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Omelete Especial: Animação

Omelete Especial: Animação

ÉB
27.07.2001, às 00H00.
Atualizada em 12.11.2016, ÀS 23H00

Um panorama da animação de longas-metragem no ocidente.

Desde os anos 60, falar em longa metragem de animação era falar na Walt Disney Pictures.

Omelete Recomenda

SteamboatTambém, não é pra menos. Walt Disney, realizou a primeira animação sonorizada da história (Steamboat Willie, 1928) que tornou o camundongo Mickey um ícone cultural conhecido em todo o mundo. Voltou a fazer história em 1937 com Branca de Neve e os sete anões, o primeiro desenho animado de longa-metragem do cinema. O filme valeu a Disney um Oscar especial, entregue ao diretor pela atriz mirim Shirley Temple, na premiação de 1938. Dois anos depois, uma das maiores pirações já vistas no campo dos desenhos animados alcançaria as telas. Com Fantasia (1940), misturando música clássica e animação experimental, Disney mais uma vez deixava sua marca.

ACom esse background todo, não é de se estranhar que os Estúdios Disney tenham acompanhado a história do cinema de animação, em posição de destaque e supremacia absoluta, nos últimos 60 e poucos anos. Tanto que em 1991, A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, 1991), foi indicado ao Oscar de melhor filme.

Mas como todos os impérios da história da humanidade, de uma forma ou de outra, acabaram ruindo ou dando lugar a outros, a hegemonia da Disney também tem finalmente encontrado oponentes a altura.

Tentativa e erro

Nos últimos anos, o cinema tem observado inúmeras tentativas de se criar sucessos em animação tão estrondosos como os da Disney. Algumas totalmente diferenciadas e outras nem tanto assim.

EstranhoO stop motion, a antiga técnica de fotografar uma imagem, mexer pequenos pedaços e fotografar novamente, teve ótimos resultados misturada com computação gráfica. Os melhores exemplos são O Estranho mundo de Jack (The nightmare before Christmas, 1993) escrito por Tim Burton, James e o pêssego gigante (James and the giant Peach, 1996) e o recente Monkeybone (2001), os três dirigidos por Henry Selick. Também merece destaque A Fuga das Galinhas (Chicken Run, 2000), da Dreamworks em parceria com Peter Lord e Nick Park, sócios do Aardman Studios e conhecidos pelos Oscar de curta de animação que ganharam nos últimos anos.

TitanA Fox também tentou, mas com resultados muito aquém do esperado. Depois de Anastasia (1997), uma tentativa frustrada de copiar a Disney, o estúdio lançou Titan A.E. (2000) com altas expecativas de retorno. Novamente os investimentos não geraram frutos, o que levou a Fox Animation a fechar as portas há um ano. O estúdio estará de volta as animações em breve com Ice Age (idade do gelo), em parceria com o Blue Sky Studios. O filme será sobre um mamute e uma preguiça gigante que encontram um bebê humano durante a era glacial. Como estamos falando de um filme infantil, obviamente os dois animais falantes e seus amigos terão que achar a família do bebê para devolvê-lo. Nada promisssor...

Aprendendo com os erros da Fox, alguns estúdios estão se destacando, fazendo animações fugindo do padrão Disney, e conseguindo com isso surpreender o público.

APrimeiro, a Dreamworks, o estúdio do qual são sócios Steven Spielberg, David Geffen e Jeffrey Katzenberg estreou com O Príncipe do Egito (Prince of Egypt, 1997) e FormiguinhaZ (Antz, 1998), ambos de 1998. Em Caminho para Eldorado (Road to Eldorado, 2000) teve um pequeno tropeço mas, no mesmo ano, apresentou ao mundo o maravilhoso A Fuga das Galinhas. Entretanto, o golpe que fez a Disney repensar seus conceitos foi mesmo o recente Shrek (2001), que conseguiu romper com todas as tradições da animação e, de quebra, tirar um sarro disso.

