Filmes

Entrevista

Sucker Punch - Mundo Surreal | Omelete entrevista Jena Malone e Jamie Chung

Rocket e Amber falam sobre seu trabalho no filme de Zack Snyder

21.03.2011, às 17H01.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 03H05

Visitamos o set de Sucker Punch - Mundo Surreal, novo filme do diretor Zack Snyder, em novembro de 2009. Nessa ocasião, conversamos com Jena Malone e Jamie Chung, atrizes que interpretam as personagens Rocket e Amber. Na longa entrevista elas falaram de seus treinamentos, da conexão do elenco no set, das vantagens de se trabalhar com Zack Snyder, os diversos mundos do filme, a dança, a seleção de elenco e muito mais!

Vocês já tinham experiência com artes marciais?

Rocket

None

Jena Malone

None
Jena Malone

Jamie Chung

None
Jamie Chung

Amber

None

Sucker Punch

None

Sucker Punch

None

Sucker Punch

None

Jena Malone: Não, nada! Eu fiz kickboxe quando tinha uns 13 anos por mais ou menos um mês e foi isso. Eu gostava bastante, mas não treinei por tempo suficiente para poder usar qualquer coisa que aprendi.

Jamie Chung: Eu tive treinamento de dublê para dois outros projetos, Samurai Girl e Dragonball Evolution, mas nada nesse calibre. Sucker Punch foi outro nível, treinamento legítimo de artes marciais.

Descrevam o treino típico - quanto tempo durava, o que faziam?

JM: Fomos treinadas por Matthew Logan Hood e Dave Young, que são ex-fuzileiros navais. Eles nunca nos passavam dois treinamentos iguais e estavam sempre preocupados em como estávamos nos sentindo - "eu estou cansada", "meu pescoço está um pouco zoado", "meu joelho está com alguma coisa" - então eles adequavam os treinamentos com nossos problemas do momento. Isso aconteceu particularmente nos primeiros três meses, quando estávamos treinando bastante artes marciais nas manhãs, malhando e treinando com armas à tarde e fazendo testes de figurino à noite.

Quando vocês entraram para o filme, vocês já sabiam no que estavam se metendo?

JC: Nós estávamos falando sobre isso agora há pouco! Estávamos relembrando o nosso teste de avaliação física. No começo, nós tínhamos que treinar com Logan e Damon Caro pra ver em quanto tempo nós decorávamos os movimentos...

JM: Logan é o nosso treinador físico e Damon é o coreógrafo de artes marciais e acrobacias. Eu não acho que você tenha que se envolver com um filme sabendo exatamente no que está se metendo. Isso tiraria toda a diversão. Até mesmo para assisti-lo depois - eu não acho que você precisa saber exatamente o que vai ver. Assim como não acho legal ir a um restaurante sabendo exatamente o que você vai pedir. Essa é parte da surpresa, a colaboração, precisar de todos e ver o que cada um vai trazer, qual nova situação vai se apresentar. O mais legal de Sucker Punch foi que aprendemos tanta coisa... Todo dia pudemos aprender algo, umas 60 mil coisas novas. Então todo dia foi uma surpresa, e nós tivemos que manter nossas mentes abertas, nosso corpo disciplinado e...

JC: E encarar tudo.

Debbie [Snyder] nos contou que vocês se divertiram muito. Vocês lembram de alguma experiência em particular?

JM: Nossa, temos tantas. Nós cinco realmente nos conectamos muito, então todo dia foi meio que uma aventura, uma festa. Tivemos algumas brincadeirinhas no set e eu e Abbie [Cornish] gostávamos de pregar peças.

Que tipo?

JM: Nós estávamos trabalhando nos palcos de som que têm aquelas passarelas no alto, em que as luzes ficam. Era época de Halloween e eles tinham decorado alguns dos trailers com umas aranhas gigantes. Então nós pegamos uns 15 metros de fio e amarramos em uma das aranhas gigantes enquanto eles estavam filmando no set do mundo dos dragões. Aí fomos até a passarela e fomos descendo a aranha bem devagar até o ombro de Zack [Snyder]. Foi incrível. Ele deu um pulo! [risos] Ele se assustou e aí continuou trabalhando, ele estava tão concentrado que fez "ah! agora vamos continuar". Ele é tão focado e dedicado.

Como foi trabalhar com ele? O que ele traz ao trabalho que é diferente dos outros diretores com quem vocês já trabalharam

JC: Ele sabe exatamente o que quer filmar. Tem uma imaginação louca e isso é ótimo. Nós confiamos muito nele nesse sentido, para enxergar o que ele estava vendo. Mas o que é mais legal é que ele também é um ótimo instrutor de atores. Se tem algo que está te incomodando, algo com o que você não está confortável, ele vai te deixar fazer outra tomada e te ajudar. Foi incrível.

