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Prêmios Platino | Colombiano O Abraço da Serpente é eleito o melhor filme em Oscar latino

Brasil ganhou prêmio especial

25.07.2016, às 13H06.

Deu Colômbia na cabeça na festa anual do Troféu Platino, concebido como uma espécie de Oscar da América Latina: o épico em preto e branco O Abraço da Serpente foi eleito melhor filme na cerimônia realizada neste domingo, no Centro de Convenções de Punta Del Este, no Uruguai. Premiada no Festival de Cannes, em 2015, e indicada à estatueta de melhor filme estrangeiro pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, em janeiro, a produção colombiana, dirigida por Ciro Guerra, ganhou Platinos ainda em outras seis categorias: melhor diretor, fotografia, montagem, direção de arte, edição de som e música. Nenhum outro concorrente ganhou em tantas frentes no evento, fruto de uma sinergia entre a Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Audiovisuais (EGEDA) e a Federação Ibero-Americana de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais (FIPCA), quanto esta jornada metafísica pela selva amazônica. Sucesso de público no circuito de arte do Brasil, o longa explora a relação de um índio com cientistas brancos ao longo de décadas de rituais.

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“Não existe neste filme nada de documental nem de científico: estamos diante de uma fabula que nasceu das cores da selva, da profusão de sensações que eu experimentei diante de um universo bem distinto do meu”, disse Ciro Guerra ao Omelete antes da festa, ciente de que a Colômbia vive nos últimos cinco anos um apogeu estético na indústria audiovisual.O Abraço da Serepente mobilizou 15 anos da minha vida e me deu aprendizados que eu não teria como resumir em palavras, porque, antes de tudo, o filme ensinou-me a ver o mundo de um outro lugar, um outro ponto de observação: o dos xamãs da Floresta Amazônica. Perdi muito peso nesse processo. Peso espiritual, peso intelectual, até um  peso afetivo. Foi uma libertação, pois o filme levou-me a buscar um novo estado de espírito na direção do sonho, de modo que eu pudesse me libertar de referências sensíveis do próprio cinema e buscar o entendimento da novidade à minha frente sem a muleta da lógica”. 

Sem longas-metragens em concurso oficial entre os finalistas, o Brasil conquistou, de surpresa, sem alarde algum, um prêmio especial, de fundo humanista, na categoría Educação e Valores. A láurea foi dada ao drama de tintas cômicas Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert - saiba mais aqui.

Confira abaixo a lista completa de vencedores:

  • Melhor Filme – O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Diretor – Ciro Guerra, por O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Ator – Guillermo Francella, por O Clã (Argentina)
  • Melhor Atriz – Dolores Fonzi, por Paulina (Argentina)
  • Melhor Roteiro – O Clube (Chile)
  • Melhor Fotografia - O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Montagem - O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Edição de Som - O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Direção de Arte - O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Música Original - O Abraço da Serpente (Colômbia)
  • Melhor Documentário - O Botão de Pérola (Chile)
  • Melhor Animação – No Mundo da Lua (Espanha)
  • Melhor Longa de Estreia:  Ixcanul, de Jayro Bustamante (Guatemala)
  • Melhor Filme (Júri Popular) - Ixcanul, de Jayro Bustamante (Guatemala)
  • Melhor Ator (Júri Popular) – Ricardo Darín, por Truman (Espanha, Argentina)
  • Melhor Atriz (Júri Popular) – Penélpe Cruz, por Ma ma (Espanha)
  • Platino Especial Por Conjunto de Obra: Ricardo Darín
  • Platino Especial Educação e Valores: Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert (Brasil)

Em 2017, os Platinos seguem sua vocação itinerante e sentam praça em Madri, na Espanha. 

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