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Entrevista

Omelete Entrevista: O elenco de Watchmen

Conversamos com Dr. Manhattan, Ozymandias, as duas Espectrais e o Coruja

SW
19.08.2008, às 00H40.
Atualizada em 03.11.2016, ÀS 01H09
Antes de mais nada: ATENÇÃO!!! A entrevista abaixo tem SPOILERS!!! Então, se você ainda não leu o livro (como assim ainda não leu Watchmen

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?!), prossiga apenas por sua conta e risco, pois detalhes importantes à trama foram comentados pelo elenco.

A entrevista ocorreu em uma das salas do Centro de Convenções de San Diego durante a Comic-Con 2008, ao mesmo tempo do bate-papo com Zack Snyder que você leu aqui semana passada. Desta vez, o Omelete, em parceria com o Collider, traz os melhores momentos do que falaram Billy Crudup (Dr. Manhattan), Matthew Goode (Ozymandias), Malin Akerman (Espectral), Carla Gugino (a primeira Espectral) e Patrick Wilson (Coruja).

Como Zack [Snyder, o diretor] apresentou Watchmen, para te fazer entrar nessa?

Billy Crudup: Eles me mandaram o roteiro e, você sabe, é aquela coisa de sempre. Tenho de confessar que nunca tinha ouvido falar de Watchmen. Eu reconheci a capa porque meu irmão mais novo é um grande fã da graphic novel e eu me lembro de ver uma cópia no apartamento dele. E eu fiquei surpreso com o roteiro porque eles tinham me falado apenas que era sobre super-heróis e que era baseado em uma graphic novel, o que me deu aquela expectativa superficial do que um filme desse tipo seria, afinal, eu já tinha recebido vários desses roteiros para ler. Mas esse subvertia todas as expectativas já na primeira página e isso me deixou muito empolgado. Foi uma experiência muito assustadora... E encontrar Zack foi... "oh". Eu só sentei lá e deixei o cara comandar. E ele me mostrou cada um dos frames que ia tentar fazer. Tudo isso sem falar do seu carisma, que você sabe, é contagiante.

Sobre o fato de você ser onipotente... você tem de trazer um pouco de humanidade ao personagem, ou não?

Billy Crudup: Bom, acho que a graphic novel e o roteiro tentam questionar e responder isso ao mesmo tempo, então, interpretar esse personagem foi fazer essa pergunta o tempo todo. Existe ali alguma humanidade sobrando? De uma forma geral, ele era uma entidade que se preocupava com o que, para ele, eram problemas de ordem superior - como por exemplo a forma como o universo funciona, ou como as partículas se formam - e, ao mesmo tempo, pediram para que ele fosse um homem com deveres para com o governo. Então, ele estava tentando fazer as duas coisas, enquanto ainda tentava manter um relacionamento, e acho que em última instância ele descobre nessa sua jornada que ele não estava mais tão interessado nas pessoas quanto estava no mundo. Ou até no Universo.

Para o ator, quando você vê uma cena dessas [mostradas na sala H], você fica pensando "como consegui me envolver em algo como isso"?

Matthew Goode: É a primeira vez que sinto isso, que vou fazer parte de um filme que parece interessante. Hmm, na verdade, maravilhoso. Mas vale dizer que ainda falta muito tempo. Tudo o que vimos até agora foi um trailer. Não vimos ainda cenas finalizadas, com as pessoas interagindo. Não vimos do que são feitos os personagens. Nós obviamente vimos tudo isso no set, mas eu também quero ver este mundo todo montado, quero ver se tudo isso faz sentido. Afinal, às vezes as coisas não saem do jeito que programamos. Então, não vamos começar a babar ovo ainda.

Com o que o Adrian faz no fim da história, você continuou gostanto dele ou você não tinha que ter essa relação para interpretá-lo?