JM: Eu acho que trabalhar com Zack é diferente porque você não está trabalhando somente com um diretor que encontrou um script de que gostou e que fez alguns storyboards há alguns meses. Você está literalmente trabalhando em algo que saiu da imaginação dele. Está tudo na mente dele. Este filme inteiro! Se você tiver tempo suficiente, ele vai te explicar desde como a câmera funciona em relação ao visual até o que a cor do sapato significa... Isso é ótimo porque é muito fácil se perder no mundo de telas verdes. Enquanto eu fazia as minhas cenas, ele constantemente alimentava a minha imaginação. Melhor ainda é que ele não gosta de alienar ninguém. Por mais que tudo esteja na mente de Zack, existe total colaboração e todos podem incorporar quantos detalhes, quantos anseios, quantos desejos, quantas questões tiverem. E ele realmente tenta usar isso e ver tudo como um enriquecimento daquilo que está fazendo. Zack adora essas surpresas. Então foi uma ótima experiência essa de trabalhar fora do seu elemento em um lugar em que nos sentimos criativas, desafiadas e inspiradas.

Falem um pouco sobre as cenas de dança que vocês fizeram - e que Zack só vai usar na íntegra no DVD.

JC: Estávamos com maquiagem, cabelo, roupa, todas as dançarinas também estão vestidas, temos os acessórios, temos...

JM: É um set de verdade, um palco de verdade, luzes de verdade, não tem absolutamente nada de tela verde...

JC: O que me surpreendeu é que tinha uma audiência e foi isso que mais me aterrorizou. Eu não tinha ideia que dançaríamos para um público. Achei que seríamos só nós no palco.

JM: Não é só a audiência dos extras, mas também a audiência de toda a equipe. Até os motoristas. Afinal estava chovendo... quem é que não quer entrar pra fugir da chuva e assistir a uma linda dança de três minutos?

JC: Mas aí acaba tudo. No final você pensa "ah, agora que eu estava me acostumando e gostando. Por que tem que acabar?"

JM: Uma das coisas mais difíceis que fiz no filme todo foi essa cena de dança. Eu não sou uma dançarina. Claro que também não sou lutadora de artes marciais ou atiradora de elite, mas sinto que essas coisas eu consegui aprender mais naturalmente. Sinto que você pode usar mais a parte lógica do seu cérebro quando você faz as sequências de luta. Já na dança, você tem que sair completamente de sua mente e realmente se voltar para esse tipo de expressão corporal feminina.

JC: Eu dancei um tango, algo bem forte e sexy. Em alguns momentos, Jeff Dimitriou, o coreógrafo, falava "Jamie, isso não é arte marcial". Eu pensava "cabeça pra cima, cabeça pra cima" eu treinava meu corpo para mover de uma maneira diferente. Bem confuso.

Vocês se divertiram com seus figurinos?

JM: Sim, com certeza. Michael Wilkinson é incrível, um mestre.

JC: Um gênio.

JM: Ele realmente utilizou todos os pequenos detalhes das nossas personagens...

JC: E todos os mundos diferentes...

JM: Os arquétipos diferentes que representamos - como a empregada francesa e a enfermeira, que foram nossas danças.

Qual é a dança da enfermeira?

JM: É meio que - imagine uma viagem de ácido.

JC: [risos] É exatamente assim!

JM: São enfermeiras-robôs-zumbis-mortas se alimentando da droga, que eu não tomei, então eu sou a única humana entre os drogados. Enquanto isso estou fazendo pole dance em uma seringa imensa. Tem muitos ângulos estranhos de movimentos corporais. É bem sci-fi. Foi aterrorizante. Eu estava com o cabelo comprido e ruivo, totalmente diferente - é isso que tem sido útil - os mundos foram criados para nós, a incrível decoração dos sets, o prédio dos cenários, todo o departamento de acessórios, as roupas, a maquiagem - é tão detalhado que fica fácil incorporar a vida de outro personagem e dar seu máximo. Eu acho que seria mais difícil dançar como estou vestida agora, porque me sentiria como eu mesma. O que é incrível é que esse filme nos deu muitas formas diferentes de fuga para os diferentes reinos de arte feminista e diferentes mulheres que vivem dentro de nossos corpos... Agora eu sei que minha enfermeira-pole-dancing está lá... [risos]

Dentre esses mundos, vocês têm algum favorito?

JC: Eu realmente gostei da Primeira Guerra Mundial. Apenas porque...

JM: Bem, nós estávamos todas juntas ali.

JC: Sim, estávamos juntas, as roupas estavam fantásticas, tinha terra voando para todos os lados...

JM: Explosões, cinzas...

