais poderosos à noite.
Em um evento em Los Angeles, a Techland mostrou um preview de quatro horas que começava já na segunda hora do gameplay. A partir dali, foi possível testar a movimentação e exploração pelo mapa, as batalhas com a quimeras, quatro missões principais e duas secundárias. Os gráficos belíssimos e o realismo com que os ferimentos dos zumbis são tratados impressionam e deixam a experiência ainda mais imersiva. As legendas do preview já tinham a opção de português do Brasil e a performance no computador estava excelente, mesmo não sendo uma versão final.
Com a volta do ciclo de dia e noite nos moldes do primeiro jogo, há também o retorno do medo do anoitecer, que traz zumbis extremamente fortes e te força a se esconder e dormir. Durante o dia, a exploração segue quase sem interrupções, correndo pela mata ou saltando pelos telhados. O parkour está bem polido, fluido e divertido, ainda que ele seja mais fácil nos trechos de construções do que na mata. Há alguns desafios de plataforma e puzzles inteligentes espalhados pelo mapa — às vezes até mais inteligente do que se espera.
O mundo aberto tem uma exploração bastante interessante e diversificada, com vários itens espalhados para coletar — especialmente dentro das casas, que podem ser acessadas no meio de um parkour. Há também zonas escuras com zumbis especiais e loots consideravelmente mais raros; zonas seguras para limpar e criar mais um local de descanso e alguns encontros aleatórios pelo mapa com outros sobreviventes que podem estar precisando da sua ajuda. O jogo agora possui veículos que podem ser usados para cruzar o mapa e acessar pontos remotos. Esse talvez seja um recurso controverso, já que dirigir é divertido, mas pode facilitar demais a jornada — acredito ser necessário para trajetos realmente longos e que, de outra forma, levariam dias, enquanto ao mesmo tempo pode deixar a exploração mais trivial.
A nova forma bestial de Kyle traz um frescor para o combate, já que a qualquer momento você pode entrar em um frenesi, desferindo socos poderosos que podem até esmagar crânios. Esse estado de fúria é involuntário e é ativado assim que uma certa quantidade de zumbis é derrotada, dando um incentivo a mais para o jogador entrar em combate. As armas também causam danos visivelmente diferentes entre elas e extremamente realistas — armas cortantes podem arrancar cabeças, enquanto as de contusão podem esmagar ossos.
Durante a missão principal, descobre-se que há outros experimentos soltos por Castor Woods: as quimeras. Ao encontrá-las, é dado início a uma batalha de chefe, com direito a barra de vida e ataques que não podem ser bloqueados pelo jogador. Mas esses combates estavam razoavelmente fáceis de serem vencidos, já que apesar de diferentes, todas as quimeras tinham um set de ataques bastante parecido e que, a partir do momento que o jogador entende o timing, era bastante fácil de desviar. Cada nova quimera te dá um novo ponto de habilidade para você melhorar e habilitar novos ataques da forma bestial.
Pelas missões jogadas, dá para afirmar que a história de The Beast é interessante, com personagens secundários tão carismáticos quanto o protagonista. Castor Woods também parece ter diversas tramas a revelar para além da missão principal, até pelos locais do mapa em que não tivemos a oportunidade de explorar. O jogo também estará disponível para jogar em quatro pessoas cooperativo com progressão compartilhada — um recurso que não estava disponível no preview.
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De modo geral Dying Light: The Beast parece bastante promissor, com um combate melhorado e bastante realista, uma progressão de árvore de habilidades instigante e exploração e caçada de recursos cativante. Há diversos itens para se fabricar no inventário ou então melhorar em um dos locais seguros. Durante o dia, cruzar o mapa com parkour e algum eventual combate é relativamente seguro, enquanto a noite se torna muito mais desafiadora, impondo respeito ao jogador. Divertido, desafiador e encantador, esperamos que o jogo se mostre tão bom ou até melhor no dia do lançamento em 22 de Agosto.
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