Filmes

Entrevista

Omelete Entrevista: Sarah Jessica Parker

A Carrie Bradshaw de Sex and the City fala como foi voltar à sua mais famosa personagem

05.06.2008, às 18H00.
Atualizada em 28.01.2017, ÀS 15H05

Para fechar a série de entrevistas feitas em parceria com o Collider, o bate-papo que tivemos com a estrela maior da série e do filme Sex and the City, Sarah Jessica Parker.

Olá, olá!

quarteto

None

Carrie

None

sex and the city

None

Você poderia por favor nos falar sobre este lindo cinto que você está usando?

Claro! (risos) É um Yves Saint-Laurent vintage. E meus sapatos são Proenza Schooler.

Você está linda como sempre

Muito obrigada!

Você tem algum sapato favorito no filme?

Bom, adoro o que Manolo fez, criando novos sapatos especialmente para a gente. Eles criaram algo único e nós passamos um tempão conversando com eles, olhando os tecidos, silhuetas e saltos e os sapatos ficaram lindos. Espero que tenha ficado bom também na tela. E tem também esse outro sapato que eu uso no filme, um Dior Extreme que bom... eu adoro! Mas preciso dizer que prefiro falar do roteiro do que dos sapatos... (risos)

A história se passa quatro anos depois da última aparição das meninas. Em quais aspectos você acha que sua personagem se desenvolveu?

Ela está tendo uma vida em NY que nunca achou que teria. Ela está indo atrás de uma relação adulta e ela está muito feliz dessa decisão. Creio que ela e Big agora são um casal moderno, não-casados, que não falaram em ter filhos ainda. Eles me parecem muito felizes um com o outro. Eles realmente se amam. Ela faz um enorme sucesso na editora e está trabalhando no seu quarto livro. O trabalho dela é gratificante. Ela se tornou uma mulher madura.

Sobre o que é o filme, então?

Acho que o filme é sobre o que significa este momento para uma menina, sofrer com uma perda, uma decepção. Como você lida com isso? Não é como quando você tem seus vinte e poucos anos e pode fingir que não é com você, ou suas amigas podem te distrair.

Como você se sente com a entrada de uma assistente?

Eu gosto muito dela! Eu adoro a Jennifer Hudson! Ela é tão cativante na tela. Ela é tão alegre e cheia de energia nos bastidores quanto na frente das câmeras. E ela queria muito estar ali. É engraçado como uma menina de 23 anos consegue entrar no set e desempenhar um papel que foi criado para uma jovem e ao mesmo tempo trazer esta sensacional qualidade maternal para a vida da Carrie e ao mesmo tempo lembrar como a Carrie era quando tinha aquela idade e que a cidade de Nova York prometia para ela. E a música dela é tãããão boa.... É sensacional!

Foi uma decisão pensada fazer esta nova personagem ser uma menina negra?

Humm... Acho que é bem notado que nós nunca tivemos uma mulher negra no nosso programa. E esse sempre foi um dos nosso maiores defeitos.

Você tem alguém como a Louise na sua vida pessoal?

Tenho uma jovem assistente. Ela é muito, muito, muuuuuuuuuito nova. Ela está comigo há cinco anos e ainda tem com vinte e poucos anos. Ela é ótima! Tanto é que ela virou uma produtora associada do filme. Nós temos essa relação. Ela também veio a Nova York atrás de um sonho e muito tem a ver com a idéia da cidade, o que ela representa para as pessoas. Eu entendo muito isso. E dou umas bolsas para ela! (risos).

Você virou um ícone de Hollywood, tem sua própria grife... Alguma vez você imaginou que ia ser tão conhecida e importante?

Hmm... eu tive minhas oportunidades... a indústria mudou muito! Houve uma época em que as pessoas davam seu aval a produtos que não tinham nada a ver com suas carreiras. Eu jamais havia pensado que um dia teria uma linha de roupas ou um perfume. Não. Meu sonho era ser uma atriz de teatro. Meu sonho era viver na rua 45 entre a 8ª e a 9ª e eu não estou brincando. (risos) Sempre quis trabalhar no teatro. Tanto meu marido quanto eu nos sentimos muito privilegiados.

Qual foi a sua primeira reação quando recebeu o roteiro e viu o que tinha acontecido com a Carrie e as meninas?

Pra começar, eu não acreditava no que ele tinha feito. E eu comecei a ver que ele escreveu um papel para toda a minha vida. Deixando o show de lado, eu achei aquele roteiro incrível de verdade. Estava muito empolgada em torná-lo realidade. Esse é o resumo dos últimos dois anos da minha vida! A única coisa em que meu cérebro trabalhou nos últimos anos foi neste roteiro do Michael. Antes dele escrevê-lo, depois que ficou pronto e enquanto estávamos filmando. Todo o resto era uma enorme interrogação.

E como foi trabalhar como produtora?

Caramba! O que eu não fiz? Eu peguei o telefone em abril de 2006 e comecei a juntar as peças e no meio daquele ano consegui capturar o Michael. Eu não queria que ele se envolvesse antes disso porque seria um desgaste chamá-lo para voltar a tudo aquilo se não fosse para realmente seguir em frente. E todo o ano seguinte eu passei buscando fundos, convencendo os atores, a equipe, negociando contratos, trazendo a Pat Field de volta, negociando merchandising, indo a outros países como Brasil e o leste europeu. Eu ainda não acredito que nós conseguimos! (risos). Você sabe que nós tínhamos deixado o projeto para lá outras vezes, por isso ainda não acredito que deu certo.

Quando vocês estavam filmando, você se preocupava com as expectativas que as pessoas tinham quanto ao que a Carrie estaria usando?

Olha, não sei. Eu sou uma mãe nos outros dias todos. Saio para pegar meu filho na escola, e nos vestimos normalmente. Há alguns dias que em que eu me visto de uma forma mais fashion e curto, sabe? Mas o dia-a-dia de uma mãe não inclui uma equipe de cabelereiros e preocupações com que sapato usar. Não é assim que eu levo a minha vida. Eu tenho certeza de que muitos dias eu desaponto algumas pessoas, mas não o meu filho.

Pat Field, roupas, sapatos, Stanford Blatch, Anthony Marentino.... qual foi o momento mais gay de todos?

(gargalhadas) Rolaram muitos nos camarins! Muitos mesmo! Pat e seu sócio Molly falavam algumas coisas sobre os nossos figurinos: "Os gays vão adorar!" (risos). Claro que nós não tomávamos nossas decisões baseado somente nisso, mas isso ajudava a alegrar o processo. Esperamos que os gays curtam o filme!

E o Mr. Big? Foi sua a idéia de trazer Chris Noth de volta para filme?

Foi idéia do Darren Star. Nossa, como ele estava certo! Foi ótimo trabalhar com ele. Eu o adoro. Passei muito tempo das gravações ao lado dele. Nós gostamos muito um do outro e eu adoro atuar do lado de Chris. E os diálogos ficaram ótimos.

Qual foi a cena mais difícil do filme?

Aquela em que eu brigo com o Big no meio da rua. Foi muito difícil emocionalmente e também muito complicada por causa de todas as pessoas que estavam andando por ali. É como quando você vê um casal brigando na rua e fica assistindo. Você sabe que não deveria parar, mas quando ouve o ti-ti-ti- não consegue se concentrar. E era uma cena muito triste e difícil. A cena é cheia de raiva e minha voz está terrível. Não há nada de bom naquela situação. E eu me orgulho muito disso. A maioria dos estúdios não querem arriscar uma cena dessas em uma comédia romântica. Mas nós fizemos.

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