JC: É... Todas as armas e máquinas - nós estávamos na Primeira Guerra Mundial, naquela época, e tínhamos aparelhos hi-tech, armas modernas e um "mecha", que é como uma máquina futuristica destruidora - eu nem sei como descrevê-la. Foi ótimo.

JM: Provavelmente meu mundo favorito foi a dança da enfermeira. Foi tão surreal. Eu ainda tenho alguns flashes de terror, sabe? Suei frio.

E você gravou tudo em uma noite?

JM: Sim. Ao longo daquela semana, nós dividimos as agendas. Emily [Browning] fazia suas cenas solo no mundo da Primeira Guerra Mundial pela manhã e depois do almoço a equipe trocava para o mundo da dança. Então: Emily lutava, eu dançava, Emily Lutava, Jamie dançava. Foi uma agenda cheia.

DS: Quando eu descobri que você tinha ensaiado só quatro vezes, depois de ter visto sua dança fiquei bem surpresa.

JM: Foram quatro ensaios e no dia você ainda tem o ensaio com o figurino e passamos a dança algumas vezes...

DS: Então foram seis. Seis ensaios.

JM: E aí fizemos mais umas 50 vezes. Você acaba pegando o jeito da coisa.

Parece que esse filme é meio Moulin Rouge, meio Senhor dos Anéis, meio Um Estranho no Ninho com esteróides. Ao longo de sua carreira, você já tinha vivenciado algo assim ou essa foi uma coisa completamente nova?

JM: Não, eu nunca nem vi um filme como esse. Até mesmo nesses filmes que você citou, sempre existem pontos de vista masculinos muito fortes. Essa é uma história guiada por mulheres e explora todas as formas diferentes da sexualidade feminina. Acho que será algo bem espetacular... É isso que o público quer, assim como estávamos falando antes, você não quer saber o que vai ver, você quer que o filme lhe diga o que é.

Pensando nisso que você falou, você ficou surpresa que tudo isso foi criado por um homem?

JM: Sim, mas o único homem que poderia ter feito isso é Zack Snyder.

JC: Eu sinto como se ele fosse uma das garotas. [risos]

JM: Mas ele pode ser os dois. Ele obviamente ama seus brinquedos, a ação, tomadas muito legais e coisas que são incríveis. Mas ele pode ser bem sensível. Como artista, você pode não ter gênero naquilo que você está tentando explorar. Eu acho que ele foi bem corajoso em querer explorar esse aspecto, especialmente depois de seu último filme.

Como foi o contraste entre as grandiosas cenas de fantasia e aquelas no hospício? Como vocês se prepararam para isso?

JC: Isso é maravilhoso - como atriz, você pode fazer a ação e a malvada e depois ter esses momentos bem sentimentais e particulares, bem íntimos. Você pode realmente sentir várias coisas diferentes.

JM: Mas a forma que eles agendaram tudo não foi como se estivéssemos filmando quatro filmes diferentes. Todo dia fizemos coisas diferentes, então era bom ter uma abordagem da história, do drama da história, e perceber que elas são iguais - as lutas são tão importantes quanto as cenas que carregam mais da história em si. E nós ficamos tão próximas. Nem o melhor diretor do mundo poderia alcançar aquilo que nós conseguimos em uma janela de tempo pequena, por causa do treino físico intenso que todas as garotas fizeram. Esse laço não pode ser discutido, você não pode adivinhar isso em uma gravação de ensaio. Esse tipo de confiança, amor e respeito umas pelas outras - isso foi um presente incrível. Eu nunca participei de um filme que exigisse uma força física, dor e disciplina tão extremas. Me expor a essas coisas em meio um grupo de mulheres, ficar vulnerável e deixá-las me ver chorar enquanto eu me exercitava e caía... Uma conexão se formou que eu nunca poderia imaginar e eu acho que isso é algo que levou o filme a um nível completamente diferente.

JC: Você vê isso traduzido no filme. E isso também se aplica às coisas físicas. Se você pega sua espada e é realmente forte e confiante, você pega na espada de uma maneira diferente. Você assiste a esses filmes de ação e...

JM: Eles nunca pegaram numa espada! Aquela foi a terceira vez, depois dos ensaios.

JC: É tão falso. Mas eu sinto que aqui tudo foi tão legítimo e tão real. Apesar do filme se passar em um mundo perturbado e fantasioso, tudo foi tão real para nós.

JM: E Damon Caro, que é um coreógrafo incrível, fez cenas de ação bem realistas. Não é daquelas coisas em que as pessoas falam "ah, mas ninguém consegue fazer doze piruetas para trás de uma vez, é impossível" porque ninguém está fazendo isso. Nós realmente estamos fazendo aquilo, fazemos todas essas coisas de verdade. Isso acaba tornando a fantasia em realidade de uma certa forma que é muito legal.

