Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 é um remake que respeita sua história
O clássico está de volta com melhorias, novas fases e respeito às origens.
Créditos da imagem: Divulgação/Activision
Alguns jogos não são apenas lembrados, eles são sentidos, como uma trilha sonora que nunca saiu da cabeça. Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 revive essa sensação com maestria, resgatando dois dos capítulos mais marcantes da franquia em uma coletânea que equilibra nostalgia e modernidade com precisão cirúrgica.
A série Tony Hawk’s Pro Skater marcou época ao transformar manobras de skate em uma forma de expressão digital, com jogabilidade fluida, trilhas inesquecíveis e mapas que viraram memória afetiva para toda uma geração. THPS 3 e 4 representaram o auge dessa fórmula, combinando técnica e liberdade como poucos jogos fizeram. Em vez de reinventar a roda, essa coletânea refina o que já era lendário, mostrando que evolução também pode significar reconectar-se com o que sempre funcionou.
É fácil pensar que esse novo lançamento é “mais do mesmo” — e talvez seja exatamente esse o segredo. Ele é o mesmo de algo que nunca perdeu sua essência, agora aprimorado com escolhas certeiras. A trilha sonora clássica se mistura a novidades bem-vindas, enquanto os novos mapas mantêm o alto nível de criatividade e o cuidado com o level design que consagrou a franquia.
Tudo que os fãs esperavam está aqui: qualidade, desafio, fluidez e, claro, muita música boa. A experiência é imediata e familiar, mas longe de ser estagnada. O jogo sabe onde pisar e, melhor ainda, sabe a hora certa de acelerar.
Entre as grandes adições estão três fases inéditas e a presença de novos skatistas, com destaque especial para a brasileira Rayssa Leal. Sua inclusão representa não apenas uma conquista simbólica, mas um passo real para o reconhecimento global do skate brasileiro dentro da franquia mais icônica do gênero.
Explorar os mapas é novamente divertido e recompensador. As missões seguem desafiadoras, e os segredos escondidos em certas fases funcionam como pequenas recompensas para os olhos atentos, verdadeiras cerejas no bolo que é THPS 3+4.
A principal crítica vai para uma ausência sentida: em março deste ano, foi anunciado que Marcelo D2 faria parte da trilha sonora, mas sua música acabou ficando de fora do lançamento. Procurada, a Activision preferiu não se pronunciar sobre o ocorrido. Uma pena para os fãs brasileiros, que esperavam esse reforço na representatividade nacional.
No fim, Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 entrega exatamente o que se esperava e isso é, sinceramente, algo muito bom. Após anos de incertezas e quedas na qualidade da franquia, desde o acerto de THPS 1+2 a série voltou a encontrar seu eixo. E agora, com esse novo capítulo, ela mostra que o passado ainda tem muito a ensinar, e a empolgar, no presente.
Tony Hawk's Pro Skater 3+4
Tony Hawk's Pro Skater 3+4
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