A versão mais recente da tecnologia de geração de imagens da OpenAI resultou em uma enxurrada de usuários compartilhando artes nas redes sociais que foram inspiradas no estilo do Studio Ghibli, o lendário estúdio de animação japonês conhecido por filmes como A Viagem de Chihiro, Meu Amigo Totoro e Princesa Mononoke.
Nesta terça-feira, a OpenAI lançou o que chamou de seu "gerador de imagens mais avançado até agora", integrado ao Chat GPT‑4o. Segundo a descrição oficial, ele apresenta um “modelo multimodal nativo capaz de saídas precisas, exatas e fotorrealistas". Acontece que o gerador de imagens também provou ser muito bom em replicar o estilo de anime do Studio Ghibli.
Sam Altman, CEO da OpenAI, comentou sobre essa nova "tendência" criada pela ferramenta em uma postagem no X, antigo Twitter. Confira na tradução abaixo:
">seja eu
>trabalhe duro por uma década tentando ajudar a criar superinteligência para curar o câncer ou algo assim
>nos primeiros 7,5 anos, na maioria das vezes ninguém se importa, depois por 2,5 anos todo mundo te odeia por tudo
>acordo um dia com centenas de mensagens: "olha, eu te transformei em um twink estilo ghibli haha"
>be me
— Sam Altman (@sama) March 26, 2025
>grind for a decade trying to help make superintelligence to cure cancer or whatever
>mostly no one cares for first 7.5 years, then for 2.5 years everyone hates you for everything
>wake up one day to hundreds of messages: "look i made you into a twink ghibli style haha"
Altman também entrou na brincadeira e mudou a sua foto de perfil no X, trocando por uma arte que também parece ter sido feita por geração de imagem no estilo do Studio Ghibli. Questionados pela Variety para comentar a situação, os representantes do estúdio não responderam.
Miyazaki criticou o uso de IA anos atrás
Em 2016, muito antes da OpenAI recriar o estilo do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki, cocriador do estúdio e lendário cineasta japonês, criticou o uso de IAs para criar animações. Na ocasião, durante reunião na qual foi exibida uma demonstração, ele desaprovou o uso da tecnologia.
"Estou completamente enojado. Se você realmente quer fazer coisas assustadoras, pode ir em frente e fazer. Eu nunca desejaria incorporar essa tecnologia ao meu trabalho. Eu sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida", disse o diretor.
O uso de IA para criar animações e outros elementos de obras, sejam audiovisuais ou não, tem sido uma das principais discussões da indústria cinematográfica. Diretores, atores, roteiristas e dubladores já se manifestaram a favor ou contra as ferramentas, um problema que ainda deve render por alguns anos.
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