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Filmes
Entrevista

Traição Entre Amigas | Larissa Manoela estrela papel mais maduro de sua carreira

A atriz comentou os bastidores e seus maiores desafios no filme de Bruno Barreto

Omelete
10 min de leitura
13.12.2025, às 07H00.
Larissa Manoela em Traição Entre Amigas

Créditos da imagem: (Divulgação)

Larissa Manoela provavelmente protagoniza o trabalho mais maduro de sua carreira até agora com a estreia de Traição Entre Amigas, novo filme de Bruno Barreto (Dona Flor e Seus Dois Maridos) baseado no primeiro livro de Thalita Rebouças.

Na história, acompanhamos Penélope (Larissa) e Luiza (Giovanna Rispoli), melhores amigas desde a infância, que mudam radicalmente os planos de suas vidas depois de um episódio de traição. O filme aproveita a trama para discutir escolhas, limites, relações amorosas e também transformação pessoal.

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Em entrevista ao Omelete, Larissa afirmou que este é um projeto “que se comunica muito com essa geração”. “A gente tá falando sobre um filme que não julga. Ele levanta, inclusive, as pautas para serem debatidas", explicou a atriz, que também falou sobre o que a levou a aceitar o trabalho.

“Que bom que a gente também se colocou nesse lugar de estar pronta para contar essa história e nosso público pronto para receber. Não se assustem se vocês ficarem se questionando por que topamos fazer essas personagens. A gente estava pronta para vivê-las, para colocá-las no mundo e para gerar esse debate", descreveu ela.

O diretor Bruno Barreto também falou sobre a mensagem do longa. “Eu acho que tem vários ensinamentos ali, mas não de uma maneira didática, chata, porque eu acho que o ensinamento é mais eficaz quando ele é subliminar. Quando você não se toca de que aquilo está acontecendo. Tem várias cenas ali muito emblemáticas e muito fortes, e que você se emociona, ou você ri, mas, inconscientemente, você tá aprendendo alguma coisa", declarou.

Confira a entrevista completa com as protagonistas Larissa Manoela, Giovanna Rispoli e o diretor Bruno Barreto sobre Traição Entre Amigas:

Omelete: Meninas, parabéns pelo trabalho. Gostei muito do filme. E eu vou começar com uma pergunta simples. Logo no começo, a gente tem várias fotinhas de vocês crianças. Vocês que foram lá selecionar qual foto ia entrar, teve algum critério por trás?

Larissa: Tem algumas fotos que são reais, né? E do nosso acervo pessoal, porque vivemos momentos incríveis e muito especiais na nossa adolescência em Fala Sério, Mãe. E aí, algumas dessas fotos são reais. Outras, a gente usou a inteligência artificial a nosso favor, né? E muitas delas, elas ficaram muito reais que parecia que a gente se conhece há tanto tempo assim. Mas, 10 anos atrás, quando a gente tinha 15, são as fotos reais que a gente até recriou para poder trazer essa nostalgia, né? Mas a gente, a gente mandou as fotinhos, tudo.

Giovanna: Mandou. No final eles pediram fotinhas de crianças assim, só que eu não imaginava que ia ficar tão bom, né? Tem uma que eu tô de microfone e você tá cantando também, as duas estão juntas. Eu falei: "Gente".

Larissa: Desde pequenas, da vida inteira. Desde que saíram da barriga.

Giovanna: Sempre.

Omelete: E Bruno, o que sobre essa história te atraiu para dirigir o projeto?

Bruno: Os personagens. Aliás, todas as histórias que eu conto, a minha ligação inicial e que me motiva a contar a história é o que eu sinto pelos personagens. E eu fiquei muito instigado por esses personagens, porque são duas pessoas que são totalmente diferentes, para início de conversa. Uma extrovertida, a outra introvertida, mas, ao mesmo tempo, amigas da vida toda, e estão no momento de grandes decisões, de grandes escolhas. E o que me deixou muito feliz e motivado a contar essa história é que, olha, tudo bem errar, aliás, a gente só aprende com o erro. E o filme é sobre isso, né? O filme não é sobre a traição, o filme é sobre o que a traição deflagra. Então, foi essa complexidade, ao mesmo tempo o humor, a leveza, porque nada é trágico o tempo todo e nada é engraçado o tempo todo. Todos esses elementos me fizeram pensar “eu tenho que contar essa história”.

