Samuel L. Jackson não assina contratos que permitem recriação por IA

Samuel L. Jackson não assina contratos que permitem o uso de sua imagem "em perpetuidade" pelos estúdios ou produtoras que desejam trabalhar com ele. Em entrevista ao THR, o ator disse que se preocupa com questões de inteligência artificial e recriação digital de atores há décadas.

"As pessoas começaram a pensar nisso agora? Eu tenho feito essas perguntas há muito tempo. O primeiro diretor que pediu para me escanear foi George Lucas [em Star Wars: A Ameaça Fantasma], e eu fiquei desconfiado. George e eu somos amigos, então conversamos bastante sobre isso, e ele me explicou que era apenas uma questão prática: como ele tinha todas essas pessoas mais velhas no elenco, queria ter certeza de poder utilizar suas personagens nas sequências, mesmo se algo acontecesse com elas", comentou.

Em sua experiência no MCU, continuou Jackson, cada mudança de visual de Nick Fury foi acompanhada de uma sessão de "escaneamento". "Quando fiz Capitã Marvel, e eles iam me rejuvenescer digitalmente, um alarme acendeu na minha cabeça: 'Eles podem fazer isso, usar o meu rosto, quando quiserem!'. Acho que pode ser algo preocupante, sim", contou.

"No futuro, atores devem fazer o que eu sempre faço: quando leio um contrato e vejo as palavras 'podemos usar sua imagem em perpetuidade', ou 'em circunstâncias conhecidas ou ainda não conhecidas', risco elas do papel. Não assino. É o meu jeito de dizer que não aprovo isso", completou ele.

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No momento, Samuel L. Jackson reprisa o papel de Nick Fury na série Invasão Secreta, que lançou seu primeiro episódio ontem (21) pelo Disney+ - e que, ironicamente, tem uma abertura gerada por inteligência artificial.

Os episódios subsequentes da série serão lançados semanalmente, sempre às quartas-feiras.

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