Oscar chegando! 15 filmes que devem brilhar na temporada de premiações

Créditos da imagem: Os filmes Duna, The Power of the Dog e Spencer (Reprodução/Montagem Omelete)

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Oscar chegando! 15 filmes que devem brilhar na temporada de premiações

Já pode começar as apostas: com o fim do ano se aproximando, Hollywood só pensa em prêmios

18.10.2021, às 15H11.
Atualizada em 23.01.2022, ÀS 14H28

Pode ser que a próxima cerimônia do Oscar, marcada para 27 de março de 2022, pareça longínqua, mas não se engane: a temporada de premiações já começou para os estúdios de Hollywood, que estão posicionando suas melhores apostas em festivais como Toronto e Veneza, planejando campanhas e medindo a boa vontade dos críticos com cada um dos filmes que pretendem lançar no final do ano.

O primeiro sinal mais claro de quais filmes emplacaram ou não virá em 10 de dezembro, quando o Critics Choice Awards anunciar os seus indicados para 2022. No entanto, para quem quer ficar de olho nos principais concorrentes, o Omelete reuniu logo abaixo 15 obras que provavelmente darão o que falar nos próximos meses.

The Power of the Dog

Parece que finalmente chegou o momento de reconhecer Jane Campion - ou, pelo menos, esta é a aura em torno de The Power of the Dog. O filme tem toda uma narrativa ao seu favor: é o retorno de Campion após uma ausência de 12 anos da tela grande (O Brilho de uma Paixão, seu último filme, é de 2009), conta com a máquina promocional da Netflix por trás das câmeras, e foi amado pelos críticos após exibição em Veneza.

Adaptação de um livro de Phil Savage, The Power of the Dog é uma história tensa e sensual sobre Phil Burbank (Benedict Cumberbatch), um cruel vaqueiro que se torna uma grande influência no jovem Peter (Kodi Smit-McPhee) após o seu irmão, George (Jesse Plemons), se casar com a mãe viúva do garoto, Rose (Kirsten Dunst). Espere também indicações para o elenco estrelado do filme, muito elogiado pelos críticos.

A Netflix ainda não marcou a data de estreia de The Power of the Dog no Brasil.

Belfast

Faz um bom tempo que os filmes dirigidos por Kenneth Branagh não fazem aparições significativas no Oscar - desde Thor (2011), o diretor e ator tem se concentrado mais em blockbusters hollywoodianos, e não do tipo que costuma ir parar no Oscar. Belfast, no entanto, tem tudo para ser seu grande retorno, tanto pelo caráter tremendamente pessoal da trama quanto pela aura “independente” da produção.

No filme, Branagh reconta sua própria infância na capital da Irlanda do Norte, durante os tumultuados anos 1960. Filmado em preto e branco e com um tom tragicômico, o longa conta com vários astros ingleses e irlandeses no elenco, como Judi Dench, Jamie Dornan (50 Tons de Cinza), Caitriona Balfe (Outlander), Ciarán Hinds (Game of Thrones), Colin Morgan (Merlin) e Lara McDonnell (Artemis Fowl).

No Brasil, a estreia de Belfast ficou para fevereiro de 2022.

The Tragedy of Macbeth

Mais preto e branco na corrida do Oscar 2022! Esta versão do clássico de William Shakespeare é também um teste do poder de Joel Coen de encantar a Academia sem a presença do irmão, Ethan Coen, ao seu lado. The Tragedy of Macbeth é o primeiro longa que Joel escreve e dirige sozinho, e ele não poupou estrelas no elenco - incluindo sua esposa, Frances McDormand, como a ambiciosa Lady Macbeth.

A recriação da história do lorde escocês que é convencido por um trio de bruxas que vai se tornar o próximo rei, e por isso lança uma campanha sangrenta e impiedosa pelo poder, ainda conta com Denzel Washington no papel principal. Entre os coadjuvantes, nomes como Brendan Gleeson (Harry Potter), Corey Hawkins (Kong: Ilha da Caveira), Moses Ingram (O Gambito da Rainha) e Harry Melling (The Old Guard).

Ainda não há previsão de estreia para The Tragedy of Macbeth no Brasil.

Amor, Sublime Amor

“Sobra” da temporada de premiações do ano passado, já que era para ter estreado ainda em 2020, Amor, Sublime Amor pode ser prejudicado pela longa espera, mas é difícil ignorar o seu pedigree para a temporada de premiações. A Academia do Oscar, particularmente, ama grandes e luxuosos musicais, ama filmes de Steven Spielberg, e amou demais o Amor, Sublime Amor original, de 1961, que venceu nada menos do que 10 (10!) estatuetas do Oscar, incluindo melhor filme.

A trama reimagina o amor proibido de Romeu e Julieta para a Nova York dos anos 1950. O ítalo americano Tony (Ansel Elgort) conhece e se apaixona pela latina Maria (Rachel Zegler) apesar de os dois terem afiliações a gangues diferentes, os Jets e os Sharks. Rita Moreno, que venceu o Oscar por sua performance no filme original, retorna para um papel diferente (a sábia Valentina) neste remake.