Omelete: E aí, obviamente, temos uma participação de Thalita Rebouças logo no comecinho ali, um easter egg. E eu queria saber para vocês, como é que foi trabalhar com ela tão de perto ali. Ela deu alguns conselhos? Vocês chegaram a conversar com ela sobre a personagem?

Bruno: Eu sempre fui um grande fã da Thalita. Porque a Thalita constrói personagens muito interessantes e é aí é que a gente se encontra. Ela é muito boa de personagem, de comportamento, de escolhas, o que que cada uma faz, de arco de personagens. Então houve muita troca. Eu tinha uma dificuldade com esse amor tóxico, por exemplo. Eu achava que a Luíza parecia uma pessoa que não tava vendo e aí você passa a não gostar daquele personagem. Isso é grave. Mas a Larissa insistiu, e eu acho que o André, como ator, colaborou muito para fazer ele “gostável”, mas, ao mesmo tempo, uma pessoa muito narcisista. Então, essa troca aconteceu muito. A gente debateu muito, esse bate-bola é fundamental em um trabalho de criatividade conjunto.

Giovanna: Esse foi o primeiro livro da Thalita Rebouças. Ela escreveu 25 anos atrás. E eu acho que a gente teve troca sim, no início. Ela tinha essa verdade das personagens, muita, muita coisa que já estava tudo ali também no roteiro, né? Como ela colaborou no roteiro, eu acho que estava tudo ali, da Luíza e da Penélope. A gente chegou a ter várias trocas, obviamente, para entender qual caminho que a gente ia seguir. E a gente teve muita liberdade, tanto com a Thalita, quanto do Bruno Barreto, nosso diretor maravilhoso, que deu muita liberdade pra gente trazer coisas nossas também para elas. Porque o roteiro, é óbvio, é uma peça importantíssima, é o que norteia o filme, mas quando a gente entra para realmente dar vida a essas personagens, a gente traz bagagens nossas, camadas nossas e propõe coisas, que o Bruno aceitou lindamente.

Omelete: Essa é uma adaptação de um livro de 2000. Mas quando a gente assiste o filme, ele é muito atual. Então, qual foi o seu primeiro passo para adaptar essa história para 2025?

Bruno: A essência do livro foi mantida, porque ela é atemporal. Ela vai valer até para daqui a 10 anos também, porque é sobre transformações, aprendizados. E, então, houve poucas atualizações ali, como o caso da bissexualidade. Mas são coisas mais circunstanciais, na minha opinião. Eu acho que a essência da história é atemporal, e, por isso, ela também valia a pena ser contada.

Omelete: Qual é o maior desafio de filmar tantas cenas em inglês em um filme brasileiro?

Bruno: Para mim não teve problema nenhum. A Thalita já tinha escrito alguns diálogos em inglês muito bons também. Eu fiz algumas adaptações aqui e ali, mas foi muito natural. Foi um desafio para a Larissa, porque realmente atuar em inglês, atuar numa língua que não é a sua é outra coisa. Eu fiquei muito surpreso como a Larissa fez isso sem esforço. Ser fluente quando ela não é, foi impressionante. Eela é um fenômeno. Ela é muito determinada, ela é muito focada e ela é muito talentosa.

Omelete: O Bruno falou que teve muita troca entre vocês. Isso é muito legal. E Lari, ele também elogiou muito a sua atuação em inglês. Foi um dos seus maiores desafios, você sente, nesse filme?

Larissa: Sem dúvidas. Ele me encorajou muito, inclusive, porque como ele tem muito dessa experiência internacional, ele me validou o tempo todo, falou: "Você vai conseguir, vai dar certo". Ficou sempre de olho na minha pronúncia também, até porque, justamente, não é só você falar em inglês, né? Tem que passar as emoções, você tem que saber o que você tá falando. Eu fiquei muito preocupada com isso, cheguei a duvidar que eu seria capaz, mas depois que eu vi pronto, eu falei: "Poxa, que bom que eu aceitei esse desafio" e tive o suporte, né, de toda a equipe, para além dele, professor de inglês, a Nathalia Garcia que faz a Yana, e contracena muito comigo. Quando eu passava as cenas, ele falava: "Você tá arrasando, acredita, vai dar tudo certo". E foi muito especial. Então, eu fiquei muito orgulhosa.

