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Marvel adia Vingadores Doomsday para salvar o MCU - ainda há tempo?

Menos filmes, menos séries e foco nos grandes heróis é a receita que a Disney prepara para os próximos anos, depois de ver a marca perder a relevância de outrora

Omelete
4 min de leitura
25.05.2025, às 12H49.

Alguns minutos após o anúncio do retorno de Robert Downey Jr. à Marvel na San Diego Comic Con, eu gravei um vídeo em êxtase sobre o painel que tinha acabado de acontecer - veja aqui. No meio da empolgação toda, uma coisa parecia muito clara: não tinha como fazerem este filme em tão pouco tempo. O adiamento era inevitável e ele foi confirmado quase 1 ano depois do anúncio. Além de Vingadores: Doomsday, que agora chega em dezembro de 2026 Guerras Secretas, o teórico último filme da Saga do Multiverso, também foi adiado em seis meses e estreia em dezembro de 2027.

A decisão está alinhada com a nova política do Marvel Studios desde a volta de Bob Iger ao posto de CEO da Disney. “A nova fase da Marvel foca na qualidade e não na quantidade”, disse o executivo em mais de uma oportunidade. Desde o primeiro momento em que assumiu, Iger deixou claro que o excesso de conteúdo diluiu a atenção do público e, consequentemente, prejudicou a marca. Para ele, “não há fatiga de heróis no cinema, o público quer ótimos filmes”. Isso é inegável, mas será que após tantos lançamentos duvidosos e um claríssimo desgaste do gênero, ainda há apetite para uma jornada com os Vingadores do tamanho que foi a Saga do Infinito?

Uma coisa é certa: não haveria interesse se a Marvel continuasse com o volume de lançamentos dos últimos cinco anos. Ainda que o cinema não tenha aumentado tanto o número de filmes, o streaming fez com que a franquia como um todo perdesse força. Ao mesmo tempo, é impossível manter tantos produtos interligados com uma qualidade controlada. O diagnóstico de Iger veio há dois anos, mas para que o remédio fosse implementado havia uma avalanche de produções já feitas que precisavam ser desovadas, o que fez a Marvel perder ainda mais credibilidade, mesmo sabendo o que precisava ser feito.

Esse foi o caso de longas como As Marvels e Capitão América: Admirável Mundo Novo, e séries como Coração de Ferro, Echo, Demolidor e What If, para citar alguns. Os filmes passaram por diversas regravações, os seriados foram alterados - uns mudaram a história, outros perderam episódios e alguns foram cancelados. Nestas mudanças, quase ninguém saiu satisfeito. Criativos, executivos e, claro, o público. A bilheteria ficou longe do êxito, diversos personagens tiveram histórias descartadas e por um longo período, a Marvel parecia continuar a não prezar pelo controle de qualidade. 

“Custe o que custar”

A verdade, porém, é que tudo não passava de uma contenção de danos. Iger inclusive admitiu ter cancelado projetos anunciados por não “serem fortes o suficiente para o novo momento”, mas nunca disse quais eram. Thunderbolts, nas palavras dele, foi o primeiro produto da “nova Marvel” - e os resultados de bilheteria mostram que há pouco o que comemorar. Apesar da excelente recepção da crítica e fãs, o filme não deve passar dos US$400 milhões, o que não é um fracasso, mas não deixa de ser abaixo dos padrões de sucesso da Marvel.

Este é um desempenho semelhante aos filmes medianos do estúdio, o que até faz certo sentido para uma equipe de anti-heróis pouco conhecidos e apresentados basicamente no streaming. Acontece que é também um sinal de desgaste, de pouca confiança no gênero. E a Marvel sabe tanto disso que não só fez uma campanha de marketing completamente diferente do normal, como pela primeira vez rebatizou o título do filme após o lançamento - e não por acaso o chamou de “Novos Vingadores”.

Vamos voltar ao nosso ritmo normal e agora temos novas aventuras para os Vingadores”. A fala de Kevin Feige ao Omelete na D23 Brasil do ano passado deixa claro o alinhamento da empresa: os Vingadores são o foco. Por isso Downey Jr. voltou, e com a proposta de reunir Quarteto, X-Men e transformá-lo em um vilão nunca visto. A aposta do lado criativo é tão arriscada quanto a do lado do negócio, pois é impossível garantir que o público vai, após tantos excessos e problemas, abraçar mais uma vez o MCU. O caminho não está errado, os adiamentos fazem sentido para dar mais tempo (tanto pra produção quanto pra criação de expectativa), mas o estúdio vai precisar de um acerto do tamanho do primeiro Vingadores para voltar ao lugar que já ocupou.

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