Rodrigo Santoro se emociona em evento de parceria entre Petrobrás e o cinema

Coincidindo com o dia de abertura do 27º Festival do Rio, a Petrobrás realizou um evento para celebrar os 30 anos de investimento da empresa no cinema nacional. Apoiadora de mais de 300 filmes brasileiros, a empresa teve como um de seus convidados para o evento o ator Rodrigo Santoro, visto recentemente em O Último Azul – vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim – e filho de Francesco Santoro, engenheiro por anos na Petrobrás.

Recebendo uma homenagem em nome do pai, que estava na Itália e participou do evento apenas virtualmente, Santoro se emocionou. “O primeiro reconhecimento que eu tive como ator foi um prêmio pelo Bicho de Sete Cabeças,” ele disse, relembrando um dos filmes que teve apoio da Petrobrás. “E eu estava filmando no sertão da Bahia e quem recebeu o prêmio pra mim foi o meu pai,” continuou o ator, pausando para segurar as emoções enquanto espelhava a memória. Se antes, Santoro pai aceitou um prêmio em nome do filho, agora, Santoro filho retribuiu o favor.

“Francesco é imigrante italiano. Ele veio para o Brasil no pós-guerra, com cinco anos de idade, com o irmão dele num navio. Chegou aqui e teve que construir sua história,” destacou Rodrigo, citando a história do pai. “Ele começa a estudar para ser engenheiro, e aos 18 anos de idade começa a dar aula na própria faculdade para pagar seu curso.”

Junto com Rodrigo Santoro no evento, que colocou o holofote em algumas das 600 parcerias da Petrobrás no cinema nacional – desde Carlota Joaquina: Princesa do Brazil até o recente Malês, passando por clássicos como Cidade de Deus e Bacurau –, estavam Flávio Ramos Tambellini, produtor de Malês, Silvia Cruz, fundadora da Vitrine Filmes, distribuidora de O Agente Secreto, e Milton Bittencourt, gerente de patrocínios culturais da petroleira, que falou sobre o programa de apoio à cultura.

“O programa Petrobrás Cultural é uma dessas frentes que a gente tem muito orgulho,” disse Bittencourt. “Ele engrandece e desenvolve a nossa cultura, e tem impacto direto na economia – a gente está falando de profissionais, empregos, comércio e pessoas circulando. Cultura a gente faz e vive junto. Movimenta bastante as pessoas O programa é também baseado na brasilidade e diversidade; ele abre entendimentos, propicia uma visão crítica às pessoas ao dar acesso à cultura e reforça o orgulho de ser brasileiro. Isso a gente entende que também é desenvolver o país.”

“Não existe um país forte sem cinema forte. O presidente americano Theodore Roosevelt dizia que ‘os produtos americanos vão chegar onde o cinema americano chegar,” concordou Tambellini. “O cinema brasileiro vai volta. Mas nos últimos anos estamos sentindo algo forte. Duradouro.”

Já Silvia Cruz destacou a parceria da Petrobrás com a Vitrine, que realiza as Sessões Vitrine Petrobrás, uma mostra de cinema brasileiro inspirada na antiga sessão Curta Petrobras às 6, antiga programação que ela assistia após largar do trabalho em São Paulo e algo que fomentou sua paixão por cinema. “A história da Petrobrás tem a ver com a história da Vitrine,” ela enfatizou. Já foram mais de 80 filmes exibidos nas Sessões Vitrine Petrobrás.

No evento, a Petrobrás declarou que está intensificando seu apoio ao segmento, em uma parceria que deve movimentar a indústria cinematográfica nacional nos próximos anos. A companhia prevê investir mais de R$ 100 milhões na área audiovisual, por meio de patrocínios à produção e distribuição de filmes nacionais, festivais, séries e espaços de cinema. Os investimentos devem ser realizados principalmente até 2027.