A coroteirista Adele Lim não retornará para a continuação de Podres de Ricos. O motivo é a disparidade salarial, com a cineasta afirmando que recebe muito menos do que seus colegas homens: a oferta da Warner Bros. para Lim coescrever a sequência fica na faixa de US$110 mil, enquanto o roteirista Peter Chiarelli foi oferecido entre US$800 mil e US$1 milhão pela mesma tarefa [via Hollywood Reporter].
Podres de Rico foi especialmente elogiado como um avanço para a representação de culturas e atores asiáticos no cinema após arrecadar US$238 milhões na bilheteria. Dito isso, Lim é a única roteirista asiática que participou do primeiro longa, e portanto diz que a Warner Bros. apenas quer tê-la na produção para ganhar pontos de representatividade: “Ser avaliada dessa forma te faz pensar em como eles devem valorizar minhas contribuições.”
Chiarelli, que continua no projeto, ofereceu para que seu salário fosse dividido para ajustar o de Lim, mas a roteirista vê o problema como algo maior que o seu colega. “Pete sempre foi incrivelmente gracioso, mas eu não deveria depender apenas da generosidade de um roteirista branco. Se eu não consigo receber um salário igual após Podres de Ricos, nem consigo imaginar como deve ser para todo os outros, dado o padrão altíssimo de filmes no seu currículo para contratarem mulheres de cor. Não há forma realista de atingir equidade desse jeito.”
Anunciada em 2018, enquanto Podres de Ricos ainda liderava a bilheteria norte-americana, a sequência ainda não tem muitos detalhes divulgados. É certo que, com a saída de Lim, resta apenas Peter Chiarelli trabalhando com o diretor Jon M. Chu para adaptar os demais livros de Kevin Kwan.
O elenco da sequência deve contar com o retorno de Constance Wu, Henry Golding e Awkwafina, mas ainda não há previsão de estreia.
