Transformers: O Despertar das Feras | Personagens, trama e época são revelados

Créditos da imagem: Paramount/Divulgação

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Transformers: O Despertar das Feras | Personagens, trama e época são revelados

Encontro de Autobots, Maximals, Predacons e Terrorcons acontecerá nos anos 90

22.06.2021, às 20H07.
Atualizada em 23.06.2021, ÀS 10H01

Os Maximals vêm aí! E também os Predacons, os Terrorcons! Até o buggy Bumblebee vem aí. O Omelete participou de um evento virtual da Paramount nesta terça-feira que apresentou o novo filme dos Transformers, intitulado O Despertar das Feras (Rise of the Beasts). A ideia do longa-metragem - que está inserido na mesma cronologia dos outros filmes da série - é levar ao cinema a história de Beast Wars, um dos desenhos mais populares de Transformers, exibido entre 1996 e 1999. Assim como a série, o longa que começa agora a ser rodado tem ambientação noventista - mais exatamente, o ano de 1994.

“Nossa ideia era situar depois de Bumblebee, nos anos 1980, e antes da cronologia dos filmes de Michael Bay [nos anos 2000]. E escolhemos 1994 porque a música era incrível naquela época”, diz o produtor Lorenzo Di Bonaventura. A trama deve ir até Cuzco e Machu Picchu, no Peru, a partir de Nova York, e o rap da cidade terá destaque. “Definitivamente vai ter rap, cultura hip hop, desde a hora que o filme começa. No set a gente fica ouvindo música dessa época pra entrar no clima”, conta o diretor Steven Caple Jr.

No universo do desenho, a batalha dos Autobots contra os Decepticons dá lugar, 300 anos no futuro, ao confronto dos seus descendentes animalescos, respectivamente os Maximals e os Predacons. No filme, uma ameaça paira sobre todos, os amedrontadores Terrorcons, e é definido que os robôs podem viajar não apenas pelo espaço mas também pelo tempo, o que leva ao encontro desses grupos na Terra. Segundo Di Bonaventura, a ideia é colocar todo mundo junto mesmo. “Nós meio que exaurimos a batalha de Autobots e Decepticons [nos outros filmes], então a ideia era dar ao público algo novo, heróis e vilões, além de Autobots que nunca vimos no cinema antes. O universo de Transformers é repleto de tribos diferentes e vamos mostrar no filme essas tribos.”

Representatividade no Brooklyn

Na apresentação, artes conceituais dos personagens são mostradas - mas infelizmente não podemos reproduzi-las aqui. Optimus Prime estará de volta, com um design mais nostálgico, com as rodas salientes nas pernas e a cabine do caminhão bem quadrada no peito, mais ou menos como havia surgido no filme solo de Bumblebee. Peter Cullen volta para fazer a voz de Optimus e seu arco tem novidade: “Esse filme mostra como Optimus se torna o líder que conhecemos. Ele é novo na Terra, não tem uma conexão com os humanos como protetor, então é um filme que desenvolve essa ligação emocional”, diz Di Bonaventura.

Visualmente, quem muda mais é Bumblebee, porém. Segundo o produtor, “nunca fizemos antes uma versão off-road de um Autobot, então, de novo, é um novo território que estamos desbravando”. O novo Bumblebee parece uma mistura de buggy com Camaro, com rodas off-road maiores, para-choque tubular, e os faróis de jipe localizados sobre o carro. Completam os Autobots tradicionais a moto Arcee, que deixa de ser toda rosa e ganha detalhes em vermelho e prata. “Eu queria dar a ela uma voz e mais personalidade, e ela agora está mais próxima de Optimus”, diz o diretor.

Os Autobots automotivos do filme se completam com Mirage, que era um carro de Fórmula 1 na primeira geração do desenho e agora se torna um Porsche 911, prateado, com faixas azul-marinho. Segundo o produtor e o diretor, é um Autobot que faz jus ao nome pela rapidez e pela furtividade, que faz o tipo fora-da-lei e não curte autoridade. Se tivermos um personagem humano pilotando os carros desta vez, não ficou claro na apresentação. O elenco humano é puxado por Dominique Fishback e Anthony Ramos - duas adições ao universo de Transformers que reforçam a presença negra e latina do Brooklyn novaiorquino. A personagem dela, Elena, pesquisa artefatos e está tentando se provar, mas seu chefe sempre leva o crédito pelas pesquisas que ela faz. Já o personagem de Ramos se chama Noah, é um ex-militar que volta para casa e serve como figura paterna para seus irmãos, enquanto ajuda a sustentar a família. Noah é capaz de consertar todo tipo de eletrônico, segundo os realizadores (o tipo de habilidade que já gabarita personagens no universo de Transformers a se meter com os robôs espaciais). "Poder voltar a essa época e lembrar como eram os trens, a vida no Brooklyn, nos anos 90, vai ser muito especial para a gente que saiu de lá”, diz Ramos no evento.