A estreia de Amor, Sublime Amor está marcada para 9 de dezembro no Brasil.

O Beco do Pesadelo

Quatro anos depois de vencer o Oscar por A Forma da Água, Guillermo Del Toro está de volta para a temporada de premiações com este misterioso filme inspirado pelo noir dos anos 40 e 50. Só o elenco já é basicamente um rol de indicados e vencedores do prêmio da Academia: Bradley Cooper, Rooney Mara, Cate Blanchett, Toni Collette, Willem Dafoe, Mary Steenburgen, Richard Jenkins, David Strathairn, e mais.

A trama, inspirada em um livro de William Lindsay Gresham, permite que Del Toro se afaste um pouco da fantasia e foque sua câmera em perigos mais humanos. O protagonista é o trapaceiro Stan (Cooper), que engana incautos ricos com suas supostas habilidades de vidência. Ele junta forças à psicóloga Lilith (Blanchett), uma mulher ainda mais ambiciosa e perigosa do que ele, e se prepara para dar o golpe de sua vida.

O Beco do Pesadelo chega aos cinemas brasileiros em 27 de janeiro de 2022.

Licorice Pizza

Outro cineasta que sempre chama a atenção da Academia é Paul Thomas Anderson. Apesar de Licorice Pizza pender mais para o lado de obras menos “sérias” do diretor, como Embriagado de Amor e Vício Inerente (ambas ignoradas pelo Oscar), não dá para descartar a possibilidade do filme fazer bonito na temporada de premiações.

A trama acompanha a adolescência de Gary Valentine (Cooper Hoffman, filho de Philip Seymour Hoffman), um aspirante a ator na Los Angeles dos anos 1970. Além de astros estabelecidos como Bradley Cooper (sim, ele de novo!) e Maya Rudolph, o filme também conta com a estreia na atuação de Alana Haim, cantora do trio HAIM, que já teve vários clipes dirigidos por Anderson.

Licorice Pizza estreia no Brasil em 3 de fevereiro de 2022.

Duna

O longa de Denis Villeneuve tem tudo para ser o “blockbuster do ano” na temporada de premiações. A exemplo de filmes como Batman: O Cavaleiro das Trevas e Pantera Negra, que ocuparam essa posição anteriormente, a adaptação do livro de Frank Herbert conquistou a maior parte dos críticos e vem cheia de ex-indicados e vencedores do Oscar em sua equipe.

A trama de Duna é centrada em Paul Atreides (Timothée Chalamet), um aristocrata cuja família aceita controlar o planeta desértico de Arrakis, produtor de um recurso valioso na sua galáxia - por lá, o jovem embarca em uma jornada que vai mudar o seu destino para sempre. O elenco inclui ainda Rebecca Ferguson, Zendaya, Oscar Isaac, Jason Momoa, Stellan Skarsgard, Josh Brolin, Javier Bardem, Dave Bautista e Charlotte Rampling.

Duna estreia em 21 de outubro nos cinemas nacionais.

Spencer

Agora vai! Após alguns alarmes falsos, parece que Kristen Stewart finalmente vai conseguir a sua primeira indicação ao Oscar, por interpretar a princesa Diana em Spencer, filme que faz crônica do último Natal que Lady Di passou com a família real antes de seu divórcio do príncipe Charles. A atriz, longe de ser definida pelo legado de seu filme mais famoso (Crepúsculo), tem colecionado elogios da crítica há alguns anos, mas parece ter encontrado o veículo perfeito para levá-la às premiações desta vez.

Outro bom sinal: Spencer é dirigido pelo chileno Pablo Larraín, que já levou Natalie Portman a uma indicação ao Oscar com outra cinebiografia, Jackie. O elenco ainda conta com Jack Farthing (Poldark) como Charles, além de Sally Hawkins (A Forma da Água) como uma amiga de Diana e Timothy Spall (Harry Potter) como um oficial do exército britânico.

Spencer chega ao Brasil em 11 de novembro.

Casa Gucci

Não é sempre que os filmes de Ridley Scott emplacam com a Academia, mas também são poucos os longas recentes do diretor que chegaram com tanto hype à temporada de premiações quanto Casa Gucci

A presença no elenco de Lady Gaga e Adam Driver, dois queridinhos recentes do Oscar, ajuda. A trama, inspirada na história real (e cheia de reviravoltas) do assassinato de um herdeiro da grife Gucci por sua ex-esposa, Patrizia Reggiani, também. Tratado com verniz de épico por Scott (o primeiro corte do filme, segundo rumores, tinha mais de 3h de duração), Casa Gucci só arrisca ser um pouco camp demais para a Academia.

O filme tem estreia marcada para 25 de novembro no Brasil.

