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Quadrinistas comentam idéias para o filme da Mulher-Maravilha

Ed Brubaker, Neil Gaiman e Mark Waid querem heroína com sexualidade intacta

ÉB
09.10.2008, às 00H00.
Atualizada em 12.02.2017, ÀS 02H06

A MTV perguntou a vários quadrinistas o que eles acham da idéia de tornar os filmes de super-heróis da DC Comics mais sombrios - e se isso se aplicaria ao longa-metragem da Mulher-Maravilha.

Ed Brubaker, que já escreveu o gibi da Mulher-Gato, lembra que William Moulton Marston, criador da personagem, foi um proto-feminista. "Ele tinha várias mulheres e amantes e todas se respeitavam, o cara era uma figura à frente de seu tempo". Brubaker lembra ainda que Marston inspirou-se na esposa "oficial" Elizabeth, que era uma liberal, para criar a heroína.

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"E havia muita prática do bondage" , segue Neil Gaiman, criador de Sandman, referindo-se ao laço mágico da personagem - com o qual ela arrancava de seus oponentes informações. "Dá pra usar isso em um filme e torná-lo se não mais sombrio, mais safado", diz - referindo-se ao fetiche relacionado ao sadomasoquismo, no qual o prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro.

Para Mark Waid, de O Reino do Amanhã - que retratou Diana como uma guerreira determinada - um filme da Amazona é bem complicado. "A idéia da sexualidade que permeia a série - através do bondage, da dominação e as cenas estranhas de sadomasoquismo - sempre foi muito bem disfarçada nos quadrinhos. As pessoas preferem não enxergar o subtexto. Mas o truque é usar isso sem exagero, de forma que as pessoas que cuidam do merchandising - do Lanches Felizes, das caixas de cereal - não se desesperem. Como usar essa sexualidade toda e torná-la palatável para toda a família?", questiona o escritor. "Ok, ela não precisa ser uma criatura exageramente sexual, mas não dá pra esconder isso e fazer uma heroína casta e pura".

Ainda mais complicada é a idéia que Waid faz da personagem. "Sem violar os preceitos da fantasia, em que nunca fazemos as perguntas mais difíceis, por que não colocá-la no Terceiro Mundo, ou em um país que não seja seguro para as mulheres, como o Oriente Médio? Esse filme ficaria realmente interessante se eles tivessem a coragem de pegar um ícone da América e transformá-la em uma mulher internacional", imagina.

"O que há de interessante sobre a Mulher Maravilha? É a idéia que ela é uma Amazona que nasceu e cresceu 20 anos dentro de um contexto mitológico sem encontrar qualquer homem? Ou que ela, uma mulher, é a segunda ou terceira pessoa mais poderosa do planeta? Ou talvez seja visualmente bacana, a idéia dela voando por aí em um avião invisível... Para William Moulton Marston era uma mistura de tudo isso... mais o bondage", conclui Gaiman.

Ouvindo todos esses criadores de quadrinhos, fica fácil imaginar Larry e Andy Wachowski - especialistas em fetiches - no comando do projeto. Resta saber se, como Waid cuidadosamente apontou, a Warner teria peito para entregar a super-heroína à dupla. Joel Silver bem que gostaria. Mas tudo isso não passa de especulação. De concreto mesmo, só o longa-metragem animado da heroína, que sai em DVD em fevereiro de 2009.

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