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Scar 3D - A Marca do Mal

Tentativa de marcar terreno com a nova tecnologia é cômica, gore, mambembe - de tudo só não é 3D

MH
20.11.2008, às 14H00.
Atualizada em 05.11.2016, ÀS 05H04

O cinema captado e projetado em digital 3D ainda não alcançou plena expressão. Como em todo começo de tecnologia, sempre tem aqueles que atropelam aos trancos o curso natural pra reivindicar o pioneirismo. Como Scar 3D - A Marca do Mal (Scar, 2007), produção mambembe que, segundo o material de imprensa distribuído no Brasil, é o "primeiro filme de terror filmado numa nova dimensão, o HD 3D".

A história repassa em flashbacks o dia em que Joan (Brittney Wilson) caiu no papo charmoso de um dono de casa funerária, na verdade um homicida torturador, e quase perdeu a vida. Joan ganhou uma cicatriz no rosto, e até hoje, já adulta, interpretada pela atriz Angela Bettis, tem pesadelos com o ocorrido. O trauma volta a assombrá-la de vez: Joan retorna à sua velha casa em Ovid, Colorado, e um assassino misterioso começa a espalhar cadáveres por todo lado.

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Vamos deixar os problemas do roteiro de Zack Ford - clichês, mistério manjado, desenvolvimento implausível - um pouco de lado. Primeiro porque o subgênero do torture porn não prima mesmo pela dramaturgia e está mais interessado em chocar (e o final de Scar 3D é particularmente sanguinolento). Segundo, porque se trata, afinal, do "primeiro filme de terror no novo 3D", e o lado visual-tecnológico é o que mais importa analisar.

O filme é válido nesse sentido? Não, não é. Antes de mais nada, porque o diretor Jed Weintrob não tem o menor senso de profundidade, sequer um "senso de 3D" na hora de dar sustos. Não há um maníaco dando machadadas em direção à câmera/espectador, basicamente. O único momento memorável em que um objeto transcende a tela em direção à platéia é quando a potencial vítima tira o sutiã e estica o braço segurando-o na nossa cara.

Scar 3D não é, aliás, um filme de sustos, mas de choque. No terror normal, quando um personagem encontra um corpo ensanguentado, logo vira o rosto para não ver. Aqui, toda vez que descobre um corpo inerte no escuro, ainda morno, Joan passa a lanterna em cada corte do defunto, cada mutilação - um inconfesso prazer sádico que, evidentemente, tem menos a ver com a personagem do que com a ânsia escatológica do diretor.

Na verdade, o 3D dá um aspecto quase cômico ao filme. O que em 2D pareceria uma típica granulação chapada de câmera digital portátil, aqui, por conta da tecnologia, deixa os objetos filmados menos planos e mais "inchados". A atriz Angela Bettis já tem uma cabeça grande. Nos close-ups de Scar 3D, ela fica parecendo uma alienígena grey a um palmo de uma lente grande angular.

Enfim, dá pra dizer que o filme é cômico, que é gore, mas está muito longe de ser remotamente assistível. Putz, está longe até de ser 3D.

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