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Games
Crítica

Novo game de Demon Slayer faz a fórmula de jogos de anime parecer vazia

The Hinokami Chronicles 2 expõe as fraquezas de um modelo consagrado

Omelete
5 min de leitura
04.08.2025, às 11H53.
Atualizada em 04.08.2025, ÀS 12H15
Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2: Crítica

Créditos da imagem: SEGA/Divulgação

O anime de Demon Slayer está se preparando para entrar em sua reta final com uma trilogia de filmes, começando com Castelo Infinito, que chega em setembro. É um momento propício para lançar uma adaptação do mangá e do anime nos games. Mas, mesmo chegando na hora certa, com o anime voltando a ganhar foco, Demon Slayer - Kimetsu no Yaiba-: The Hinokami Chronicles 2 não consegue capturar a magia de outras adaptações de animes e mangás para os games.

No papel, era para dar muito certo. O estúdio por trás do jogo é a CyberConnect2, que fez alguns dos melhores jogos de anime de todos os tempos em seu trabalho a frente de Naruto, chegando inclusive a finalizar a adaptação do mangá antes mesmo do anime, lá em 2016. Muito do que o estúdio japonês aprendeu com os games de Naruto, inclusive, é utilizado aqui, mas a fórmula que deu muito certo no mundo ninja não se aplica tão bem aos caçadores de demônio.

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The Hinokami Chronicles 2 adapta a história de Demon Slayer a partir do arco do Distrito do Entretenimento e vai até o Treinamento dos Hashiras, chegando exatamente no ponto onde o anime parou. Mesmo assim, o elenco conta com personagens de outros pontos da história, como os da primeira temporada e de Mugen Train, com a ideia de ser essa grande adaptação que te dá a oportunidade de jogar com todos os personagens do elenco, dos Hashiras às Luas Superiores.

Seguindo uma tradição de games de anime, o jogo em si é de luta, com batalhas em arenas 3D usando um esquema simples de controles divididos entre ataques simples e especiais, nos quais você pode usar as técnicas de respiração combinando-as com movimentos do analógico e botões de defesa. Não é nada muito complexo e o jogo nem se importa muito em ter profundidade técnica ou complexidade no gameplay. O negócio aqui é escolher seu personagem favorito, soltar os golpes mais famosos, e esse propósito é muito bem cumprido.

Fora das arenas de luta, o jogo se dedica única e exclusivamente a fazer agrados aos fãs de Demon Slayer de forma meticulosa, usando os Hashiras para aprimorar as habilidades do jogador em um modo específico de treinamento, ou em um batalhão de colecionáveis que você vai desbloqueando ao jogar.

Para quem joga sozinho, o grande destaque é a campanha, que mistura lutas específicas com alguns mapas pequenos e exploráveis que fazem parte da cartilha popularizada pela CyberConnect2 desde a época do PS2. Até mesmo a disposição dos menus, dividindo a história em vários capítulos, é muito igual a outras adaptações famosas da desenvolvedora, e me transportaram imediatamente para o auge de Naruto Ultimate Ninja Storm 4.

A cereja do bolo da campanha, como sempre, está nas cutscenes. Momentos emblemáticos do anime são muito bem animados pela CyberConnect2, seja nos momentos em que você está apenas assistindo, ou até mesmo nas sequências de finalização das lutas, que usam quick time events para te colocar na ação e são muito bem produzidas, rivalizando até mesmo com a adaptação da história para o anime.

Você provavelmente deve estar se perguntando: se o jogo faz bem tudo o que ele propõe, qual é o seu problema, então? A resposta está no material original que o jogo tenta adaptar.

A principal diferença está na escala. Mesmo tendo alguns modos de jogo que tentam extrair o melhor dos mangás e animes que adaptam, a CyberConnect2 não costuma fugir muito de uma fórmula, e um dos motivos pelos quais ela funcionou tão bem nos jogos do Naruto é pelo fato de que a epopéia escrita por Masashi Kishimoto ao longo de mais de uma década tem centenas de personagens. Quando você jogava um game do Naruto, você tinha a certeza de que poderia jogar com seu personagem favorito, mesmo que ele fosse um coadjuvante da Aldeia do Som, e como o elenco de Naruto era enorme, seus jogos também eram enormes, apesar de seguirem fórmulas simples.

Como Demon Slayer é, por natureza, uma história muito menor, mais contida e com menos personagens, essa falta de “gordura” acaba expondo a simplicidade dos sistemas que a CyberConnect2 desenvolveu ao longo dos anos. Sim, você vai poder jogar com seu personagem favorito de Demon Slayer, e o estúdio raspa o elenco até o tacho, incluindo figuras como o Murata ou o Urokodaki.

The Hinokami Chronicles 2 entrega uma experiência completa de Demon Slayer nos games, mas, por natureza, ela é mais direta e simples, então deixa a sensação de que o jogo é também simples e tem pouca coisa a se fazer.

Até mesmo as cutscenes não saem tanto na vantagem no duelo entre adaptações. Pego o exemplo de Naruto mais uma vez: como o anime foi pensado para a TV aberta e, por isso, era produzido em um ritmo insano que por vezes comprometia a qualidade da animação, o jogo tinha até vantagem nesse aspecto, adaptando algumas cenas com uma consistência de qualidade que o anime nem sempre tinha. Com Demon Slayer, a concorrência é diferente, já que o anime é um exemplo de primor técnico e qualidade de animação.

Tudo isso deixa The Hinokami Chronicles 2 em uma posição complicada. É sim, um jogo bom de anime, dentro das limitações que esse tipo de jogo tem. Mas a escala menor de Demon Slayer acaba deixando a experiência mais simples, às vezes simples até demais, e faz pensar que, talvez, o melhor jeito de aproveitar essa história é mesmo nas animações.

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Nota do Crítico

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