King Richard - Criando Campeãs

Biografias dramáticas marcadas por histórias de superação costumam ser uma fórmula certeira para o Oscar, mas especialmente para Will Smith, que foi indicado ao prêmio por Ali e À Procura da Felicidade. Talvez a magia se repita em King Richard, filme no qual o ator interpreta o pai das campeãs de tênis Serena e Venus Williams, mostrando o início difícil da carreira das duas e o papel fundamental da figura paterna nessa trajetória.

O elenco ainda conta com Jon Bernthal (O Justiceiro) e Aunjanue Ellis (Lovecraft Country). Já Serena e Venus são interpretadas pelos jovens talentos Demi Singleton (Godfather of Harlem) e Saniyya Sidney (Um Limite Entre Nós). 

King Richard estreia em 2 de dezembro nos cinemas brasileiros.

Mass

Mass está correndo por fora na disputa pelo Oscar 2022, é verdade, mas é difícil não torcer por ele. O filme é uma daquelas produções independentes carismáticas, que de quando em quando conquistam os votantes da Academia (estou olhando para você, Pequena Miss Sunshine!) - e de quebra ainda dá chance de reconhecimento para um quarteto de atores frequentemente subestimados.

Na trama, dois casais se reúnem para conversar sobre um evento trágico que afetou a vida de ambas as famílias. O trailer deixa muita coisa no ar, mas já podemos ter um gostinho das atuações arrasadoras de Martha Plimpton (Raising Hope), Jason Isaacs (Harry Potter), Ann Dowd (The Handmaid’s Tale) e Reed Birney (House of Cards).

Mass ainda não tem data de estreia definida no Brasil.

No Ritmo do Coração

Outro candidato a queridinho indie do ano, No Ritmo do Coração largou na frente ao ser premiado no Festival de Sundance e chegar aos cinemas alguns meses antes da temporada de premiações começar para valer. Como resultado, a aclamação crítica ao drama de Sian Heder já está melhor estabelecida - sem contar o tema atual e contundente do qual ele trata.

Assim como O Som do Silêncio, vencedor de dois Oscar no ano passado, No Ritmo do Coração traz a representação da comunidade surda para o primeiro plano, mostrando uma família onde a jovem aspirante a cantora Ruby (Emilia Jones) é a única ouvinte. A presença de Marlee Matlin, até hoje a única atriz surda a vencer um Oscar (por Filhos do Silêncio, em 1988), dá força ao filme na competição.

No Ritmo do Coração chegou aos cinemas brasileiros em setembro - leia nossa crítica.

The Lost Daughter

Se há alguém que tem sido sinônimo de premiação nos últimos dois anos, esse alguém é Olivia Colman. A atriz levou o Oscar por A Favorita, o Emmy por The Crown, e ainda foi indicada ao prêmio da Academia de novo por Meu Pai, no ano passado - por isso, parece fácil apostar nela como candidata ao Oscar também em 2022, por este drama da Netflix inspirado em um livro da badalada autora Elena Ferrante (A Amiga Genial).

O filme acompanha uma professora divorciada que, quando as filhas se mudam para outro país para passar um período com o pai, sai de férias pelo litoral italiano. Este período de relaxamento logo se mostra mais sombrio, enquanto ela precisa se confrontar com traumas do passado. Além da presença de Colman, The Lost Daughter marca a estreia na direção de Maggie Gyllenhaal (Batman: O Cavaleiro das Trevas).

O filme chega ao catálogo da Netflix em 31 de dezembro.

Passing

Outra atriz que se aventura por trás das câmeras pela primeira vez é Rebecca Hall (Homem de Ferro 3), abordando uma história com subtextos bastante atuais. Em Passing, as amigas de infância Clare (Ruth Negga) e Irene (Tessa Thompson) se reencontram décadas depois - ambas nascidas de famílias miscigenadas, elas “escolheram” viver de forma bem diferente nesta nova fase da vida.

Enquanto Irene é casada com um médico negro (André Holland), Clare “se passa” por branca e acaba de se casar com John (Alexander Skarsgard), um homem preconceituoso, mas rico. A história do envolvimento crescente das duas amigas, que inclusive passa por subtextos lésbicos, foi contada originalmente no livro de 1929 de Nella Larsen, que Hall decidiu adaptar após refletir sobre a herança de sua própria família miscigenada.

Passing chega ao catálogo da Netflix em 10 de novembro.

Respect: A História de Aretha Franklin

Apesar de ter perdido bastante força com a estreia no meio do ano (nos EUA), e com a recepção mista dos críticos, Respect ainda tem tudo a seu favor para cavar algumas indicações ao Oscar 2022. Isso porque a Academia notavelmente ama cinebiografias, especialmente de grandes ícones da música, e costuma prestigiá-las mesmo quando a opinião geral vai contra elas.

Ajuda bastante que, mesmo para quem não gostou do filme, a performance de Jennifer Hudson tenha sido quase unanimidade. A atriz, já vencedora de um Oscar por Dreamgirls, parece ter nascido para interpretar Aretha Franklin, e Respect confia muito na voz e na potência dramática dela para passar por seus momentos mais vacilantes.

Respect ainda não tem data de estreia marcada no Brasil.

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