ShrekO sucesso do filme foi tão grande que está prevista uma continuação. Sorte da Dreamworks, já que o seu próximo longa de animação seria Spirit, a história do velho oeste americano pelos olhos de um cavalo. Antes que você pergunte... não. O cavalo não fala. O desafio do desenho é narrar uma história sem diálogos! O grande receio é exatamente que o público não entenda a proposta, pois o filme é experimental demais. Mas quem tem um Shrek 2 na manga pode se dar ao luxo de experimentar novas tendências, não&qt;&

OsmosisA Warner Brothers também tem feito bonito. O tradicional estúdio de Pernalonga e cia. mostrou ao mundo um sensacional Gigante de Ferro (Iron Giant, 1999) e tem adaptado as HQs de Batman e Super-Homem de forma excepcional para as séries animadas, apesar de existirem poucos longas do gênero pelo estúdio. Agora, a WB está lançando o surreal Osmosis Jones, uma aventura policial dentro do corpo humano, vivida por glóbulos brancos que tem que defender o corpo de um humano de virus invasores! Uma sensacional premissa!

Outra que promete é a MGM. Além do revival da Pantera Cor de Rosa, o leão atacará com tudo nas adaptações de quadrinhos. Rising Stars, Bulletproof Monk e Bunny estão previstos para 2002.

Claro que não dá para deixar de falar de Final Fantasy, o primeiro filme com a proposta de animar seres humanos de uma forma realista. Sobre a produção, preparamos uma matéria especial que você pode ler aqui.

O império contra-ataca

Mas é claro que um estúdio em particular não poderia ficar de fora...

ToyOs estúdios Disney também se reinventam. Quem disse que não&qt;& Tudo bem que seu mais novo filme não foi lá essas coisas, Atlantis o reino perdido (Atlantis, 2001) decepcionou e muito. Porém não podemos esquecer que nos últimos anos, enquanto o Brasil se preparava para lançar o suposto primeiro longa metragem de animação totalmente gerado por computador - Cassiopéia (1996) - os discípulos de Disney e a Pixar foram mais rápidos e lançaram o sensacional Toy Story (1995), estabelecendo o padrão para o gênero e tirando o filme brazuca da jogada.

Depois disso, ainda fomos brindados com Vida de Inseto (A Bug´s Life, 1998) e Toy Story 2 (1999), sem deixar de mencionar Tarzan (1999) que mistura magistralmente animação convencional com fundos por computação gráfica pintados à mão, na técnica chamada de Deep canvas (tela profunda).

Monsters,Quais as próximas apostas do estúdio&qt;& Ainda neste ano veremos Monstros S.A., nova comédia de animação 3d pelo time Pixar/Disney sobre uma megacorporação que tem como missão assustar as crianças à noite. Já a aposta para 2002 é Lilo and Stitch, a história de uma garotinha havaiana que adota um extraterrestre como bicho de estimação. O que ninguém sabe é que Lilo, o ET, é um foragido intergalático que escapou de um planeta prisão. As canções serão de ninguém mais, ninguém menos que Elvis Presley! Lilo and Stitch está sendo considerado pela empresa uma das obras-primas da casa.

TreasureTambém serão lançados um novo filme de Peter Pan e Treasure Planet (planeta do tesouro), uma história de piratas, com todos os elementos do gênero, mas passada no espaço. O visual é incrível. Confira ao lado uma das imagens divulgadas: um galeão voador chegando a um porto.

Além dos lançamentos, a Disney também está com um processo de revitalização de seus clássicos, relançando um por ano nos cinemas de alta definição IMax. O primeiro a receber o tratamento será A Bela e a Fera.

Enfim, o mercado de animação está mais agitado do que jamais esteve. Apesar dos recentes sucessos de outros estúdios, que chegaram a abalar a própria Disney, a guerra está longe de ser perdida. Enquanto isso, quem ganha são os fãs do gênero, com cada vez mais opções.

Isso sem falar nos animes japoneses... mas esses serão motivo de uma oooooooutra matéria. :-)

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