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Persépolis causa boa impressão e polêmica em Cannes

Longa de animação baseado na HQ de Marjane Satrapi é criticado pelo Irã

ÉA
25.05.2007, às 00H00.
Atualizada em 07.11.2016, ÀS 10H05

Persepolis, o longa de animação baseado na obra em quadrinhos autobiográfica de Marjane Satrapi, dirigido pela própria e por Vincent Paronnaud, foi ao mesmo tempo tema de controvérsia e de destaque no Festival de Cannes deste ano, que se encerra neste fim de semana.

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O filme foi exibido oficialmente na quarta-feira. É, até agora, uma das películas mais comentadas pela imprensa internacional, pela visão infantil de um país em revolução política e cultural e pela crítica ao Irã, em tempos conturbados das relações do país no cenário internacional.

No site Cinematical, o crítico James Rocchi diz que "me senti emocionalmente comprometido, feliz, triste e tocado pela história de vida de Satrapi sobre uma jovem amadurecendo no Irã pré e pós-Revolução. Persepolis é uma obra-prima revigorante e comovente sobre sair de casa - uma obra de animação que consegue ser artisticamente brilhante, politicamente rica, moralmente comprometida e emocionalmente irresistível".

Junto aos bons comentários, o filme tem chamado atenção também pela controvérsia que gerou com a terra natal de Satrapi, o Irã. A Fundação de Cinema Farabi, órgão estatal iraniano, enviou uma carta ao adido cultural francês no país islâmico. O texto divulgado à imprensa diz: "Este ano o Festival de Cinema, em um ato pouco convencional e inapropriado, escolheu um filme sobre o Irã que apresentou, em algumas partes, uma face irreal das conquistas e resultados da gloriosa Revolução Islâmica".

É a segunda vez este ano que o Irã protesta contra o cinema internacional, e novamente contra uma adaptação dos quadrinhos. A manifestação de ira do país do Oriente Médio contra 300 também mobilizou a imprensa há poucos meses.

Satrapi, durante a conferência à imprensa sobre o filme, buscou desmerecer o caso, dizendo que a acusação do governo iraniano está recebendo mais atenção do que devia. "Eu simplesmente não quero alimentar essa disputa. Ela já cresceu além do que devia e não quero colocar mais lenha na fogueira. Eu aceito críticas. Eu acredito na liberdade de expressão e de fala."

A autora continuou colocando que sua produção "não é um filme com fins políticos ou uma mensagem pra vender. É sobre minha família, a importância da família".

Jornalistas mais entusiasmados consideram o filme um dos favoritos aos grandes prêmios do Festival, que serão divulgados no dia 27, domingo.

Persepolis, a HQ, teve seu último volume recentemente publicado no Brasil pela Companhia das Letras.

Assista ao trailer da animação

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