Omelete: Foi muito bom mesmo, sério. Eu achei que estava assim, tirando de letra.

Larissa: Agora eu tô com um problema, porque todo mundo tá achando que eu falo inglês fluente. Eu falo: "Calma, a fluência tá vindo aí".

Omelete: Vou fazer mais duas perguntas de descontração aqui. Eu amei, Gi, que você tem uma cena que você pode pegar um copo e jogar na cara da Larissa ali. E eu acho que é um momento que todo mundo tem alguém que quer fazer isso uma vez, né? E você teve essa oportunidade. Como é a sensação de jogar água na cara de alguém?

Giovanna: Gente, eu juro que eu não queria, eu não estava querendo jogar suco na sua cara, amiga. Mas eu acho que, assim, eu nunca fiz isso na minha vida como Giovanna, então ter uma oportunidade ali, de tipo, fazer um negócio, sabe? Tapa na cara também dei pela primeira vez aqui.

Omelete: E Lari, como está sua habilidade de depiladora? Quem foi a cobaia?

Larissa: Eu depilei algumas vezes aquele bumbum lá que vocês viram. E foi o próprio ator, tá? Ele falou: "Olha, não tem problema, não". Eu falei: "Menino, você não sabe o que que você tá dizendo". Ele falou: "Não, pode fazer, não tem problema, não". Aí a gente fez um teste, e depois fez o fechado, e depois fez o aberto.

Omelete: E eu queria também saber um pouco dos bastidores. Vocês filmaram bastante em Curitiba, né? Inclusive, eu tava stalking o Instagram, e tem uma foto no mesmo ângulo, assim, de que eu queria saber se foi uma que tirou da outra em pontos turísticos. Vocês chegaram a passear por Curitiba juntas?

Larissa: A gente teve alguns momentos que a gente desbravou assim, quando a gente não tava rodando juntas e quando rolava uma folga, né? A gente tentava.

Giovanna: Pois é, porque isso era uma questão, porque quando eu tava gravando, a Lari não tava. Quando ela tava gravando, era meu dia de folga. Então, a gente acabou que poucos momentos a gente tinha as duas folgas, senão não tinha.

Omelete: Esse é um filme que traz assuntos muito mais maduros. Ele aborda sexualidade, sensualidade, relacionamento tóxico, mas ele é para uma audiência jovem também. Como é o cuidado que vocês encaram os desafios de cada personagem?

Giovanna: Eu acho que a gente tá justamente nessa transição de jovens adultas e vivendo experiências pelas primeiras vezes. E eu acho que eu, como atriz, me identifiquei muito ali com a Luíza, nesse sentido de estar se jogando para o mundo, estar ali vivendo coisas que, às vezes a gente cai, às vezes a gente levanta, a gente erra, a gente acerta. Ninguém tem uma fórmula de como é a vida, né? A gente tem que se arrepender, se a gente erra de verdade, tem que pedir desculpa. Mas a gente é humano e tá aí para realmente viver dessa forma.

Larissa: Eu acho que a gente tem um filme que se comunica muito com essa geração. Jovens, adultos, que estão passando por algumas questões ou estão se perguntando, não sabem muito bem para onde ir. Então, a gente tá falando sobre um filme que não julga. Ele levanta, inclusive, as pautas para serem debatidas e pra gente parar para pensar. Então, que bom que a gente também se colocou nesse lugar, que a gente tava pronta para contar essa história, nosso público pronto para receber. Não se assustem se vocês ficarem assim, se questionando por que que elas toparam fazer essas personagens. A gente tava pronta para vivê-las, para colocá-las no mundo e para gerar esse debate.

Bruno: Eu acho que tem vários ensinamentos ali, mas não de uma maneira didática, chata, porque, eu acho que o ensinamento é mais eficaz quando ele é subliminar. Quando você não se toca de que aquilo está acontecendo. Então, eu acho que tem várias cenas ali muito emblemáticas e muito fortes, e que você se emociona, ou você ri, mas, inconscientemente, você tá aprendendo alguma coisa. Então, você sai do filme com uma sensação de que tem algo além de você ter se emocionado da emoção e do riso.

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