Vocês se machucaram fazendo essas coisas?

JM: Sim, todas ficamos bem machucadas. A questão é aprender a lidar com a dor, aprender a lidar com a disciplina do corpo e saber quando pegar leve, mas também conseguir superar isso. A única maneira de ficar mais forte é usando os músculos, a única maneira de usar os músculos é machucá-los, a única maneira de machucá-los é sentir a dor do machucado. Então, sim, nos machucamos e doeu. Eu quebrei costelas, Abbie [Cornish] teve cortes na cabeça, machucou o joelho e feriu o queixo. Emily [Browning] distendeu o músculo interno da coxa... Mas superamos, porque é assim que o corpo fica mais forte.

Falem um pouco sobre o processo de seleção de elenco.

JM: Nós fomos as última a entrar para o elenco!

JC: Sim, fomos as últimas a entrar para o elenco. Originalmente, eu vim para outro papel, mas eu não consegui e fiquei devastada. Eu queria tanto ser parte de algo tão incrível - fiquei de coração quebrado, eu senti como se um namorado tivesse terminado comigo. Aí Watchmen saiu e eu não conseguia assistir. Mas aí eu recebi uma ligação e me disseram que tinha um papel disponível, perguntaram se eu queria ler o roteiro. Eu fiquei toda em dúvida, mas disse que iria ler, mas que queria ler o roteiro da personagem que não havia conseguido antes e eles concordaram. Então eu fui até o escritório de Lora Kennedy e ela me pediu para ficar confortável. Então coloquei meus pés na mesa, eles me deixaram sozinha, eu fiz algumas anotações - não tinha certeza se eu poderia fazer anotações, mas eu estava fazendo anotações ainda assim. Aí ela entrou na sala com o produtor e eu estou com as anotações e os pés na mesa. Aí ela me perguntou o que eu tinha achado do roteiro, eu disse que já tinha lido 30 páginas, estava gostando. Aí ela disse que o papel já era meu, não teria que fazer nenhum teste. E foi ideia da Debbie [Snyder] me fazer uma surpresa, porque ela sabia que eu ia voltar pra ler o roteiro de novo. Zack [Snyder] já tinha falado que o papel era meu. Eu vim pensando que teria que fazer um teste - e isso nunca aconteceu antes. Desde o começo, tem sido muito especial para mim. Geralmente não se recebe boas notícias em um escritório de seleção de elenco.

JM: Geralmente não se recebe nenhuma notícia. Você sai de lá sabendo de nada. É o limbo, o que é horrível. Eu vim e li pra um papel, estava em Nova York, me gravei lendo e um dos diretores de seleção de elenco disse que eu não era sexy o suficiente. "Eu acho que nem vamos mostrar isso para o Zack porque eu realmente acho que não tem lugar pra você nesse filme", o que foi devastador. Eu sabia que podia fazer isso, eu sabia que era algo que estava dentro de mim - eu nunca tinha ido à uma academia, eu nunca tinha feito nada - mas eu sabia que eu poderia alcançar algo aqui. Aí algumas pessoas não ficaram, eles me ligaram de novo pra outro papel. Eu não voltaria, lógico, eu não era "sexy o suficiente". Mas eu fui e tive reuniões com Zack e Debbie - pude ler o roteiro e adorei. Tem sido muito fácil desde então, só as duas primeiras semanas que foram estranhas.

Quem vocês veem como possível público para esse filme?

JM: Acho que qualquer pessoa com imaginação. E que não tenha medo disso. Eu consigo ver diversos grupos de pessoas se identificando com esse filme, até as pessoas que são mais velhas - tem muitas referências de época.

JC: É ambientado nos anos 60 - todos os figurinos, maquiagem e cabelo...

JM: Eu acho há muito com o que se conectar. Acho que é um filme que vai agradar a todas as idades - obviamente vai atrair garotos adolescentes, mas eu acho que existe um garoto adolescente em todos nós. [risos] Então acho que todos podemos tirar alguma coisa do filme.

A trama acompanha Babydoll (Emily Browning), garota confinada a um hospício por seu padrasto, que deseja lobotomizá-la. Babydoll cria um mundo de fantasia para se proteger, e ali, com a ajuda de suas amigas, precisa reunir cinco itens imaginários para escapar de seu destino real. Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens e Jamie Chung fazem as amigas. Scott Glenn, Jon Hamm, Carla Gugino e Oscar Isaac também estão no elenco.

Sucker Punch - Mundo Surreal estreia em 25 de março no Brasil. Aguarde mais entrevistas e material exclusivo e fique de olho na página especial do filme. Acesse-a clicando no link abaixo!

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.