Cena de O Conde de Monte Cristo (Reprodução)

Créditos da imagem: Cena de O Conde de Monte Cristo (Reprodução)

Filmes

Entrevista

Para diretor, O Conde de Monte Cristo é como “versão sombria de Jesus Cristo”

Matthieu Delaporte e Patrick Mille falaram sobre o tom do novo filme em conversa com o Omelete

Omelete
2 min de leitura
09.11.2024, às 06H30.

O diretor e roteirista Matthieu Delaporte enxerga a história de O Conde de Monte Cristo, clássico de Alexandre Dumas que ele adaptou para os cinemas ao lado do parceiro criativo Alexandre de la Pattelière, de uma forma única. Em entrevista ao Omelete, o cineasta comparou a trajetória de Edmond Dantés (vivido por Pierre Niney no novo filme) com a de Jesus Cristo, o filho de Deus na mitologia católica.

Eu e Alexander entendemos que esta é uma história mítica, quase religiosa. Dantés é como a versão sombria de Jesus”, comentou. “Ele morre no início da história, e ressuscita para continuar lutando. Já no final, quando sua vingança está completa, ele ressuscita de novo, mas em um sentido filosófico”.

A trama de O Conde de Monte Cristo mostra um jovem oficial militar que é traído por aqueles que considera seus amigos, dado como morto para a sociedade francesa e aprisionado em uma locação remota. Ele escapa, no entanto, e retorna rico para Paris a fim de se vingar daqueles que o atiraram para escanteio - uma história bem diferente de Os Três Mosqueteiros, outro clássico de Dumas que Delaporte ajudou a levar aos cinemas.

O cineasta aponta rapidamente, no entanto, que Monte Cristo é o primeiro filme que ele e Pattelière dirigem. Em ambos os capítulos de Mosqueteiros que chegaram ao cinema no ano passado, essa função ficou com com Martin Bourboulon: “Não só por isso, acho que O Conde de Monte Cristo é muito diferente de Mosqueteiros, porque os livros são muito diferentes também. Não é o mesmo tipo de história”.

Em francês dizemos cape et d'épée - capa e espada, um gênero muito nosso”, completa o ator Patrick Mille, que vive Danglars, um dos vilões contra os quais Dantés arma sua revanche no filme. “Os Três Mosqueteiros é talvez o melhor exemplo desse gênero, mas Monte Cristo não é um capa e espada. É uma história mais sombria, densa, de sentimento… é quase uma história bíblica, eu diria”.

O Conde de Monte Cristo está em exibição no Brasil dentro da programação do Festival Varilux de Cinema Francês 2024 - confira mais informações aqui. No circuito comercial, o longa estreia em 5 de dezembro.

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