Motorista de Fuga | Robert De Niro e O Lado Bom da Vida inspiraram filme

Desde que estrelou o ótimo Casamento Sangrento, a australiana Samara Weaving tem sido peça recorrente em produções que exploram não apenas sua expressividade para o terror, mas também para a ação. A atriz fez pequenas participações em G.I. Joe Origens: Snake Eyes e Pânico 6, esteve em filmes como Babilônia e Bill & Ted Salvam o Tempo, e estrelou os indies Azrael e Borderline, ambos lançados no último ano.

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Sem tempo a perder, Samara já filmou a continuação de Casamento Sangrento, se prepara para a premiere mundial de Carolina Caroline no Festival de Toronto e estrela Motorista de Fuga, o novo filme da 20th Century Studios com o Hulu, que já está disponível no Disney+.

Ao lado de Karl Glusman (Observador) e de um elenco que inclui Andy Garcia e Randall Park, Samara vive Edie, uma ex-motorista de fuga, que deve voltar aos trabalhos do passado quando seu antigo chefe lhe oferece a chance de salvar a vida de seu ex-namorado não confiável, mas que ela tem uma ligação muito forte.

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O Omelete conversou com Samara Weaving e Karl Glusman e os dois falaram sobre as inspirações para o filme, como foi atuar com Andy Garcia e o trabalho de ação nas corridas, que incluiu ainda uma disputa entre Glusman com os dublês. Confira abaixo!

Alexandre Almeida: Assistindo a este filme, é claro que pensei em Bonnie & Clyde e em alguns dos filmes do Tarantino. Foi impossível ver o Karl dançando ao redor da mesa de bilhar e não pensar em Michael Madsen, e foi tipo, incrível. Então, quais foram as maiores inspirações ou influências para vocês criarem esta história ou estes personagens?

Karl Glusman: Dois filmes que o Sean e eu conversávamos sobre com frequência eram Fuga à Meia-Noite, com o Robert De Niro. Só porque existe essa dinâmica de, sabe, um personagem que está enlouquecendo o outro e eles estão meio que presos juntos. E, claro, toda a parte de perseguição de carros. E qual era o outro que... cara, agora me fugiu da memória. Havia outro filme sobre o qual falávamos com frequência. Não era um filme do Tarantino.

Samara Weaving: Era "O Lado Bom da Vida"? Eu assisti "O Lado Bom da Vida", era esse?

Karl Glusman: Qual?

Samara Weaving: "O Lado Bom da Vida".

Karl Glusman: Sim. Sim. Isso. E esse não seria um que você necessariamente pensaria de forma automática ao ver o trailer deste filme. Mas a parte emocional é um dos verdadeiros pontos fortes do Sean. E ele realmente toca nessas cordas do coração como ninguém. Então, acho que é por isso, talvez em parte seja por isso...

Samara Weaving: Sim, e acho que o relacionamento entre os dois e a dinâmica familiar...

Karl Glusman: O que eu acho que a ação é legal, é incrível, e temos esses dublês de carro incríveis e uma coreografia realmente fantástica, mas, sabe, essas coisas têm muito mais impacto quando há algo emocional para se apegar no filme com os personagens.

Alexandre Almeida: Sim, eu ia te perguntar sobre isso, porque eu adoro Casamento Sangrento, Borderline e Observador, um dos meus filmes favoritos dos últimos anos. E vocês sempre têm essa ação e suspense, mas misturando com histórias de relacionamento mais profundas. É mais sobre os personagens e não apenas sobre a ação e todo o suspense. Então, o que mais atrai vocês nesse tipo de filme?

Samara Weaving: Sim. Acho que tudo começa com um roteiro muito bom. E tive a sorte de trabalhar com alguns roteiristas incríveis, e os cineastas também são fantásticos. Muitas coisas precisam dar certo para que funcione. E, sim, eu tenho tido muita sorte de poder interpretar essas personagens realmente inspiradoras, fortes e ferradas.

Alexandre Almeida: Karl, você falou sobre as cenas de ação, as acrobacias. Vocês tiveram a oportunidade de dirigir e fazer todas as cenas de ação ou não?

Karl Glusman: Sabe, eu queria muito, mas quando viram o estado do carro que eu usei para chegar ao set, eles disseram que não, de jeito nenhum. Muitas marcas naquele para-choque. Nós tínhamos alguns dos melhores pilotos de Hollywood trabalhando no nosso filme. Digo, nós filmamos não muito tempo depois de ter tido uma greve de atores. Então, muitos filmes começaram a entrar em produção novamente. Tínhamos cerca de 200 anos de experiência em pilotagem de dublês no set, só entre os caras e as mulheres que estavam operando os veículos. Eu queria fazer qualquer coisa que me deixassem. Eles não me deixaram fazer quase nada além de sentar no carro e meio que gritar como um garotinho. Mas nós fomos uma vez para a pista de kart e eu venci os dublês duas vezes. Não os pilotos, não os pilotos, mas eu venci os dublês de carro e os de luta duas vezes.

Alexandre Almeida: Você pode guardar essa medalha para sempre.

Karl Glusman: Nico e Gino perderam.

Samara Weaving: A Jackie estava lá também?

Karl Glusman: Sim.

Samara Weaving: Você venceu a Jackie ou não?

Karl Glusman: Não, não venci. Não. Me desculpe. Essa é a dublê dela.

Alexandre Almeida: Vocês têm um grande elenco, como Andy Garcia e Randall Park. Então, como foi... são cenas bem específicas. Tipo, Samara, você teve uma grande cena emocional no final. Como foi para você criar essa cena, especialmente com o Andy Garcia? Eu amo esse cara e como foi trabalhar com ele?

Samara Weaving: Ele foi tão maravilhoso. Ele foi ótimo. Acho que ele foi um ator muito generoso e fez escolhas tão ousadas, e quero dizer, o alcance dele é incrível. Ele pode ser o personagem mais desagradável e malvado para ser este homem muito doce e vulnerável. Então, eu tive muita, muita sorte de contracenar com ele.

Motorista de Fuga é dirigido por Shawn Simmons e já está disponível para streaming no Disney+