Battlefield 6 quer redefinir a franquia, diz produtor
Novo formato de desenvolvimento é essencial para que a série dê o próximo passo
Battlefield 6 tem alguns desafios gigantes em suas mãos, e o maior deles, claro, é tirar a franquia do buraco. Após o péssimo lançamento de 2042, último jogo da série, a EA reorganizou seus estúdios, e quatro deles agora atuam sob o guarda-chuva intitulado Battlefield Studios, que busca trazer o FPS de volta ao estrelato.
Em conversa com o Omelete, os produtores Alexia Christofi e David Sirland falaram um pouco mais sobre esse novo sistema e suas ambições:
"Estamos tentando redefinir o que é Battlefield nesse sistema, com esses estúdios gigantes trabalhando juntos. O tempo que passamos com esse título também foi mais longo, mas isso não é necessariamente o principal ponto. É sobre nosso investimento nas coisas certas", explica Sirland.
Para Christofi, o formato de desenvolvimento viabilizou o Battlefield Labs, plataforma de testes que foi lançada antes mesmo do anúncio do BF6: "Poder dar coisas nas mãos dos jogadores e validar o que estávamos fazendo foi ótimo para nós".
Olhando de uma forma mais microscópica, Battlefield quer se reencontrar ao voltar para as raízes, com o tradicional sistema de classes sendo um grande destaque na divulgação do jogo. Ainda assim, os estúdios precisam equilibrar essa nostalgia com novidades:
"Trazer coisas novas é mais fácil, de certa forma, porque se suas novas ideias funcionam, você pode medir isso rapidamente. Ideias velhas chegam com preconceitos", crava Sirland.
"Temos uma base muito variada, e claro que há coisas como classes e destruição que precisam estar afinadas, mas há algumas coisas que um dos jogos antigos fez muito bem e que as pessoas não se importam tanto. Temos que acertar esse equilíbrio de fazer as coisas que sabemos que são fundamentais, enquanto ainda inovamos — porque isso é divertido e interessante para nós", complementa Christofi.
Todas essas menções ao passado formam a nítida imagem de Battlefield 3 e 4 na mente dos fãs mais aguerridos. Os dois títulos são, até hoje, os mais queridos na série, e Sirland dá uma resposta improvável ao pensar sobre o que se perdeu após esses dois games:
"As pessoas realmente se envolvem com quão relacionável é a era moderna. BF 3 e BF 4 tinham isso a seu favor na época, mas fizemos muitas coisas diferentes no BF 1 e 5, porque acessórios são bem difíceis de se pensar na 1ª Guerra Mundial", teoriza.
Encerramos a conversa falando sobre o tom político que foi inferido no primeiro trailer do game, focado na parte narrativa do jogo. Questionados sobre potenciais reflexos de conflitos da atualidade no enredo, os produtores preferem manter a isenção:
"Obviamente queríamos que o jogo parecesse autêntico e tiramos inspiração de locais e ambientes do mundo real, mas para nós é puramente um trabalho de ficção. É difícil não tocar em algo que pode estar acontecendo no mundo real, mas certamente não é nosso foco", diz Christofi.
Battlefield 6 chega no dia 10 de outubro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Confira nossas primeiras impressões.
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