Robert Redford: 10 Melhores Filmes do Ator e Diretor
Redford faleceu aos 89 anos em 16 de setembro de 2025
Créditos da imagem: Warner Bros.
Morreu nesta terça-feira (16) um dos ícones mais marcantes de Hollywood, Robert Redford. Seja como ator ou diretor, Redford passou boa parte dos seus 89 anos ou estrelando alguns dos filmes mais importantes dos últimos 100 anos ou dirigindo alguns deles.
Para celebrar seu legado, o Omelete listou, abaixo, 10 dos melhores filmed de Redford. São
Todos os Homens do Presidente
Disponível no HBO Max
Talvez o maior talento de Robert Redford seja sua capacidade incomparável de falar tudo sem precisar abrir a boca. Seu Bob Woodward, como bom jornalista, escolhe cuidadosamente suas palavras – o oposto do esquentado Carl Bernstein de Dustin Hoffman. O filme de Alan J. Pakula – sobre os repórteres que expuseram a conspiração Watergate que, eventualmente, leva ao impeachment de Richard Nixon – se apoia muito na capacidade do ator de nos prender em seu rosto. Não há prova maior de uma estrela do que a forma como Redford responde bem ao desafio, atraindo como um imã nossa atenção. - Guilherme Jacobs
Butch Cassidy
Disponível no Disney+
Mitologia pura. Ao lado de uma estrela tão importante para Hollywood quanto ele (Paul Newman), Robert Redford coloca na tela a interpretação do roteiro perfeito de William Goldman. Se o texto, especialmente nas mãos do diretor George Roy Hill, demanda dos dois atores a força de forjar ícones, os dois fazem parecer fácil, se alimentando do carisma do outro para partir para a história. Não é à toa que não vemos o fim de Butch e Sundance quando os créditos começam. Aqui, eles viraram imortais. - Guilherme Jacobs
Gente como a Gente
Disponível para compra e aluguel no Prime Video e Apple TV
Redford tem um histórico incomparável como ator, mas também foi um grande diretor de cinema. Inclusive, foi por trás das câmeras que ele ganhou seu único Oscar. Redford foi premiado como Melhor Diretor na premiação graças a Gente como a Gente, drama estrelado por Donald Sutherland.
Capitão América: O Soldado Invernal
Disponível no Disney+
Pode parecer engraçado colocar este filme aqui, mas sejamos honestos: Robert Redford entrar no MCU foi uma das primeiras vezes em que os filmes da Marvel ganharam um selo de aprovação histórico de Hollywood. Não é um acidente que isso venha depois do primeiro Vingadores, e que abra o espaço para a chegada de nomes como Michael Douglas, Tony Leung e outros. Redford pode não ser incrível em Soldado Invernal, mas a importância de sua escalação aqui sublinha seu status como estrela atemporal - Guilherme Jacobs
Nossas Noites
Disponível na Netflix
Em um de seus últimos trabalhos, Robert Redford mostra a evolução natural de seu carisma silencioso. Como um viúvo que encontra na companhia de uma viúva (Jane Fonda) o calor para reiniciar sua vida quando ela parecia próxima do fim, ele adiciona peso e significado a Nossas Noites. O que podia ser apenas um romance fofo de idosos ganha ares de puro impacto emocional devido à química entre os atores, que interpretam esse improvável casal como pessoas verdadeiras. - Guilherme Jacobs
Jogo de Espiões
Disponível no Prime Video
Seja por uma percebida semelhança física ou pelo status de galã com um lado “alternativo”, Brad Pitt foi visto várias vezes durante sua carreira como uma espécie de sucessor de Robert Redford na hierarquia de Hollywood. O quanto essa comparação tem mérito é outra história, mas o grande Tony Scott certamente se aproveitou bem do paralelo em Jogo de Espiões, um engenhoso e verborrágico thriller de espionagem em que Redford empresta gravidade e eloquência a Nathan Muir, que se lembra da época em que treinou o letal agente Tom Bishop (Pitt) enquanto tenta resgatá-lo de uma encrenca capital. - Caio Coletti
Leões e Cordeiros
Disponível no Prime Video
Neste drama político complexo, que troca punhaladas nas costas por diálogos tão afiados quanto, Redford interpreta um professor universitário que é apenas uma das engrenagens da máquina de enganação que é acionada quando dois soldados são feridos atrás das linhas inimigas no Afeganistão. O maior feito do astro em Leões e Cordeiros, no entanto, é atrás das câmeras. Dirigindo um elenco absurdo que inclui Tom Cruise, Meryl Streep, Michael Peña e Andrew Garfield, Redford mostra controle absoluto do seu meio, e a vontade inflexível de comunicar ideias difíceis através da linguagem mais universal: o cinema. - Caio Coletti
Golpe de Mestre
Disponível no Looke
Quando se pensa na dupla formada por Robert Redford e Paul Newman, o primeiro filme que deve vir à cabeça da maioria dos cinéfilos é Butch Cassidy (1969). Mas apenas quatro anos depois do clássico “imortal” protagonizado pelos dois, o mesmo diretor, George Roy Hill, criou algo que talvez seja até melhor: Golpe de Mestre (The Sting, 1973). O filme ganhou sete Oscars, incluindo Melhor Filme, Direção, Roteiro, Direção de Arte, Figurino, Montagem e Trilha Sonora, além de conseguir indicações de Melhor Fotografia, Som e Ator Principal para Redford. Na história, Redford e Newman formam uma dupla de trapaceiros que se une para vingar a morte de um amigo. Diversão do início ao fim com uma enchurrada de carisma que escorre na tela ao som da clássica The Entertainer, que embora seja do começo do século, casa muito bem com o filme. - Marcelo Forlani
Três Dias do Condor
Disponível para aluguel e compra no YouTube, Goolge Play e Apple TV
Se Todos os Homens do Presidente (1976) mostrava os bastidores que acabaram derrubando o presidente Nixon, Três Dias do Condor (1975) já deixava claro este lado politizado e desconfiado de Redford ao escolher seus papéis. Como um analista da CIA apaixonado por livros que sai para o almoço e volta para encontrar todos seus colegas mortos, Redford deixa a paranóia dos anos 1970 palpável. Junto com o diretor Sidney Pollack, ele deixa claro que não se deve confiar em ninguém - principalmente no Governo! - e cria um dos melhores thrillers de espionagem já feitos. - Marcelo Forlani
O Velho e a Arma
Atualmente indisponível no Brasil, mas bom demais para não recomendarmos
Lá em 2018, Robert Redford anunciou que O Velho e a Arma seria o seu último filme. Com a exceção de participações especiais não creditadas (na série Dark Winds), narrações e uma aparição relâmpago em Vingadores: Ultimato, ele manteve a promessa - e ainda bem, porque essa parceria do ator com o cineasta David Lowery (eles trabalharam juntos primeiro em Meu Amigo, o Dragão) é uma despedida perfeita.
O papel do ladrão septuagenário que foge da prisão e começa uma nova série de crimes encapsula muito do charme, da alma e do propósito que Redford representou como presença cinematográfica durante sua carreira. Sua química com a incomparável Sissy Spacek é adorável e gentil como foram seus trabalhos com outras co protagonistas femininas no passar das décadas. E dizer “adeus” a Redford na pele de um rebelde incorrigível, mas também irresistível, parece simplesmente certo. - Caio Coletti
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