Death Stranding 2 | Final Explicado: entenda o que acontece no fim do jogo

Death Stranding 2: On the Beach tem, como você já deve imaginar, uma história repleta de conceitos esquisitos e reviravoltas complexas. Assim como o primeiro jogo, a nova aventura escrita por Hideo Kojima nem sempre deixa as respostas tão evidentes para o seu jogador, e neste artigo tentaremos sanar as principais perguntas que ficam quando os créditos finais sobem — em termos simples, este é o final de Death Stranding 2 explicado.

A PARTIR DAQUI, SPOILERS PESADOS DE DEATH STRANDING 2

Apesar da jornada de Sam Bridges começar no México, ele é logo levado para a Austrália, onde precisa, mais uma vez, reconectar as regiões do país por meio da rede quiral de comunicações. Ao finalmente ligar o último roteador, Sam tem uma conversa reveladora com o Presidente da APAC, que não é uma pessoa real, e sim um coletivo de mentes que estão ligadas à Praia.

Toda a manipulação do Presidente é explicada num monólogo cansativo, mas o cerne da sua ideia era de encontrar uma maneira que a humanidade não tivesse mais que lutar pela extinção, vivendo em um comodismo eterno, sem se reproduzir ou evoluir. A proposta, entretanto, tinha como contrapartida o próprio livre arbítrio do ser humano, que ficaria estagnado e não teria muitos motivos para continuar vivo.

Sam, claro, não concorda com o plano e entra em conflito com o Presidente, mas não parece ser capaz de impedí-lo. A situação muda quando Charlie, a suposta inteligência artificial que estava a bordo da DHV Magellan, surge na Praia do Presidente.

Após um número de dança totalmente inesperado, uma nova revelação, mas não tão inesperada: Charlie é, na verdade, Die-Hardman, que conseguiu escapar da morte e estava manipulando toda a tripulação da Magellan. Em mais um diálogo bastante expositivo, o personagem explica que os planos do Presidente foram em vão, e que a humanidade seguiria lutando por sua existência, mesmo que a extinção fosse inevitável — afinal, a natureza do ser humano é lutar para sobreviver.

Depois do breve xadrez verbal entre Die-Hardman e Presidente, uma ameaça mais real toma conta do jogo. Higgs está prestes a iniciar o Last Stranding, evento de extinção que irá acabar com toda a vida no planeta, e é claro que Sam é o único que pode pará-lo.

Enquanto os navegantes da Magellan se envolvem em uma batalha digna de Evangelion, Sam usa a guitarra elétrica roubada do próprio vilão para avançar pela praia e impedir o vilão. Após lutar contra o Samurai Vermelho, Higgs aparece e dá início a uma das sequências mais viajadas já feitas em um videogame.

O confronto contra o chefão final ataca o jogador com novas ideias a cada minuto, com direito a um duelo de solo de guitarra, mas termina com a inevitável derrota de Higgs, que ainda assim parece ter conseguido executar o Last Stranding.

Mas o resultado é outro: uma Lou gigante aparece e engole o vilão, já antecipando o plot twist que talvez surpreenda uma porcentagem baixa de jogadores. Depois da cena esquisitíssima, os fantasmas de Amelie e Fragile colocam Sam em uma alucinação bem similar à sequência de abertura do jogo, onde ele precisa voltar para casa junto de sua bebê.

Sam acorda já socorrido e o enredo se desenrola inteiramente logo em seguida: Fragile já estava morta desde o ataque de Higgs à casa de Sam no início do jogo, e conseguiu se manter “viva” por conta de um laço com a Praia; levar toda a tripulação da Magellan para a Praia foi seu último ato antes da morte definitiva. Simultaneamente, ao tentar saltar para salvar Lou, ela acabou enviando a garota para a dimensão paralela de Neil.

Lou, então, cresceu e se tornou Tomorrow, mesmo que apenas algumas semanas tenham se passado na realidade de Sam e seus amigos. O roteiro já havia estabelecido que a dimensão de Neil tinha uma passagem de tempo diferente, justificando o rápido envelhecimento da bebê.

A identidade é confirmada pela marca de nascença no cotovelo da garota, que apesar de ser, de fato, uma entidade de extinção, parece ter tido algum poder de escolha durante o Last Stranding — e, assim como Amelie, optou por deixar a humanidade lutar por sua sobrevivência.

Com tudo isso explicado, vemos um salto no tempo. Tomorrow/Lou mostra algumas fotos que aprofundam o final de cada personagem. O principal destaque vai para Rainy, que finalmente teve seu bebê, indicando que as mães “travadas” na maternidade conseguiram entrar em trabalho de parto.

Não há uma justificativa certeira para esse ponto específico, mas é provável que ele esteja ligado à derrota do Presidente, impedindo o plano de “estagnação” da humanidade. O controle total de Tomorrow sobre suas habilidades de avançar o tempo também poderiam entrar nessa conta.

Depois das fotos, vemos Tomorrow encarando um Plate Gate, dando certeza ao jogador de que ainda há muitas conexões e entregas a serem feitas para restaurar o mundo, e indicando que uma possível sequência pode ter Elle Fanning assumindo o manto de seu pai para continuar esse trabalho.