Diretor de Triângulo da Tristeza diz que prêmios deixam cineastas inseguros

Ruben Östlund, o diretor de Triângulo da Tristeza, acredita que prêmios mais prejudicam que ajudam cineastas emergentes a ganhar confiança sobre o próprio trabalho.

Em entrevista à revista Interview na sexta-feira (5), o realizador sueco disse que se tornou mais inseguro no trabalho após vencer a Palma de Ouro por The Square em 2017. Ele venceu de novo o prêmio em 2022, por Triângulo da Tristeza.

"Isso te deixa mais inseguro. Para mim a experiência foi 100% essa", declarou Östlund na conversa. "Vencer a Palma colocou uma pressão maior em mim, mas vencer duas Palmas de Ouro tirou toda essa pressão porque significou que eu não era uma pessoa de um hit só. Mas aí eu preciso de pressão para conseguir repetir minha performance."

O diretor também disse na conversa que o seu objetivo no momento é criar uma meta que o incentive a ir além em seus filmes. "É sobre conseguir confiança na profissão e, a partir disso, experimentar o mundo e se colocar em situações sociais diferentes que fazem você ganhar mais confiança."

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Östlund no momento trabalha em The Entertainment System Is Down. O filme marca o primeiro projeto do cineasta sueco desde que venceu a segunda Palma de Ouro da carreira e foi indicado ao Oscar de melhor filme. A expectativa é que o filme fique pronto para o Festival de Cannes de 2026.

Segundo relatos, The Entertainment System Is Down é uma sátira social nas alturas. Falando para a Variety, o diretor disse que será "um estudo de como os seres humanos interagem neste pequeno laboratório que é um avião" e "analisará como os seres humanos modernos são arruinados nessas circunstâncias". Ele acrescentou que espera que isso provoque a maior saída da história do Festival de Cinema de Cannes.

The Entertainment System Is Down deve iniciar suas filmagens no começo de 2025 e ainda não possui previsão de lançamento.