Matthew Goode: Não, eu tenho. Dá para dizer que ele é um cara do mal. Todo mundo tem seus próprios argumentos para justificar isso. E com uma certa razão, porque com ele é tudo cinza. Nada é branco e preto com Adrian. E uma das coisas que sempre gostei foi que existe a persona pública e a privada e o intenso isolamento que ele tem ao seu redor. Pô, ele só tem um amigo de verdade, que é o Dr. Manhattan, e mesmo assim ele não pensa duas vezes antes de matá-lo. Ele é desse jeito. É um cara muito, muito prático. E não há nenhum plano vindo de qualquer pessoa sobre como nós vamos salvar o mundo, saca? É frio e real. Uma equação matemática. São milhões para salvar bilhões. É a única coisa que é branco e preto em sua cabeça.

[Carla] Corrija-me se eu estiver errado, mas você não me parece velha o suficiente para ser mãe dela [apontando para Malin Akerman]...

Malin Akerman: Não. Não mesmo!

Carla Gugino: Não. Graças a deus. Nós até estávamos conversando sobre essa maluquice. Quando Zack chegou e disse "Eu gostaria que você interpretasse esse personagem", eu pensei "Bom, me parece ótimo, mas na graphic novel há muito mais cenas da Sally Jupiter velha do que no passado. Tem lá a o flashback do estupro e alguns outros momentos bem rápidos, mas é só. Achei isso interessante. Acho que ele gostaria de ter uma atriz bem mais velha e no fim das contas acabou investindo nessa forma de mostrar a passagem do tempo, e como as coisas mudaram dos anos 40 para os 80. Ele acabou inserindo mais cenas dela como uma jovem mulher também porque você precisa ver a Sally Júpiter brilhar do seu jeito, para poder entender porque ela tenta se aproximar da Laurie. Por isso tudo também trabalhei com muitas próteses quando trabalhamos juntas... ou não ia dar certo.

Houve algum trabalho específico para adquirir essa relação de mãe e filha?

Carla Gugino: Foi uma conexão meio que natural para a gente.

Malin Akerman: Nós tivemos umas três semanas para sair juntas e nos conhecermos melhor e acabamos nos dando bem logo de cara. Temos muitas similaridades em nossas vidas e nossas famílias, e isso meio que nos deixou ainda mais próximas. Tudo colaborou na hora de criar a relação das personagens. Nós contamos uma para a outra alguns fatos que aconteceram em nossas vidas, e quando estávamos fazendo determinada cena, sabíamos de onde aquele sentimento estava vindo.

Carla Gugino: Exato!

Malin Akerman: Dava para sentir mesmo o que ela estava passando. Foi mesmo muito bom que pudemos passar esse tempo juntas. E até pela magnitude desse filme e o que ele fala, todos nós tivemos tempo de conhecer e entender um pouco melhor uns aos outros nos ensaios e no treinamento das lutas. Foi um processo realmente sensacional.

Carla Gugino: E não havia muito tempo na frente das câmeras para estabelecer essa relação. E acho que qualquer filha tem ao menos alguns momentos mais complicados no relacionamento com sua mãe - o mesmo vale para um pai e filho. É algo intenso e complexo e por isso foi tão bom poder falar sobre esses elementos, porque isso pode ajudar os outros.

Cada personagem tem uma reação diferente no desfecho da graphic novel. Vocês tiveram reações diferentes das dos seus personagens quando leram a história?

Malin Akerman: Sabe, eu ainda estou indecisa sobre o fim porque há tantos bons argumentos para cada lado... Parece terrível concordar com um ou outro lado. E adoro que ela acabe desse jeito, que vai levar as pessoas a saírem do cinema e pensar sobre isso e ver o que é certo ou errado. É por isso que adoro aquele fim. É genial!

Patrick Wilson: É o que acontece quando o vilão está em busca da paz mundial...

Malin Akerman: Exato! Está tudo perdido. Faz sua cabeça explodir.

Carla Gugino: É por isso que o roteiro é tão maravilhoso.

Watchmen estréia em 9 de março de 2009.

Confira os primeiros videoblogs legendados

Leia mais sobre o filme, veja o trailer e confira nossa prévia da visita ao set aqui

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