E como todos eles se envolvem com as guerras bestiais? Lorenzo Di Bonaventura não dá muitos detalhes, mas antecipa: “Os Terrorcons são os vilões principais, embora apareçam aqui e ali uns Decepticons. Os Predacons são os inimigos naturais dos Maximals. Predacons estão em oposição aos Autobots. Nós vamos colocar uns contra os outros, basicamente”. Segundo Caple, os fãs podem se surpreender: “Beasts Wars é uma das histórias mais importantes do cânone de Transformers, eu a acompanhei quando era fã do desenho. Vamos com tudo na nostalgia mas ao mesmo tempo oferecer algo inesperado, e é o que estamos fazendo com os Terrorcons”, diz.

Optimus contra o terror

Muitos personagens devem surgir ainda, mas a apresentação já revela três Maximals: a ave de rapina Airazor, o rinoceronte inteligente Rhinox e o gorila Optimus Primal, o líder dos Maximals. Nas artes conceituais, vemos esses robôs em sua forma animal: todos os três têm coloração acobreada e verde musgo, rústica, como se estivessem meio enferrujados, com texturas mais próximas da pedra e com pêlos, no caso do gorila, e mais metalizadas, no caso das asas em lâmina de Airazor. Os únicos pontos de luz dos Maximals são seus olhos, que variam do azul claro ao verde. “Os Maximals são os mais desafiadores de criar, do ponto de vista do CGI, porque temos que transformar o DNA de Transformer em uma coisa que se move diferente, e temos que encontrar um equilíbrio entre como eles aparecem e como se camuflam e se escondem”, diz o diretor.

Steven Caple Jr. não dá muitos detalhes dos Predacons: “Os Terracons são uma nova ameaça a Optimus Prime e ao universo. Já os Predacons são mais reptilianos em natureza. Já vimos alguns aqui e ali nos filmes anteriores, mas nunca vimos eles como uma tribo, com seu logotipo, e agora teremos uma narrativa mostrando sua história, sua mitologia e suas motivações”. Se faltam imagens dos robôs répteis, os Terrorcons não ficam devendo na apresentação. Do lado dos vilões, dois são revelados aos jornalistas: Scourge e Nightbird.

Na primeira geração do desenho, Scourge tinha como traço visual as asas pontudas que lhe davam um perfil demoníaco, e isso é preservado nos ombros salientes, que se pronunciam com pontas para os lados. Ele é o líder dos Terrorcons e parece realmente uma obra de pesadelo, com uma garra enorme no lugar da mão esquerda que dá choques, e chaminés nos trapézios que ficam soltando fumaça preta. “Ele é como uma máquina que está viva e respira”, diz o diretor, e Scourge realmente se assemelha a uma fornalha, com sua coloração chamuscada e detalhes pulsantes em dourado, como se queimasse por dentro. Nightbird, por sua vez, é uma Terrorcon feminina que serve de braço direito de Scourge mas faz jogo duplo; sua inspiração são os ninjas, ela se transforma num Nissan GTR (modelo popular nos anos 90) e surge empunhando uma espada na mão esquerda e lâminas em garra sobre a mão direita, à la Destruidor.

Lorenzo Di Bonaventura promete que esses personagens estarão numa aventura que tem escala similar aos Transformers de Michael Bay. “Nós vamos para a experiência completa que os fãs conhecem, então vai ser grande e vai ter o espetáculo”, diz. “E no cenário colorido e majestoso do Peru podemos falar de povos antigos, que é o que o público meio que espera de uma aventura de Transformers”, emenda. As filmagens no Peru vão levar cinco semanas, nas florestas do país e na altitude das ruínas incas antigas, e o desafio principal será de logística: “Vai demorar um pouco porque ainda não há infraestrutura para levar o equipamento todo até Machu Picchu, e isso é parte do desafio de fazer tudo acontecer. Filmes pequenos já foram até lá com câmera na mão, mas nenhum dessa escala”, conta Caple. O diretor e o produtor brincam com o destino de Machu Picchu no filme: “A gente pediu para explodir tudo mas eles disseram ‘não’”.

O produtor conta como chegou a escolher Caple como diretor. “Quando olhamos o que torna Transformers bem sucedido, sempre pensamos em ação, humor e emoção. Procuramos quem pudesse atender esses três pontos, e que primeiro soubesse lidar com humor, de preferência alguém que tivesse crescido com Transformers, e foi o caso de Steven”, diz. O diretor promete brincar com os anos 90 e injetar determinação num filme que “terá uma noção de jornada e expedição que vai conectar tudo”.

Transformers: O Despertar das Feras estreia em 24 de junho de 2022.

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