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Games
Crítica

ROG Xbox Ally X entrega ótima performance, mas peca em interface

Aparelho possui problemas graves na experiência do usuário

Omelete
5 min de leitura
01.12.2025, às 12H10.

Depois de um pequeno atraso em comparação com o mercado internacional, o ROG Xbox Ally X já está disponível no Brasil, trazido oficialmente pela ASUS em parceria com a Microsoft, entregando um poderio gráfico impressionante para um aparelho portátil, mas não sem uma boa quantidade de ressalvas.

ROG Xbox Ally X
Divulgação/Microsoft

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O Omelete pôde testar o novo hardware por aproximadamente uma semana, experimentando jogos independentes e AAAs rodando tanto pela loja do próprio Xbox, quanto pelo Steam, que já vem instalado no console.

O primeiro impulso foi de pensar em algum game de alta demanda gráfica que estivesse disponível no Game Pass, para já testar o máximo do que o ROG Ally pode entregar: com o The Game Awards 2025 já dobrando a esquina, Clair Obscur: Expedition 33 foi nosso escolhido, mas ao clicar em “Instalar” fomos surpreendidos com uma tela informando que talvez o jogo não rodasse tão bem assim, pois não era otimizado para portáteis.

Ainda que frustrante, o aviso é totalmente compreensível, e te indica que há uma parte da loja e do catálogo do Game Pass dedicado aos games que funcionam bem naquele sistema. Parece óbvio, mas não encontramos nada que parecesse com isso ao rodar bastante pela Xbox Store — caso haja essa opção, ela está bem escondida. Em nossa experiência, é preciso encontrar um jogo no catálogo, clicar nele e então descobrir se ele será compatível com o Ally ou não.

Os problemas de interface que vieram antes mesmo de rodarmos nosso primeiro jogo não pararam por aí. Apesar do Steam estar pré-instalado no console, sua compatibilidade com a maior loja digital de games beira o inaceitável. Nas configurações padrão, nenhum dos botões do ROG Ally funcionam no Steam, e só é possível navegar por meio do touch screen.

Felizmente, o Armoury Crate SE, software de customização nativo do console, possui um setup facilmente acessível de interface de controles, melhorando um pouco a situação com poucos comandos. Em uma configuração rápida, ao menos o analógico direito se torna um mouse para controlar o aplicativo.

Além da disposição de botões, o Armoury Crate entrega um nível parrudo de modificações rápidas. Modo silencioso ou turbo para regular a performance dos games, indicadores de FPS e uso de GPU, resolução e perfis de jogo são facilmente acessíveis por um atalho físico.

ROG Xbox Ally X
Divulgação/ASUS

Com exceção desses problemas, que felizmente podem ser corrigidos por atualizações futuras, a experiência de usuário entregue pelo Xbox ROG Ally X é agradável: o grip de controles Xbox faz com que o aparelho pareça leve nas mãos. Os botões possuem um clique satisfatório e são bem posicionados, em sua maioria — os gatilhos que ficam atrás da tela poderiam ser um pouco mais próximos aos dedos. Os analógicos não têm a melhor aderência do mundo, mas isso é quase uma norma entre portáteis.

O console liga bem rapidamente, e o sensor de digitais no botão de ligar é ágil e eficiente. A tela de LCD não entrega o contraste do OLED que alguns concorrentes possuem, mas traz taxa de atualização adaptativa e uma ótima resolução Full HD.

Antes de entrarmos, finalmente, na performance dos jogos, houve mais um entrave. Deixar o console em um canto baixando um game enquanto se faz outra coisa não é a melhor das ideias, pois ele entra em modo de descanso e pausa os downloads. É necessário continuar mexendo no aparelho enquanto ele está baixando seu jogo, ou configurá-lo para não desligar pelos próximos minutos.

Enfim, rodamos jogos como Call of Duty: Black Ops 7 e Ninja Gaiden 4, ambos certificados para o Xbox ROG Ally X e instalados por meio do Game Pass Ultimate — proprietários do aparelho, inclusive, ganham 3 meses gratuitos do serviço. O primeiro caso não é um primor em questão de beleza gráfica, com texturas bastante embaçadas, mas ainda com definição o suficiente para que os inimigos sejam bem demarcados e FPS quase travado nos 60.

O segundo game parece ser um pouco mais próximo daquilo que o console quer entregar no máximo de sua performance. É possível colocar todas as barras gráficas no máximo e ainda atingir algo próximo de 60 quadros por segundo com a ajuda do FSR, tecnologia de aumento de resolução da AMD. Nesse caso, entretanto, vimos resultados melhores ao usar o Armoury Crate SE para extrair o máximo do hardware, o que também faz com que a bateria caia rapidamente, entregando algo próximo de 90 minutos de gameplay.

Ninja Gaiden 4
Divulgação/Team Ninja

Jogos de menor ambição gráfica, por sua vez, são o terreno de conforto para o ROG Xbox Ally X, e 2025 foi cheio deles. Hades 2, Hollow Knight: Silksong, Blue Prince e tantos outros são tranquilíssimos para o console, que não precisa usar todo seu potencial gráfico para atingir uma excelente performance em títulos como esses.

O ROG Xbox Ally traz um poder de processamento excelente para sua portabilidade, mas poderia entregar uma experiência melhor na questão de software. A escolha por um Windows similar ao que roda em tablets traz a facilidade e familiaridade para grande parte dos usuários, mas peca em nuances de interfaces que passam longe de cogitação em outros concorrentes.

Ainda assim, nada impede que atualizações tragam essa melhoria para o aparelho; o “incorrigível” talvez esteja na parte física: uma caixa sem muitos itens que vão além do essencial — o único extra é um suporte de material que parece papelão. Um case, por mais simples que fosse, seria muito bem vindo na embalagem.

A fonte de energia é enorme e separada em duas partes como a de alguns consoles, com o cabo de tomada e a fonte propriamente dita sendo encaixados; apesar de parecer “parruda”, a unidade entrega apenas 65W no carregamento, algo que é atingível em unidades muito mais portáteis e deveria ser prioridade em um aparelho que tem justamente essa natureza.

Pelo preço de quase R$ 10 mil, é difícil justificar a compra do Xbox ROG Ally X para usuários que não sejam entusiastas desse tipo de dispositivo, e que estejam muito inclinados a explorar o software com as próprias mãos. Os que tiverem essa paciência serão recompensados com ótima performance e uma vasta biblioteca — desde que o pagamento do Game Pass esteja em dia.

Nota do Crítico

ROG Xbox Ally X

ROG Xbox Ally X

01.12.2025
None
Desenvolvedora: ASUS, Microsoft

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